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12 de dez. de 2012

CENTENÁRIO DE ORLEANS

          Quase que não dormimos, que esperamos muito, uma espécie de insone, olhamos fixo no tempo e o tempo se partiu e eis que surgiu o novo tempo, o tempo do centenário. Surge o centenário. Orleans Ano 100! Um século de existência, um século de autodeterminação, independente, andando com suas próprias pernas, pensando e agindo de acordo com seus próprios gestores. Abre-se a contagem para o próximo centenário; abre-se um novo tempo de forma democrática e dando vazão ao futuro. O executivo do centenário, o legislativo do centenário, o judiciário do centenário, os empresários do centenário, os professores e os estudantes do centenário, os religiosos do centenário, o povo do centenário, as famílias do centenário, os traços no céu azul de Orleans serão os traços que aparecerão rabiscados no futuro feliz de um novo tempo. Aberto às idéias e ao processo de criação e modernização do amanhã. Sinto que algo se parte e de uma semente mística nasce para um florescimento ainda maior. Tantos sonhos, tantos planos e o Centenário da nossa querida Orleans está começando.

Eu, habitante e filho de Orleans; eu, cidadão, sou feliz e me aborreço, fico triste, mas canto e declamo, amo e revivo esta doce terra que me inebria de sentimento, principalmente, quando a transformo numa bolinha de gude ou quando a vejo como uma galáxia. Só aqui tem o Paredão do Zé Diabo, o Morro da Santinha, O Museu ao Ar Livre, a Matriz, o Morro da Igreja, a Janela Furada e seus tesouros, e outras tantas maravilhas.

Não há quem não chore por Orleans se realmente ouvir e meditar as belíssimas histórias que o badalar dos sinos das seis e das dezoito nos remete às lembranças; não há como não sorrir das lembranças dos velhos e contagiantes carnavais; das saudosas serenatas e das manhãs nebulosas dos rigorosos invernos de nossas existências.

E o tempo passou. Um centenário de história que começou no longínquo agosto de 1913, o que parece ser tão próximo, mas que no som da saudade já vai se exaurindo no corre-corre da cidade que se moderniza pelo excesso de dinamismo e circulação. Mas, cuidado Orleans, tuas veias já estão quase obstruídas. Dê espaço ao teu grande espaço. Não te afogues na espúria realidade do ter e te espraies na grandeza do ser.

Abrir-se ao futuro e dar-se as mãos, é este o convite que nos impulsiona e que nos faz acreditar que Deus, quotidianamente, nos abençoa e nos faz crer na certeza de mais e mais centenários.

Sejamos felizes!

OSCAR NIEMEYER

           É certo que Oscar Niemeyer é, reconhecidamente, em todo o mundo, um grande arquiteto. Um grande desenhista, projetista. Seus traços são inconfundíveis. É reconhecido no Brasil, principalmente pela construção de Brasília, a capital do Brasil. Sempre fui um ardoroso admirador da genialidade de Niemeyer, porém nunca concordei com suas contradições. Uma delas é ter sempre escondido o fenomenal talento de Lucio Costa, o verdadeiro mentor e executor intelectual de Brasília, que jamais teve um lugar ao sol na histórica construção de Brasília. Agora, quem sabe, Lucio Costa seja mostrado ao mundo e ao mesmo tempo verdadeiramente reconhecido pelo seu talento.
            Oscar Niemeyer, um ateu que, no seu fingir humildade, pois que ao longo do tempo chegou a irritar, tornou-se mestre em projetar igrejas. O comunista fervoroso trabalhou estreitamente com vários governos capitalistas e até o homem que via no casamento uma ilusão burguesa, mas que vivia desde 1928 com a mesma mulher, Annita Baldo. Isso mesmo, um homem de contradições e paradoxos, talvez para criar discussões em cima de seu nome.
            Pois é, ficou famoso, mas não largava sua foice e o martelo do regime comunista soviético, aquele regime que sempre foi contra as religiões, contra igrejas, e sempre a favor de agricultura coletivo (aquela em que todos plantam para todos e ninguém é dono de nada), aliás, ninguém é dono de nada mesmo, e ainda tem gente que apregoa nos meios de comunicação que comunismo é uma palavra linda, belíssima.
            Muito bem, não se tira a genialidade de Oscar Niemeyer, que viveu 104 anos de intenso trabalho e produziu durante mais de 70 anos. Algumas de suas obras mais marcantes foram desenhadas por encomendas governamentais no Ocidente capitalista – só foi contratado para um projeto em Moscou depois da queda do comunismo. Brasília foi apenas o exemplo mais significativo – e também o mais irônico, já que apenas quatro anos depois de inauguradas, as salas que Niemeyer havia projetado para abrigar o poder presidencial passaram a ser ocupadas por governantes militares que se sentiram muito à vontade na nova Capital.   
            Nas suas declarações pró-comunismo, Niemeyer era um sonhador. Dizia que “na mesa de desenho, nós, arquitetos, nada podemos fazer nesse sentido... a tarefa única é protestar contra a miséria e a opressão e juntos lutarmos por um mundo melhor e mais justo – escreveu em A Arquitetura Moderna no Brasil.
            O mestre da arquitetura Oscar Niemeyer, que ia completar 105 anos no dia 15, estava internado no Hospital Samaritano, no Rio, desde 2 de novembro de 2012, para tratar de uma desidratação. Mais tarde, ele apresentou hemorragia digestiva e houve piora em sua função renal. Na terça-feira, uma infecção respiratória complicou ainda mais o seu estado clínico e veio a falecer neste dia 5 de dezembro de 2012, por volta das 22h.
            Isso mesmo, enquanto isso o tempo passa...!


 

É certo que Oscar Niemeyer é, reconhecidamente, em todo o mundo, um grande arquiteto. Um grande desenhista, projetista. Seus traços são inconfundíveis. É reconhecido no Brasil, principalmente pela construção de Brasília, a capital do Brasil. Sempre fui um ardoroso admirador da genialidade de Niemeyer, porém nunca concordei com suas contradições. Uma delas é ter sempre escondido o fenomenal talento de Lucio Costa, o verdadeiro mentor e executor intelectual de Brasília, que jamais teve um lugar ao sol na histórica construção de Brasília. Agora, quem sabe, Lucio Costa seja mostrado ao mundo e ao mesmo tempo verdadeiramente reconhecido pelo seu talento.

