Eu, habitante e filho de Orleans; eu, cidadão, sou feliz e me aborreço, fico triste, mas canto e declamo, amo e revivo esta doce terra que me inebria de sentimento, principalmente, quando a transformo numa bolinha de gude ou quando a vejo como uma galáxia. Só aqui tem o Paredão do Zé Diabo, o Morro da Santinha, O Museu ao Ar Livre, a Matriz, o Morro da Igreja, a Janela Furada e seus tesouros, e outras tantas maravilhas.
Não há quem não chore por Orleans se realmente ouvir e meditar as belíssimas histórias que o badalar dos sinos das seis e das dezoito nos remete às lembranças; não há como não sorrir das lembranças dos velhos e contagiantes carnavais; das saudosas serenatas e das manhãs nebulosas dos rigorosos invernos de nossas existências.
E o tempo passou. Um centenário de história que começou no longínquo agosto de 1913, o que parece ser tão próximo, mas que no som da saudade já vai se exaurindo no corre-corre da cidade que se moderniza pelo excesso de dinamismo e circulação. Mas, cuidado Orleans, tuas veias já estão quase obstruídas. Dê espaço ao teu grande espaço. Não te afogues na espúria realidade do ter e te espraies na grandeza do ser.
Abrir-se ao futuro e dar-se as mãos, é este o convite que nos impulsiona e que nos faz acreditar que Deus, quotidianamente, nos abençoa e nos faz crer na certeza de mais e mais centenários.
Sejamos felizes!
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