Li a pela primeira
vez e nunca mais esqueci. Tinha eu aproximadamente nove a dez anos. O autor é o
nosso Castro Alves. Ele fala do livro, e lá pelas tantas diz: 1) “Por
isso na impaciência/ desta sede de saber,/ Como as aves do deserto/ As almas
buscam saber.../ Oh! Bendito o que semeia/ Livros... Livros a mão cheia.../ E
manda o povo pensar! O livro caindo n’alma/ É gérmen – que faz a palma/ é chuva
– que faz o mar”.
Estamos
prestes a viver mais uma Semana Cultural de Orleans. Claro que uma Semana
Cultural envolve todos os movimentos culturais e o livro está inserido nessa efervescência
toda. Orleans tem essa marca. Lançamento de livros, muitos livros, bons
livros. Agora, mais alguns pensamentos
sobre o livro, escolhido para os leitores: 2) “O livro é um mudo que fala, um
surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive” – Padre Antônio
Vieira; 2) “O livro é sempre um degrau: sobe-se se é bom; desce-se se é mau. Por
ele o espírito ascende à claridade, ou abisma-se na terra” – Coelho Neto;
3) “O
livro instrui e educa, orienta e forma o caráter. É um mestre silencioso, suave
e eloquente” – Lamartine; 4) “Um bom livro é uma vitória ganha em todos
os campos de batalha do pensamento humano” - Balzac
Muito bem. Agora um pouco de
noticiário relativo ao livro que considerei oportuno e interessante. A Comissão de Educação da Câmara
Federal analisa projeto de lei de autoria do deputado Antônio Goulart
de São Paulo, que propõe a inclusão de um livro entre os itens obrigatórios da
cesta básica distribuída em todo o território nacional. O livro deve ser novo,
de autores brasileiros e distribuídos mensalmente junto com a cesta.
“Esse
projeto teve uma repercussão muito grande no estado de São Paulo, onde eu já
havia apresentado uma proposta semelhante. As empresas também poderão oferecer
vale-livro, facilitando o consumo das obras nacionais. O que é bom para as
editoras e melhor ainda para a população, porque cultura é vida”, afirmou o
parlamentar.
Goulart
ressaltou também que, em 2003, com a criação da Política Nacional do Livro (Lei
10.753/03), o país instituiu um marco legal para leitura e que a iniciativa
quer contribuir no fomento da cultura. “Existem muitos livros populares e bons.
As pessoas podem levar para casa ou ler durante o trajeto para o trabalho. Isso
aumenta o acesso.”
O
projeto tramita em caráter conclusivo e aguarda parecer do relator. Pois bem,...
”nem só de pão vive o homem”.