            Oscar Niemeyer, um ateu que, no seu fingir humildade, pois que ao longo do tempo chegou a irritar, tornou-se mestre em projetar igrejas. O comunista fervoroso trabalhou estreitamente com vários governos capitalistas e até o homem que via no casamento uma ilusão burguesa, mas que vivia desde 1928 com a mesma mulher, Annita Baldo. Isso mesmo, um homem de contradições e paradoxos, talvez para criar discussões em cima de seu nome.

            Pois é, ficou famoso, mas não largava sua foice e o martelo do regime comunista soviético, aquele regime que sempre foi contra as religiões, contra igrejas, e sempre a favor de agricultura coletivo (aquela em que todos plantam para todos e ninguém é dono de nada), aliás, ninguém é dono de nada mesmo, e ainda tem gente que apregoa nos meios de comunicação que comunismo é uma palavra linda, belíssima.

            Muito bem, não se tira a genialidade de Oscar Niemeyer, que viveu 104 anos de intenso trabalho e produziu durante mais de 70 anos. Algumas de suas obras mais marcantes foram desenhadas por encomendas governamentais no Ocidente capitalista – só foi contratado para um projeto em Moscou depois da queda do comunismo. Brasília foi apenas o exemplo mais significativo – e também o mais irônico, já que apenas quatro anos depois de inauguradas, as salas que Niemeyer havia projetado para abrigar o poder presidencial passaram a ser ocupadas por governantes militares que se sentiram muito à vontade na nova Capital.   

            Nas suas declarações pró-comunismo, Niemeyer era um sonhador. Dizia que “na mesa de desenho, nós, arquitetos, nada podemos fazer nesse sentido... a tarefa única é protestar contra a miséria e a opressão e juntos lutarmos por um mundo melhor e mais justo – escreveu em A Arquitetura Moderna no Brasil.

            O mestre da arquitetura Oscar Niemeyer, que ia completar 105 anos no dia 15, estava internado no Hospital Samaritano, no Rio, desde 2 de novembro de 2012, para tratar de uma desidratação. Mais tarde, ele apresentou hemorragia digestiva e houve piora em sua função renal. Na terça-feira, uma infecção respiratória complicou ainda mais o seu estado clínico e veio a falecer neste dia 5 de dezembro de 2012, por volta das 22h.

            Isso mesmo, enquanto isso o tempo passa...!

28 de nov. de 2012

CALENDÁRIO HISTÓRICO


Como já é tradicional, todos os anos a Paróquia Santa Otília de Orleans encomenda e distribui o Calendário do ano, contendo, além do calendário mensal, outras informações importantes como fases da lua, pensamentos, etc.

         Para o ano de 2013, Pe. Elias Della Giustina, juntamente com a Rádio 106FM e alguns colaboradores, organizaram um calendário que irá homenagear o centenário de emancipação político administrativa de Orleans, que acontecerá no dia 30 de agosto de 2013.  

Para tanto, o calendário terá fotografias históricas e antigas como a primeira Igreja nos Campos Elíseos em 1913; uma foto do local onde está construída a atual Igreja Matriz, mas que havia no local uma residência; fotos da construção da Matriz; fotos das capelas de todas as comunidades da Paróquia e de algumas capelas que pertencem ao município de Orleans, mas que são atendidas por outras Paróquias; fotos de capitéis e grutas; pensamentos importantes sobre o dízimo, fazes da lua, uma foto principal tomando toda a cidade de Orleans que será parte permanente do calendário. Além disso, nos segundos domingos de cada mês há um destaque para a lembrança do domingo do dízimo e uma espaço especial para anotações e lembretes no próprio calendário.

Com relação ao centenário de Orleans, foi lembrado de inserir o Hino de Orleans, letra do Pe. João Leonir Dall’Alba e música de Osvaldo Pfützenreuter, o Vadico. Cada folha contém dois meses e em cada folha há uma parte do hino. Portanto, até o final do ano de 2013, quem dispuser do calendário poderá ir decorando nosso belo hino. Este documento histórico contêm um agradecimento a todos que colaboraram e em especial àquelas pessoas que doaram fotografias para que pudessemos melhor ilustrar o calendário que contêm 61 fotografias ilustrando e rememorando a caminhada da Igreja nestes 100 anos juntamente com a história do município de Orleans.

15 de nov. de 2012

PERSEGUINDO... DEUS!

           
Esta semana que está terminando, duas coisas me deixaram triste. A primeira foi ler uma notícia que a Assembliea Geral da ONU aprovou, na segunda-feira, a entrada da Venezuela no Conselho de Direitos Humanos, em uma eleição na qual também foram escolhidos o Brasil e a Argentina pela América Latina, para o lugar de Cuba, México e Uruguai. A entrada da Venezuela no Conselho, que será formalizada no dia 1º de janeiro do ano que vem, foi criticada por organizações de diritos humanos como a Human Rigts Fundation e UN Watch. Eles consideram que o país não cumpre os requisitos para integrar uma organização que zela pela troteção dos direitos humanos. É claro que não cumpre, pelo menos as notícias que chegam são assim mesmo. O governo ditatorial daquele país persegue a imprensa, os opositores e ainda incita a fazer o mesmo na Argentina, Equador e outros países vizinhos. Uma pena!

A outra notícia não menos trágica vem de um procurador que, com síndrome de abstinência dos holofotes, inventa uma causa para virar notícia. Aprendeu, com a experiência, que dar uns cascudos em Deus ou na fé de mais de 90% dos brasileiros, que são cristãos, dá ibope. Eventualmente ele pode juntar o combate à religião a alguma outra causa e aí tem barulho garantido. E, por óbvio, granjeia o apoio de amplos setores da imprensa e...bem, é uma questão de padrão intelectual.

A mais nova e essencial decisão deste senhor, da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, de São Paulo, foi entrar com uma ação civil pública para retirar das notas do real a expressão “Deus seja louvado”. É o mesmo que mobilizou para caçar todos os crucifixos de prédios públicos, lembram-se?

