É
certo que Oscar Niemeyer é, reconhecidamente, em todo o mundo, um grande
arquiteto. Um grande desenhista, projetista. Seus traços são inconfundíveis. É
reconhecido no Brasil, principalmente pela construção de Brasília, a capital do
Brasil. Sempre fui um ardoroso admirador da genialidade de Niemeyer, porém
nunca concordei com suas contradições. Uma delas é ter sempre escondido o
fenomenal talento de Lucio Costa, o verdadeiro mentor e executor intelectual de
Brasília, que jamais teve um lugar ao sol na histórica construção de Brasília.
Agora, quem sabe, Lucio Costa seja mostrado ao mundo e ao mesmo tempo
verdadeiramente reconhecido pelo seu talento.
Oscar Niemeyer, um ateu que, no seu fingir humildade,
pois que ao longo do tempo chegou a irritar, tornou-se mestre em projetar
igrejas. O comunista fervoroso trabalhou estreitamente com vários governos
capitalistas e até o homem que via no casamento uma ilusão burguesa, mas que
vivia desde 1928 com a mesma mulher, Annita Baldo. Isso mesmo, um homem de
contradições e paradoxos, talvez para criar discussões em cima de seu nome.
Pois é, ficou famoso, mas não largava sua foice e o
martelo do regime comunista soviético, aquele regime que sempre foi contra as
religiões, contra igrejas, e sempre a favor de agricultura coletivo (aquela em
que todos plantam para todos e ninguém é dono de nada), aliás, ninguém é dono
de nada mesmo, e ainda tem gente que apregoa nos meios de comunicação que
comunismo é uma palavra linda, belíssima.
Muito bem, não se tira a genialidade de Oscar Niemeyer,
que viveu 104 anos de intenso trabalho e produziu durante mais de 70 anos.
Algumas de suas obras mais marcantes foram desenhadas por encomendas
governamentais no Ocidente capitalista – só foi contratado para um projeto em
Moscou depois da queda do comunismo. Brasília foi apenas o exemplo mais
significativo – e também o mais irônico, já que apenas quatro anos depois de
inauguradas, as salas que Niemeyer havia projetado para abrigar o poder
presidencial passaram a ser ocupadas por governantes militares que se sentiram
muito à vontade na nova Capital.
Nas suas declarações pró-comunismo, Niemeyer era um
sonhador. Dizia que “na mesa de desenho, nós, arquitetos, nada podemos fazer
nesse sentido... a tarefa única é protestar contra a miséria e a opressão e
juntos lutarmos por um mundo melhor e mais justo – escreveu em A Arquitetura Moderna no Brasil.
O mestre da arquitetura Oscar Niemeyer, que ia completar
105 anos no dia 15, estava internado no Hospital Samaritano, no Rio, desde 2 de
novembro de 2012, para tratar de uma desidratação. Mais tarde, ele apresentou
hemorragia digestiva e houve piora em sua função renal. Na terça-feira, uma
infecção respiratória complicou ainda mais o seu estado clínico e veio a
falecer neste dia 5 de dezembro de 2012, por volta das 22h.
Isso mesmo, enquanto isso o tempo passa...!
É
certo que Oscar Niemeyer é, reconhecidamente, em todo o mundo, um grande
arquiteto. Um grande desenhista, projetista. Seus traços são inconfundíveis. É
reconhecido no Brasil, principalmente pela construção de Brasília, a capital do
Brasil. Sempre fui um ardoroso admirador da genialidade de Niemeyer, porém
nunca concordei com suas contradições. Uma delas é ter sempre escondido o
fenomenal talento de Lucio Costa, o verdadeiro mentor e executor intelectual de
Brasília, que jamais teve um lugar ao sol na histórica construção de Brasília.
Agora, quem sabe, Lucio Costa seja mostrado ao mundo e ao mesmo tempo
verdadeiramente reconhecido pelo seu talento.
Oscar Niemeyer, um ateu que, no seu fingir humildade,
pois que ao longo do tempo chegou a irritar, tornou-se mestre em projetar
igrejas. O comunista fervoroso trabalhou estreitamente com vários governos
capitalistas e até o homem que via no casamento uma ilusão burguesa, mas que
vivia desde 1928 com a mesma mulher, Annita Baldo. Isso mesmo, um homem de
contradições e paradoxos, talvez para criar discussões em cima de seu nome.
Pois é, ficou famoso, mas não largava sua foice e o
martelo do regime comunista soviético, aquele regime que sempre foi contra as
religiões, contra igrejas, e sempre a favor de agricultura coletivo (aquela em
que todos plantam para todos e ninguém é dono de nada), aliás, ninguém é dono
de nada mesmo, e ainda tem gente que apregoa nos meios de comunicação que
comunismo é uma palavra linda, belíssima.
Muito bem, não se tira a genialidade de Oscar Niemeyer,
que viveu 104 anos de intenso trabalho e produziu durante mais de 70 anos.
Algumas de suas obras mais marcantes foram desenhadas por encomendas
governamentais no Ocidente capitalista – só foi contratado para um projeto em
Moscou depois da queda do comunismo. Brasília foi apenas o exemplo mais
significativo – e também o mais irônico, já que apenas quatro anos depois de
inauguradas, as salas que Niemeyer havia projetado para abrigar o poder
presidencial passaram a ser ocupadas por governantes militares que se sentiram
muito à vontade na nova Capital.
Nas suas declarações pró-comunismo, Niemeyer era um
sonhador. Dizia que “na mesa de desenho, nós, arquitetos, nada podemos fazer
nesse sentido... a tarefa única é protestar contra a miséria e a opressão e
juntos lutarmos por um mundo melhor e mais justo – escreveu em A Arquitetura Moderna no Brasil.
O mestre da arquitetura Oscar Niemeyer, que ia completar
105 anos no dia 15, estava internado no Hospital Samaritano, no Rio, desde 2 de
novembro de 2012, para tratar de uma desidratação. Mais tarde, ele apresentou
hemorragia digestiva e houve piora em sua função renal. Na terça-feira, uma
infecção respiratória complicou ainda mais o seu estado clínico e veio a
falecer neste dia 5 de dezembro de 2012, por volta das 22h.
Isso mesmo, enquanto isso o tempo passa...!