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20 de dez. de 2013

ACOL – Acadêmico Secreto

            Com a calma de uma calma noite fomos chegando ao acolhedor local para festejarmos mais um ano acadêmico. Uma afável recepção, céu banhado pela luz prateada, de uma luz insistentemente poética que reluzia no lânguido espelho d’água, cujas margens ricamente emolduradas com espécies nativas, disputavam coaxares de pequenos carrascos que combinavam com o momento apoteótico.

Temas natalinos e uma távola redonda foi o prazeroso endereço para uma conversa hibrida com temas mais variados possíveis, sem antes, mensagens em pequenos papéis já previamente preparados para que cada acadêmico fizesse a leitura e num breve instante meditasse sobre cada reflexão lida. Depois um texto maior proposta ao Papai Noel, reivindicando o verdadeiro posto de símbolo maior para o Menino Jesus, evidentemente num palavreado intensamente rico em adjetivos amenos para o encantado compasso do evento.

E os imortais foram chegando e, finalmente, sob as bênçãos do confrade maior na palavra ordenada realizou o místico momento de agradecimento e o enlevo na oração maior, ato sublime, com posterior canto da primeira estrofe de “Noite Feliz”, enquanto que sentávamos para os compassos seguintes da serata acadêmica.

As luzes diversas e coloridas banhavam o ambiente e o aroma agradabilíssimo do jantar precipitava ainda mais os assuntos diversos das conversas animadas e tipicamente platônicas, lembrando o próprio Platão, que em 387 a.C. construíra sua famosa escola e que denominara “Akademía”. Não, não seria ir tão longe assim, mas o próprio anfitrião, pensativo por alguns instantes, tomando a palavra declarou a todos que Orleans já vivera momentos semelhantes no passado, e que para ele trazia lembranças muito agradáveis.


Depois do jantar, entre trocadilhos de brincadeiras e palavras ao redor da távola, dá-se início ao tradicional “amigo secreto”, o que poderia ser substituído pelo “confrade secreto” ou “acadêmico secreto”. Muito embora a sistemática seja a mesma, mas foi de todo engraçado e cheio de declarações amistosas. Alguns passos seguintes e seguiu-se à sobremesa, e, por fim os agradecimentos da acadêmica Elzira Berger Zomer, apoiada pelo esposo Francisco Zomer, que externou também sua satisfação em receber a Academia Orleanense de Letras em sua residência para os eflúvios agradáveis de mais um feliz final de ano, este o de 2013. 

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