Esse senhor é um homem destemido. Não tem receio de demonstrar a sua brutal e profunda ignorância. É do tipo que diz bobagens de peito aberto. Depois de gastar dinheiro dos contribuintes com a questão do crucifixo e com a tentativa de ação contra o pastor Malafaia, ele agora se volta para as notas do real. Como se nota, trata-se de uma ignorância cultivada com esmero, com dedicação, com afeto até. Pois bem, se ele tem alguma coisa contra Deus, seria bom pegar da prateleira seu exemplar da Carta Magna (que por certa deve estar bastante empoeirada) e dar uma lida já nas primeiras páginas):

A Constituição do Brasil assegura a liberdade de expressão e tem o seguinte preâmbulo: “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil.”

Enquanto isso o tempo passa...






 

PIMBA


           A globalização passou a ser um problema de todos e um problema local. Até mesmo uma questão da minha rua. Sim, os Estados Unidos elegeram o Barack para mais quatro anos. Mas, a crise americana afeta até aqui em Orleans. A crise americana poderia sofrer um revés se o outro candidato fosse eleito. A sociedade americana ficou radicalmente dividida, porque o Barack venceu a eleição com um percentual muito pequeno. Todos nós sabemos que os Estados Unidos passam por um problema muito grave e o problema de lá interfere muitíssimo por todo o planeta.

          Por outro lado, a China acaba de “eleger” seu novo presidente. A China é um país comunista, mas que vive um estado capitalista. Ou seja, interiormente é comunista, e externamente é capitalista. Tem um bilhão e trezentos milhões de habitantes e exporta e importa para todo o mundo. A previsão é que em 2017 passará a ser o principal país consumidor do mundo, ultrapassando os Estados Unidos. Se a China quebrar, levará junto toda a Europa, os Estados Unidos e de sobra o Brasil e muitos outros. Portanto, é bom torcer para que a China continue de pé, mas não com esta volúpia toda. O ideal seria que todos crescessem razoavelmente.

          Voltando ao Barack, é bom saber também que os ricos americanos que votaram no Barack, em tese ganharam a eleição, mas perderam. Os republicanos não votaram no Barack, perderam duas vezes, porque não elegeram seu candidato e também perderam porque a questão principal é a crise. A tal crise americana é um jogo perigoso haja vista que é uma situação tal como que alguém numa corda bamba. Vai, vai, vai, e, pimba. Cai! Enquanto tem equilíbrio, recursos, forças, e o vento soprando a favor, vai, mas chega o momento que tudo desmorona. Assim é a crise que os americanos estão tentando esconder ao mundo.

          Seria o momento de fazer como os cartolas fazem com as equipes de futebol. Quando o time começa a perder demais, troca o treinador. Seria a hora de trocar o treinador do United States Football Club, para alegria da grande torcida mundial.

            Enquanto isso o tempo passa.
 
 

 

29 de out. de 2012

ABORRECIMENTO


Antes de falar sobre mais uma lei absurda do ditador boliviano Evo Morales, vamos fazer uma breve reflexão acerca do que parece até uma mentira, mas ainda existe o “dia da liberdade de pensamento”. O pouco do que resta nesta nossa democracia já bastante amordaçada na América do Sul. A América, que tanto se empenhou pelas lutas democráticas, independência e liberdade, aos poucos vê seu destino democrático ficar pressionado entre as amarras de ditadores instalados sob a bandeira do socialismo. Aliás, essa nobre tarefa do social é de todos, ninguém, ou partido algum, tem o direito de reivindicar somente para si essa bandeira.
            Liberdade de pensamento, sim, por enquanto você tem essa liberdade, até que um dia, quem sabe, um chip poderá detectar que você está sendo contra as ações estapafúrdias que vêm acontecendo. O que você pensa ainda passa, mas o que você escreve ou fala, poderá render alguns aborrecimentos ou perseguições.
            Aliás, perseguições também estão acontecendo em todos os setores da vida pública e até na particular. E o grande perigo está na área educacional. Coisas do quotidiano, mas aborrecem você de vez por outra. Tem-se uma coisa que está aborrecendo muitas pessoas são os panfletos jogados dentro de sua propriedade oferecendo produtos. Uma barbaridade. Todo dia, todo dia, é isso, temos de juntar os panfletos que são literalmente jogados portão adentro, sem que você tenha a mínima chance de reação.
            Mas, voltando ao aborrecimento, e enaltecendo o dia da liberdade de pensamento, esse tema vai muito além, não somente o de você exercer o hábito de pensar alguma coisa. Seja na política, no mercado, nos negócios, nas intrigas, mas o pensamento livre, aquele que inspirou a estátua da liberdade quando a América se instalava. Acho até que o maior desejo das ditaduras esquerdistas atualmente seria detonar a estátua da Liberdade, pelo que ela representa de liberdades, livre pensar, livre agir, livre viver em liberdade, sem o aborrecimento da perseguição política ou do patrulhamento ideológico.
            O que me causa aborrecimento é pensar naquelas vítimas que tiveram seus carros furtados e levados para a Bolívia. Agora, lá, sob a canetada do ditador Evo Morales, “seu” carro vai virar propriedade legal de algum boliviano. Isso tudo porque foi criado, recentemente, mais um gigante absurdo: a Bolívia legaliza o carro roubado em circulação em seu território. Aliás, de cada 10 carros roubados que circulam na Bolívia, quatro são brasileiros. Mas esse Morales (que é do grupo Chavista e que agora inclui mais o presidente eleito do Perú) há pouco tempo nos roubou um patrimônio imenso em relação à Petrobras, lembram? Isso mesmo, aquele mesmo.
            Então, a ordem está virando o caos. No começo era o caos que Deus propôs a ordem e estabeleceu os padrões de viver fraternalmente entre os povos. Agora parece que estão querendo inverter essa ordem, transformar a ordem em caos. Acho até que já está no caos, mas como somos brasileiros, que perdoamos assassinos e os pomos em liberdade para usufruir do nosso suor, o aborrecimento ganha corpo e cada vez mais a decepção se avoluma. Se alguém compartilha desta reflexão, obrigado! Ainda resta uma débil esperança.

DERROTA AO COMUNISMO

 
           No Estado do Amazonas nos vem uma boa notícia. O ex-senador Arthur Virgílio venceu a disputa pela prefeitura de Manaus (AM) e impôs uma derrota esmagadora à candidata Vanessa Grazziotin, do Partido Comunista do Brasil, que era apoiada pelo ex-presidente Lula. O tucano Arthur Virgílio, uma dos maiores tribunos já vistos no Senado, derrotou a semente comunista no seu Estado.

