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19 de jun. de 2013

MORRO DA SANTINHA - 1


              Serena e calmamente uma grande obra está sendo construída e que muito marcará o centenário de Orleans. Em 1950 foi construído o Capitel de Nossa Senhora das Graças no Morro da Santinha, como ficou conhecido. Tal evento foi para marcar o Ano Jubilar e a Proclamação do Dogma da Assunção de Nossa Senhora. À época, o Pe. Germano Peters, Pároco de Orleans, e o povo católico desta terra, quiseram prestar uma homenagem especial à Nossa Senhora erguendo um monumento sobre um morro próximo ao centro da cidade. E foi escolhido o Morro da Santinha. No ano de 1957 o monumento foi reformado e no dia 15 de agosto daquele ano houve uma procissão e foi celebrada uma santa missa. A partir desta data, quase todos os anos, era realizada uma procissão desde a Matriz até o alto do Morro. Em 1983 a prefeitura construiu uma rua, melhorando assim a subida até o monumento. O local foi se tornando cada vez mais um ambiente de devoção e de afluência de devotos de Nossa Senhora. A partir de 1984, abrindo a comemoração do Centenário de Colonização de Orleans, com a Festa da Paróquia, celebrada no dia 15 de agosto, tornou-se um acontecimento anual e de grande participação popular. No ano de 1998 foram realizados vários melhoramentos, tais como: rebaixamento do terreno, alargamento das ruas e do pátio, arborização, ajardinamento e reflorestamento. Houve a cooperação da Prefeitura, do SAMAE, da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e da EPAGRI. Em 28 de setembro de 1998, a Câmara de Vereadores aprovou o nome da Rua Nossa Senhora das Graças, acesso da Venceslau Spancerski até o Salão de Festas, salão esse que recebeu o nome de Bazar Nossa Senhora das Graças; e Rua Francisco Badziaki para a rua do Salão de Festas até a estrada geral Rio Novo.  No ano 2000, Ano Santo Jubilar, o Morro da Santinha recebeu 29 peças de arte, retratando as estações da Via Sacra e os Mistérios do Rosário. As esculturas foram do artista Paulo Afonso Pereira. Houve a construção das escadarias e o calçamento da rua de acesso.

Agora, para marcar o Centenário do município de Orleans, está sendo construída uma grande estrutura à Nossa Senhora das Graças, que terá uma base de quatro metros e um monumento à Nossa Senhora de seis metros de altura. Ao redor do monumento haverá um belvedere, ou um mirante, local para visualizar toda a cidade e seus acessos principais. Será um marco importante para a história de Orleans bem como para o fortalecimento da fé e da participação de Igreja. Pe. Elias Della Giustina, juntamente com a CAEP estão engajados neste empreendimento e os trabalhos de arte estão sendo realizados novamente pelo artista Paulo Afonso Pereira, de Pindotiba. A antiga imagem de Nossa Senhora das Graças, que há mais de sessenta anos sempre foi visitada pelos devotos, está sendo restaurada e será preservada junto ao novo monumento.

 

LUCIANA


Luciana


O sol no sul iluminou a vida;
O rosto sorridente quis nascer  
Para saber da existência,
Da própria história,
E surgiu!
 
O choro/criança se ouviu primeiro;
A lágrima/mãe quis brotar
Para aquecer o rosto
Da própria filha,
E aqueceu!
 
O abraço emotivo se encontrou;

Lentamente em olhares,
No silêncio das horas,
Se fez!
 
No colo, à casa,
Ao batistério,
À família, à escola, à vida,
Ao mundo, ao sol,
Do sul ao planalto central,
Se completou,
Jovem, adulta,
eliz!
 
Por amor, exultação,
Próprio de quem ama,
Vai às luzes do altar,
Numa fusão de almas
Gerar mais felicidades...!
Luciana!
 

                                                 Do Tio e Padrinho Luiz
                                                   Junho/2013

