A preocupação maior não deveria ser apenas combater a doença, mas também preservar a saúde.
Estamos próximos do lançamento da Campanha da Fraternidade de 2012. Este ano o assunto é saúde pública, justamente num país em que a saúde é tratada com descaso. E não faltam pessoas que enaltecem os sistemas públicos. Ledo engano! Mais parece uma espécie de propaganda enganosa.
É discussão bastante antiga o contraste entre ciência e religião. Mas neste importantíssimo ponto elas convergem: a questão da saúde.
A doença é praga que atinge grande parte da população, principalmente a mais pobre. A doença não é e nunca foi castigo de Deus, como alguns incautos pensam. A doença não faz parte do plano divino, mas decorre da fragilidade, do descaso e do descuido humanos.
A religião não ignora as muitas ações desenvolvidas em favor da saúde.
A natureza sadia e bem cuidada torna a vida do ser humano também mais saudável. Há relação muito estreita entre saúde da pessoa e saúde do planeta.
O compromisso básico é preservar, promover e restaurar a saúde. Portanto, tornou-se tarefa leiga, implementada, organizada e conduzida pelo Estado, já que arrecada os recursos necessários.
É obrigação do poder público preocupar-se em fornecer condições de saúde para o povo, mas também a sociedade e cada um devem dar sua colaboração.
Se cuidarmos da saúde com maior determinação, a doença diminuirá a sua agressividade. O ser humano não é simplesmente um “amontoado” de órgão e tecidos. A doença e morte serão sempre nossas companheiras inseparáveis.
Aproveitemos as lições que a Campanha da Fraternidade nos traz neste ano, chamando a atenção para a saúde pública. Esta campanha nos apontará elementos preciosos, que poderão ser aplicados em favor de melhor saúde para a população.
A religião salienta que devemos continuar fazendo tudo para nos manter saudáveis. Ao mesmo tempo precisamos proporcionar àqueles que já estão doentes nossa solidariedade terapêutica, psicológica e espiritual.
O melhor remédio é a prevenção. Seria contraditório estragar nossa saúde com abuso de comidas e bebidas não saudáveis e, depois, pedir a Deus saúde.
Vamos aguardar para tirar conclusões, embora já saibamos que o poder público pouco fará depois dos ensinamentos que a Campanha da Fraternidade/2012 trará para todos nós.
A preocupação maior não deveria ser apenas combater a doença, mas também preservar a saúde.