A vitória de Virgílio é bastante simbólica. À época em que era líder do PSDB no Senado, o tucano foi um opositor ferrenho do governo do presidente petista (2003-2010). Durante a campanha em Manaus, Lula mostrou um empenho voraz em derrotar o antigo desafeto no Senado.

Em setembro, em um comício ao lado da sua candidata, Lula chegou a afirmar que se não conhecesse Grazziotin ainda assim iria pedir votos para ela com o objetivo de derrotar Virgílio. Em quase todas as ocasiões em que citou o nome de Arthur Virgílio, Lula não escondeu seu desprezo pelo candidato. Em um comício, chegou a dizer que Virgílio “não gosta de pobre”. A derrotada comunista Grazziotin também contou com o apoio da presidente Dilma Rousseff, o que era de se esperar.

Os resultados em Manaus são ainda mais simbólicos se comparados com os das eleições de 2010. O Amazonas foi o estado onde Dilma obteve a maior votação proporcional naquele ano. Foram 80,5% dos votos válidos no segundo turno da campanha presidencial.

A vitória de Virgílio também deve ser uma vingança do ex-senador contra a própria Comunista Grazziotin, que derrotou o tucano na disputa pelo Senado em 2010. Desde então, Virgílio, que foi líder do PSDB no Senado, estava sem mandato.

A história de São Paulo, com a vitória de Haddad (aquele do Kit Gay no ensino fundamental), provavelmente deverá haver um recomeço dessas idéias trágicas, com apoio da Marta, de Eduardo Suplicy e toda a corriola que irão apostar numa candidatura paulista à presidência da república. Até lá, não é de se duvidar, poderá acontecer feios escorregões.

         Registre-se também que Macapá, outro candidato adepto do esquerdismo totalitário, tipo Chávez e Fidel Castro, também venceu. Haddad não é diferente, inclusive continuou batendo em Serra mesmo após as eleições, dividindo a população da capital de São Paulo ao meio. Até Dirceu e Delúbio festejaram vitória numa churrascada do partido; afinal, quem precisa pensar no Mensalão? Aqui, lá, aquém e acolá, sempre acontece algum tipo de infortúnio. Salve-se quem puder das bizarrices políticas.

Enquanto isso, o tempo passa...

24 de out. de 2012

MENSALÃO E GAVETÃO


O competente magistrado Joaquim Barbosa para presidente do Brasil? Ainda não, porque não é tempo para isso, mas que o Meritíssimo Juiz tem imenso apoio dos eleitores no Brasil, certamente que tem, se fizermos uma pesquisa de opinião.

Apesar de receber constantemente ataques e algumas alfinetadas de seus pares na Suprema Corte, Joaquim Barbosa vem realizando um excelente desempenho como Juiz num dos casos mais absurdos e polêmicos da República: O Mensalão.

Para quem acompanha, até com certa freqüência, pela Internet, vê-se que o tema é muito complexo, mas que acabou ganhando a simpatia no Brasil e no mundo.

Nesta semana, numa das freqüentes discussões entre Barbosa e Levandowski, o Ministro citou uma notícia publicada em um dos jornais mais importante dos Estados Unidos onde cita que as penas a que os réus estão recebendo, do ponto de vista daquele jornal, são risíveis, ou seja, provocam gargalhadas.

Observei mais de uma vez o debate e acabei por compreender que o mundo está de olho neste grande julgamento, que por sua vez está julgando outras personalidades que foram beneficiadas com tamanha ilicitude. Muitos estão quietinhos, fazendo bravatas, mas com um olho em tudo o mais, porém o outro no STF. 

A qualquer momento poderemos entender melhor o que está realmente havendo e seus desdobramentos políticos. É de se esperar que a mídia nacional esclareça melhor até onde os tentáculos do grande polvo da corrupção alcançaram.

Joaquim Barbosa, se lhe dessem espaço e oportunidade legal, certamente que abriria o grande gavetão e mostraria para os brasileiros onde estão escondidas muitas figuras da política nacional que se beneficiaram com o volume imensurável que foi surrupiado para compra de apoio político no governo anterior e no atual.

Se for assim o raciocínio, e até espero que não seja, vamos conhecer melhor o perfil da política atual no Brasil.

Enquanto isso, o tempo passa...

17 de out. de 2012

ACUSO, COM DECEPÇÃO!

           Acuso, com decepção, nos resultados que estão surgindo quanto ao julgamento do desditoso, infeliz e escrachado Mensalão. Pessoas reconhecidamente corruptas sendo absolvidas e magistrados trocando farpas, entre si, no julgamento e, pasmem, na mais alta Corte de Justiça do país. Decepção por ter sido informado de que alguns dos atuais ministros já foram ardorosos defensores de alguns dos que estão sendo julgados. As informações podem ser improcedentes, mas a grita é geral.

         Acuso, com decepção, pelo que está havendo com a educação no Brasil. De uma tacada só escuto que a presidente (e não a presidenta, porque caso assim fosse teríamos de dizer que a estudanta passou no vestibular, ou a serventa trabalhou muito, e assim por diante), assinou lei em que se criam cotas para ingresso no ensino superior, e que, ao que pude escutar pela rua, causou indignação, exclusão e injustiça; enaltecendo valores consagrados ao fisiologismo e destruindo a ciência, o saber, a qualidade, a competição pelo conhecimento.

         Acuso, com decepção, com o que a TV está colocando na cabeça das pessoas. Quanto mais discussão, brigas, assassinatos, traições, quem matou quem, mais e mais a audiência sobe, dispara, assinando um certificado de analfabetismo cultural sem precedentes. A questão é bastante grave porque provoca no seio da família a condição de que se pode tudo, de qualquer jeito, porque na TV passa assim e o governo aceita, então está tudo certo.  Um desastre! Não temos mais nada a esperar a não ser esse tipo de comportamento.

         Acuso, com decepção, com o emaranhado de leis em que estão os micros, pequenos e médios empresários. Está ficando simplesmente e humanamente impossível acompanhar. O resultado é uma indústria de multas que enche os cofres do governo federal.