OS TÚMULOS DA HISTÓRIA


Está acontecendo um trabalho digno de elogios. Aliás, poderia dizer que estão acontecendo dois trabalhos maravilhosos. Vamos a este primeiro, porque o segundo farei na próxima edição do IMPRENSA. De repente uma idéia, uma feliz idéia. Alguém que, percebendo a existência dos antigos túmulos do cemitério de Rio Pinheiros Alto, lembrou-se de fazer uma convocação para sua restauração, antes que fossem demolidos. Deu certo. Houve a aceitação de todos e, finalmente, a idéia prosperou e hoje já está sendo realizado o trabalho de restauração que contou com a ajuda das famílias e da comunidade. Mas para tanto, foi bom lembrar que em algum tempo e em algum lugar, ficou determinado que aqueles túmulos não poderiam mais serem demolidos. Ainda bem. E foi por isso que agora estão sendo revitalizados e depois de prontos serão os marcos de um tempo que ficarão para a posteridade. Basta chegar em Rio Pinheiros Alto e visitar o Cemitério. Primeiramente terá a boa acolhida da comunidade, e em seguida poderá ter a boa surpresa de conhecer esculturas em granito em homenagem ao Pe. Vitório Pozzo, ao Imigrante e em seguida visitar o próprio túmulo do Pe. Pozzo, para em seguida e bem no alto, conhecer de perto os túmulos tão bem concebidos pelos nossos antigos pedreiros e sua técnica. Minúcias, relevos, entalhes, cruzes, e uma variedade de exímios detalhes que deverão, agora, permanecerem para lembrança de uma cultura preservada, além, claro, do respeito aos nossos entes queridos que agora descansam na paz de Cristo.

Uma excelente iniciativa que merece o apoio incondicional de todos e que serve de exemplo. A memória não deve ser apagada. A história deve ser preservada. O que hoje está sendo construído como sendo moderno, daqui a cinqüenta ou cem anos também vai ser motivo de muita admiração e respeito, porque vai também ser motivo de preservação de uma história antiga e de um momento cultural e religioso.

A história se renova, mas a marca da história fica registrada no detalhe. Hoje está visível no vidro fumê, no plástico, no alumínio, etc., mas a um centenário atrás era somente a argamassa e a criatividade. Por isso é necessário guardar com carinho estas recordações.

Aqui não cabe agradecimento, porque somos todos gratos por uma iniciativa onde todos partilham de uma só gratidão.

   

CORPUS CHRISTI


             Todo ano, milhares de fiéis católicos percorrem em procissão
as ruas de várias cidades do país para celebrar o Corpus Christi. Tapetes feitos de flores, sementes, serragem colorida e outros materiais, são a imagem dessa festa, que celebra a presença de Cristo no sacramento da Eucaristia.

            A idéia de festejar o Corpus Christi nasceu com a freira Juliana de Mont Cornillon (1193-1258), nascida em Retines, próximo a Liège (Bélgica). Para a freira, o sacramento da eucaristia – o momento da transformação do pão e do vinho no corpo e sangue de Cristo – era muito importante e precisava ser celebrado. Ela teria tido visões mostrando a ausência no calendário da Igreja de uma festa que comemorasse a instituição da eucaristia. Freira Juliana relatou sua visão a vários membros da Igreja. O Corpus Christi entrou oficialmente para o calendário de festas católicas em 8 de setembro de 1264 quando o papa Urbano IV publica a bula Transiturus, ordenando a celebração anual da festa na quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. Entretanto, sua morte, logo após a publicação do decreto, impediu que a decisão entrasse em vigor. O assunto voltou à tona em 1311, quando o papa Clemente V, no conselho-geral de Viena, confirmou a adoção da data.

            No Brasil, o primeiro cortejo de Corpus Christi aconteceu em 1549, logo após a fundação de Salvador, e foi organizado pelo governador-geral do Brasil, Tomé de Souza, e pelo padre Manoel da Nóbrega.

            Em geral, os tapetes têm temas religiosos, mas alguns também são um alerta para os problemas do país como violência, desemprego, corrupção etc.

            Hoje, as procissões são mais comuns em cidades do interior do país e atraem não só fiéis como também vários turistas interessados em ver os tapetes.         Em Orleans sempre teve um forte significado, e pelas ruas por onde passa as famílias se reúnem alguns dias antes para o tingimento dos materiais. Finalmente, escolhe-se o tema, quase sempre relacionado com a Campanha da Fraternidade do ano.

            É um bom momento para a reflexão do grande significado da Eucaristia. Mas o destaque especial é a interação que existe entre as famílias, as pessoas, ao longo do trajeto, bem como aos que visitam os “artistas” enquanto são confeccionados os motivos nos tapetes. Os temas são fotografados, são motivos de análises por parte dos visitantes, e, finalmente, são parte da nossa história e a boa história se repetir e os costumes também. Este ano não será diferente. Em alguns trechos são doados mantimentos e agasalhos para serem ofertados à famílias carentes. Um gesto que certamente será bem acolhido não só pelos que necessitam, mas também pelo próprio Cristo.

 

 

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