         Acuso, com decepção, que o Kit Gay poderá vencer as eleições em São Paulo. Uma pessoa altamente despreparada, no entendimento pessoal. Alavancado pelo apoio do governo federal, sai de míseros 4%, 5% e agora poderá governar a capital mais importante do país.

         Acuso, com decepção, que na política ainda não se deram conta de que é uma ciência aos olhos das lideranças. A maioria totalmente despreparada e sem saber qual função vai realmente exercitar. Uma calamidade!

         Acuso, com decepção, mais e mais assuntos, principalmente voltados à educação, à cidadania, ao respeito e honestidade. Vamos buscar mais elementos para refletir nesta coluna. Só refletir, porque pouca solução, infelizmente, provoca.

4 de out. de 2012

TOLERÂNCIA


Nem sempre é simples distinguir quem está do nosso lado. Também não é tão fácil distinguir quem é nosso adversário. Facilmente somos vítimas de engano. É comum encontrarmos decepção nas pessoas que se dizem nossos amigos e às vezes encontramos confiança e ajuda nas pessoas que presumivelmente não confiamos.

Como descobrir quem está a nosso favor e quem está contra? Quem faz o bem a alguém está ao lado desse alguém.

Muitas vezes queremos ter o monopólio do bem e da verdade, e nos enganamos redondamente. Não nos alegramos quando vemos outros realizarem gestos de amor desinteressado. Não admitimos sequer pensar que seguidores de outras religiões podem ser melhores do que nós, “católicos apostólicos”. Não é boa decisão sermos sectaristas, mesquinhos e individualistas, julgando-nos melhores do que os demais. Basta assumir a prática libertadora.

O Espírito de Deus age livremente. Ele pode suscitar “pães de pedras”. É só tirarmos a viseira dos olhos e logo perceberemos Deus agindo em diferentes grupos, religiosos e não religiosos. Ele não precisa de nossa autorização para agir no meio da humanidade. O Espírito de Deus não é propriedade de nenhuma Igreja, de nenhuma instituição, de nenhum grupo religioso. É de todos. Principalmente e necessariamente se voltarmos nossas ações para o bem, para os abandonados, esquecidos e excluídos.

O Espírito de Deus age lá onde se realiza algum gesto de amor; lá onde alguém defende a vida humana, animal e vegetal; lá onde alguém defende o direito à liberdade de escolha e se põe contra todo tipo de intolerância. Assim explica o Evangelho de Marcos, na missa de 30 de setembro/2012.

Eis a palavra: Intolerância. Exatamente aí está a palavra central desta reflexão e que foi motivo de uma homilia. Temos que cultivar e exercitar a tolerância, tanto na Igreja, na família, na política, na sociedade, no trabalho, em todos os lugares e situações. Ser tolerante é dar espaço para os diferentes, os que divergem, os que procuram razões para suas idéias e ações, caso contrário temos a imposição, a ditadura, o totalitarismo. E assim não é possível a convivência fraterna.

Enquanto isso, o tempo passa.

 

FERREIRA GULLAR


O Poeta Ferreira Gullar, cujo nome é José Ribamar Ferreira, tem 82 anos de idade, é biógrafo, tradutor, crítico de arte, ensaísta, etc. Nasceu em São Luis do Maranhão no dia 10.09.1930. Publicou mais de 40 livros. A obra mais ousada do poeta é o famoso Poema Sujo, livro escrito e publicado no exílio na Argentina em 1976.

Sempre tive pela poesia de Ferreira Gullar a mais intensa admiração, embora sempre recusasse sua postura de comunista a exemplo do arquiteto Oscar Niemayer. Personalidades reconhecidas e admiradas mundialmente. Mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, como diria o filósofo.

O que me deixou ainda mais atraído por sua obra e sua pessoa notável é ter lido nas páginas amarelas de Veja, edição de 26 de setembro/2012, que aquele Ferreira Gullar comunista não mais existe, principalmente quando ele próprio afirma que o socialismo não faz mais sentido, recusa o rótulo de direitista e ataca: “Quando ser de esquerda dava cadeia, ninguém era. Agora que dá prêmio, todo mundo é”. Isso mesmo, quem está dizendo assim é o nosso grande Ferreira Gullar.

E diz mais: “O empresário é um intelectual que, em vez de escrever poesias, monta empresas”. Diz mais ainda, que “... o socialismo (comunista) fracassou. Quando o Muro de Berlim caiu, minha visão já era bastante crítica. A derrocada do socialismo não se deu ao cabo de alguma grande guerra. O Fracasso do sistema foi interno. Voltei a Moscou há alguns anos. O túmulo do Lenin está ali na Praça Vermelha, mas pelo resto da cidade só se vêem anúncios da Coca-Cola. Não tenho dúvida nenhuma de que o socialismo acabou; só alguns malucos insistem no contrário. Se o socialismo entrou em colapso quando ainda tinha a União Soviética como segunda força econômica e militar do mundo, não vai ser agora que esse sistema vai vencer”. Palavras de um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos.

Quanto a Cuba, que tanto o poeta defendia, hoje Ferreira Gullar diz que “Não posso defender um regime sob o qual eu não gostaria de viver. Não posso admirar um país do qual eu não possa sair na hora que quiser. Não dá para defender um regime em que não se possa publicar um livro sem pedir permissão ao governo. Apesar disso, há uma porção de intelectuais brasileiros que defendem Cuba, mas, obviamente, não querem viver lá de jeito nenhum. É difícil para as pessoas reconhecer que estavam erradas, que passaram a vida toda pregando uma coisa que nunca deu certo”.

Por fim, perguntado sobre se a idade é uma aliada ou uma inimiga do poeta, ele respondeu: “Com o avanço da idade, diminuem a vontade e a inspiração. A gente passa a se espantar menos. Não se faz poesia a frio. Isso não vai acontecer comigo. Sem o espanto, eu não faço. Escrever só para fazer de conta, não faço. Eu vou morrer. O poeta que tem dentro de mim também. Tudo acaba um dia. Quando o poeta dentro de mim morrer, não escrevo mais.

Grande Ferreira Gullar!!!

20 de set. de 2012

OS NÓS DA BUROCRACIA


           Houve tempos bem difíceis para o pequeno empresário, mas passou. A desburocratização deu certo alívio no lamaçal burocrático da época. Mas, hoje as dificuldades estão de tal forma que para ser um empresário, no mínimo, teríamos que passar por um curso extensivo para, pelo menos, entender parte do que seja administrar uma empresa.

É um caos. Mas alguém tem de ver este assunto para tentar alguma modificação, ou em pouco tempo teremos poucos empresários em condições de acompanhar a rapidez com que se mudam as regras tributárias que vêm sufocando o empresariado. Não que seja ruim, porém é bastante detestada, principalmente pelos pequenos empresários que não conseguem entender o porquê de tantas exigências.

Para tudo tem senha; tem controle do estado; tem severas penalidades; e podemos até acreditar que a maioria das tais penalidades serão impostas porque o empresário não consegue entender e acompanhar.

A dedução parece simples. Tantas mudanças aconteceram que dá para arriscar dizer que hoje poucos acompanharam com consciência, entendendo, aceitando e seguindo as novas regras. Mas, não estamos falando somente dos pequenos empresários, falamos também dos profissionais de contabilidade, porque uma boa parte está batendo cabeça para poder entender e aplicar as novas normas que vão surgindo diariamente.

Por que é dito isto? Porque no dia a dia vemos as muitas reclamações. Não pode isso, não pode aquilo, não é assim, não pode ser assim, o sistema é quem está dizendo, você está pendente no sistema... e vai às alturas o tanto de exigências, sem nunca, quase, se ter com quem falar para resolver.

Por isso, para quem deseja ser empresário, primeiramente seria bom informar-se da burocracia. Inteirar-se da legislação complexa, notadamente a federal, em seguida a estadual e por último a do município.

Para aumentar a arrecadação está perfeito. Para desamarrar o pequeno empresário não funciona, porque os nós ficaram ainda mais apertados. Mas nada que não se possa resolver, porque a inteligência humana é capaz de entender, mas precisa-se de horas e horas somente para explicar como é que funciona.

Acabou o tempo de achar que “o outro faz assim então também posso”, não! Acabou o tempo do jeitinho empresarial. Acabou o tempo do “deixa isso assim, depois a gente vê” Não! A sugestão é se inteirar sempre e todo dia das novidades na área tributária e fiscal.

Sem falar na enxurrada de produtos estrangeiros que estão sufocando a indústria nacional.

Enquanto isso o tempo passa...

 

 

 

6 de set. de 2012

RETIRO DOS MINISTROS


 Um palestrante necessita de conhecimento sobre o tema a ser ministrado, necessita de controle da platéia, vigor física e intelectual, além de um competente processo didático para garantir o sucesso. Difícil? Não! Só que pouquíssimas pessoas têm este dom ou este prepara para tal. Nossos padres têm a tarefa praticamente diária de possuir estas virtudes, além do próprio dom. E eles têm! Uns com maior outros com relativa capacidade, mas todos têm.

            Foi possível observar no sábado passado, dia primeiro de setembro, no Morro da Santinha, das 8:30h às 16h, quando mais de 110 Ministros Extraordinários da Comunhão estiveram recebendo do Pe. Elias Della Giustina uma vasta reflexão sobre partes do Evangelho de São Marcos e que serviu principalmente para focar e mentalizar a rica mensagem do evangelista, mas também para buscar o aprimoramento e conhecimento para o exercício da tarefa responsável do ministério. Lá esteve por algum tempo o Pe. Márcio Martins, que também nos passou uma reflexão inicial, pois tinha compromissos agendados.

            Estamos vivendo o mês da Bíblia, e este ano a CNBB nos convida a estudar Marcos, o evangelista que nos brinda seus dezesseis capítulos de forma bastante profunda e que nos leva a degustar a Sagrada Escritura de forma a crescermos em sabedoria e conhecimento.

            Mas, por que estamos citando a palestra? Porque sabemos quão difícil é conseguir levar ao íntimo de cada um, individualmente, um assunto tão complexo e profundo. E Pe. Elias conseguiu, de forma brilhante, nos passar muitas informações primorosas no retiro em que também lá estivemos.

            Num brevíssimo resumo, podemos dizer que ele nos transmitiu inicialmente alguns conceitos importantes sobre o mês da Bíblia 2012; reflexões sobre a apresentação do Evangelho de São Marcos – qual é a boa notícia que Marcos apresenta?; Quem é Jesus para você?;  O que significa ser discípulo de Jesus? – o discípulo missionário de hoje; Vendo a fé que eles tinham; Não te importa que estejamos perecendo?  Tudo temas contextualizados e em sequência que ensejou de todos nós muita atenção para o perfeito entendimento, compilado numa apostila de dez laudas.

            A característica do palestrante é que, como tem domínio do assunto, foi bastante fácil a inserção dos temas em nossas memórias. Tudo regado a uma boa empatia com o público, sendo que setenta por cento já Ministros da Comunhão e outros trinta por cento novos Ministros. O resultado foi excelente, também acompanhado por boas músicas, entretenimentos e um excelente almoço preparado por membros do Movimento de Irmãos.

Um sucesso! E os beneficiários de tudo foram as famílias católicas de Orleans!

 

TIRIRIQUISMO


Um absurdo! Quero concordar com o jornalista Moacir Pereira, mas me recuso. Acusar as autoridades federais por esta lamentável situação na educação também em nada resultará, ou quem sabe até receber um “cala a boca” por telefone.

Se somos a sexta economia do mundo, por que estamos em 88º colocação em termos de escolaridade e índice de desenvolvimento humano? A resposta não poderá ser outra se não a de que estão aplicando erradamente os recursos (que são muitos). A falta de vontade política talvez seja a mais possível, pois grassa uma idéia de que um povo ignorante e analfabeto é imensamente mais fácil de dominá-lo.

Vejam só, no ensino fundamental, apenas 3% são plenamente alfabetizados. É assustador pensar que existe uma massa gigantesca de alunos do ensino fundamental que se declaram alfabetizados, mas não sabem ler ou não entendem o que os textos estão informando. É muito simples, basta ler qualquer texto ou fazer qualquer pergunta de conhecimentos gerais que a batatada virá. Outra coisa, se perguntar quanto é dez por cento de vinte por cento de cinqüenta, que certamente um percentual altíssimo não saberá responder. Portanto também na matemática são analfabetos.

Mas o que quer o governo federal com tanta gente analfabeta? Como disse o próprio Moacir Pereira, no pragmatismo capitalista da China, o ensino primário tem um currículo martelando chinês, matemática, ciências, inglês, educação moral, música e educação física. Em muitas escolas públicas por aqui estão ensinando abobrinhas, disciplinas fora da realidade, que provocam desinteresse acadêmico e não educam.

A educação precisa de resposta. Como está vamos corar de vergonha perante muitas republiquetas por este mundo. O problema é de gestão, de administração, quando não carregados de ideologismos políticos, e aí mora o maior problema. Debates equivocados e a crise da educação no Brasil se avoluma. Outro fenômeno capaz de arrepiar é quanto a questão dos pais defenderem de unhas e dentes os filhos indisciplinados e violentos, agindo contra os professores. Com isso estão deseducando novas gerações.

Enquanto isso nos estressa a idéia de pensar que o tiririquismo parece ser o caminho mais adequado para as autoridades que estão “guiando” o nosso querido Brasil.

E o tempo passa... até quando?

 

O QUE ESTÁ FALTANDO NO TEXTO?


   
Sem nenhum tropeço, posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo permitindo, mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível. Pode-se dizer tudo, com sentido completo, como se isto fosse mero ovo de Colombo.
 
Desde que se tente sem se pôr inibido, pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento
 
Trechos difíceis se resolvem com sinônimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo, esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que queremos e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei um foco indo discorrer livremente, por exemplo: o que quiser escolher. Podemos, em estilo corrente, repetir sempre um som ou mesmo escrever sem verbos.
 
Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir. Porém mesmo sem o uso pretensioso dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos. Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês. Por quê?
 
Cultivemos nosso polifônico som repetitivo e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, estojo de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores.
 
Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores. Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos.
E o tempo é veloz...
(P)
 

8 de ago. de 2012

VOTO CABRESTO



Por que alguns povos continuam primatas? São menos capazes? Não são tão inteligentes quanto nós? Em pleno século 21 junto ao “boom” tecnológico, sabemos que ainda existem (ao menos no Brasil) famílias de índios extremamente tradicionais que ainda seguem seus rituais ancestrais.

Seria errado dizer que não são tão inteligentes quanto nós “urbanos tecnológicos”. Quem consegue projetar artesanalmente armas para caça com tamanha habilidade, quem explica algumas estratégias de organização no momento de caça de animais ágeis.

Alguma comparação com povos antigos pode-se perceber que todos eram nômades e praticavam coletas de alimentos. Com o tempo percebemos que era iniciada a agricultura, e a partir desse ponto percebemos diferenças.

Povos evoluindo e outros não, povos se organizando e outros não, povos originando cidades e outros não. Mas por que tal diferença se todos começaram da mesma forma?

Com muito estudo chegaram à conclusão que havia um termo determinante: a Geografia. Alguns povos por estarem em posição geográfica beneficiada tinham tempo para se desenvolver. Lugares com vegetação mais rica em proteína e mais fácil conservação, com animais de fácil domesticação e fortes para o trabalho pecuário, com climas adequados e outras facilidades.      

 Essas vantagens fizeram com que povos tivessem tempo de sobrar para pensar na sua evolução e organização.

Hoje temos problemas parecidos. Crianças têm notebooks para estudar em escolas públicas, mas seus pais não atingem uma renda suficiente para uma alimentação saudável. Você acredita que uma criança nessa situação teria concentração para estudar sendo que suas preocupações são outras? Na opinião de muitos estamos em desorganização e falta de estrutura. Parece verdadeiro que os investimentos de hoje não visam a evolução e sim o voto cabresto.  

Agora estamos (o Brasil e o mundo) assistindo ao julgamento do famigerado Mensalão. Uns dizendo que o "Mensalão" existiu, outros afirmando que o nome está errado e que o correto seria "Caixa Dois". Ambos pura ilegalidade. Os ministros julgadores parecem preferir uma soneca a ter que ouvir tanta falácia inaproveitável.

PS.: Os índios enganados com espelhinhos e objetos europeus e nós com promessas políticas. Quem é mais inteligente?

Enquanto isso, o tempo passa...


ESCANDALOSO

            O Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel (STF), em sua última manifestação formal antes do início do julgamento do mensalão, enviou aos ministros do Supremo Tribunal Federal um documento no qual afirma que o caso foi "o mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção e de desvio de dinheiro público flagrado no Brasil". A expressão faz parte de um vasto memorial que foi entregue aos 11 integrantes do Supremo e obtido pelo Jornal a Folha.

Ao enviar o material, Gurgel visou facilitar o trabalho dos ministros, caso advogados contestem provas citadas pela acusação, ou afirmem que não existem indícios sobre um ou outro ponto.

O que Gurgel fez foi pinçar das mais de 50 mil páginas do processo o que chamou de "principais provas" contra os acusados. Esses documentos (como perícias, depoimentos e interrogatórios) foram separados pelo nome de cada réu, em dois volumes. Nos últimos dias, advogados de defesa também entregaram os seus memoriais.

No texto em que Gurgel chama o mensalão de o mais "escandaloso esquema", o procurador retoma uma frase que usou nas alegações finais, enviadas ao Supremo no ano passado, quando havia dito que a atuação do STF deveria servir de exemplo contra atos de corrupção.

Agora, diz que "a atuação do Supremo Tribunal Federal servirá de exemplo, verdadeiro paradigma histórico, para todo o Poder Judiciário  brasileiro e, principalmente, para toda a sociedade, a fim de que os atos de corrupção, mazela desgraçada e insistentemente epidêmica no Brasil, sejam tratados com rigor necessário".

Em outro ponto, ele afirma que o mensalão representou "um sistema de enorme movimentação financeira à margem da legalidade, com o objetivo  espúrio de comprar os votos de parlamentares tidos como especialmente relevantes pelos líderes criminosos."

Em sua manifestação final, Gurgel tentou relembrar alguns detalhes fundamentais, como o papel do núcleo financeiro do esquema.

"Impressiona constatar como o esquema ilícito funcionava, desde sua origem (financiamento), passando pela sua operacionalização (distribuição), até o final", afirma.

Ao resumir o que a ação contém, o procurador concluiu: "Colheu-se um substancioso conjunto de provas que não deixa dúvidas à procedência de acusação".

Próxima semana falaremos um pouco sobre o Mercosul e a sua transformação em “Confraria Ideológica”.

Enquanto isso, o tempo passa...!

25 de jul. de 2012

TÁ DIFÍCIL

            Concordamos plenamente no que diz o contabilista Júlio César Zanluca, que “O Sistema Tributário Brasileiro é insuportável!”. O referido profissional também faz referencias dizendo que, diariamente, 26 Estados e o Distrito Federal despejam mudanças nas suas respectivas legislações. Um contador que esteja aqui em Santa Catarina e cujos clientes vendam mercadorias sujeitas à substituição tributária, tem que acompanhar, diariamente, as mudanças nos diversos estados envolvidos. Mesmo que leia diariamente todas as leis, terá ainda que acompanhar as normas, portarias, instruções normativas, decretos, etc., numa parafernália sem fim de atos que tornam o Brasil o campeão mundial em confusão tributária.

            Se não bastasse este caos, ainda mais relevante é o “Oceano de Tributos”, uma das cargas fiscais mais altas do planeta! Maior que nações do primeiro mundo, cuja qualidade do serviço público é indiscutível, como Japão Alemanha, Estados Unidos, etc.

            Nós, brasileiros, sufocados pela ineficiência governamental e ainda por cima solapados pela super-tributação, temos que assistir o exagero de gastos do governo, pouco investimento em áreas como saúde, educação, e, para saciar a fome de recursos, vez por outra aumentam tributos.

            E os recordes de arrecadação, mensalmente anunciados! Apenas comprovam o que todos nós sabemos: a fúria arrecadatória atingiu o ápice!

            Milhares de empresas têm fechado, nos últimos anos, simplesmente porque não conseguem recolher seus devidos tributos – não há como repassar aos preços de mercadorias e serviços tamanha carga, e assim fecham as portas.

            O executivo federal e o congresso nacional precisam saber que os excessivos gastos e desperdícios, estão exigindo reformas. É necessário mudar este modelo, reduzindo-se a tributação sobre salários e negócios em geral.

            Além de iniciativas organizadas e legais, precisam estruturar seus negócios de forma mais econômica, elaborando planejamento tributário.

            E assim o tempo passa..., aliás, as obrigações acessórias criadas normalmente vêm com penalidades altíssimas caso haja omissão ou outra forma de não cumprimento. Normalmente é fácil de ser pego porque o cipoal de normas e instruções, portarias e tudo o mais são tantas que fica difícil acompanhar com eficiência.

            Empresas que poderiam estar gerando empregos, recolhendo tributos e impulsionando nosso desenvolvimento, estão, muitas vezes, se desvencilhando de tanta burocracia que inferniza e estressa diariamente.

            E assim... o tempo passa!

           


SÃO JOÃO BATISTA E O PROFETISMO HOJE

Colaboração: Pe. Elias Della Giustina

A Festa do nascimento do profeta João Batista acontece no próximo domingo, dia 24 de junho.

O momento é de lembrança e de memória da vida desse santo. A tradição popular entre nós o recorda com as festas juninas. Os pais de João Batista, Zacarias e Isabel, idosos, o conceberam na velhice. De fato, João foi o seu nome. João seria aquele que deveria preparar o caminho para a realização da Aliança de Deus, em Jesus Cristo. Isto se deu nos arredores de Jerusalém.

Na mentalidade do tempo, ser estéril era visto como desonra e castigo de Deus, uma vergonha (Gn 30, 23). Todas as mulheres deveriam ser como a terra, aquela que faz germinar a semente.

Zacarias e Isabel entendem que o filho era um dom de Deus, um verdadeiro presente, que nasce com uma missão em Israel. O acréscimo “Batista”, ao nome de João, significa aquele que batiza, isto é, que batizou Jesus Cristo nas águas do Rio Jordão, que veio pedir conversão do povo e mostrar a profunda misericórdia de Deus, diferente das atitudes praticadas pelo Imperador Herodes, autoridade sem piedade. Herodes foi aquele que mandou decapitar João Batista na prisão.

A presença de João Batista, pela sua fidelidade e coerência, tornou-se um perigo para as “falsas” autoridades do tempo. João foi um crítico contundente do poder vigente. Foi esse o real motivo de sua condenação e martírio. Isto significa que as falsas autoridades têm medo das palavras de um profeta, de quem age defendendo a vida do povo e seus verdadeiros direitos.

O Papa João Paulo II costumava dizer que os santos são sempre atuais. Ao comemorar o nascimento do grande profeta, João Batista, precursor de Jesus, nos vem à mente o profetismo como vocação de anúncio do que vem de Deus: “E há de caminhar à frente deles, com o espírito e o poder de Elias, a fim de converter os corações dos pais aos filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, preparando para o Senhor um povo bem-disposto” (Lucas 1,17).

E Jeremias já preanunciava: “E tudo que eu te mandar dizer, dirás... Eis que ponho minhas palavras em tua boca” (Jeremias 1,7.9).

João incitou o povo à mudança de vida para se adequar à nova vida trazida pelo Messias.

Quem quiser aceitá-lo deve ter postura diferente do paganismo e do egoísmo. Não vale o “toma lá dá cá” ou o “cada um para si”. É preciso haver a nova atitude do amor, do interesse em executar a vontade de Deus. Ele quer uma vida digna para todos.

Estamos em tempo de Rio+20 onde as nações discutem o futuro da nossa habitação. O cuidado com o planeta terra deve ser uma constante de todos.

O convívio fraterno, na justiça, na promoção do bem comum, no altruísmo, na doação de si pelo semelhante, na renúncia aos interesses mesquinhos de uns que abarcam para si o que seria de benefício de todos, na política de bons prestadores de serviço ao povo, na profissão exercida para o melhor serviço à coletividade, na família assumida como valor... tudo deve ser encaminhado na nova prática do profetismo que leve as pessoas a superarem o puro consumismo e materialismo.

Dizer ou propor valores inerentes à natureza criada por Deus é coerente com o ser autenticamente humano e cristão. Trair essa missão leva as pessoas e até grupos de interesse a falsear a verdade de valores fundamentais inerentes à natureza dos seres, enganando os menos cautos e propondo palavras e ações que não vão cumprir.    

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