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12 de dez. de 2012

OSCAR NIEMEYER

           É certo que Oscar Niemeyer é, reconhecidamente, em todo o mundo, um grande arquiteto. Um grande desenhista, projetista. Seus traços são inconfundíveis. É reconhecido no Brasil, principalmente pela construção de Brasília, a capital do Brasil. Sempre fui um ardoroso admirador da genialidade de Niemeyer, porém nunca concordei com suas contradições. Uma delas é ter sempre escondido o fenomenal talento de Lucio Costa, o verdadeiro mentor e executor intelectual de Brasília, que jamais teve um lugar ao sol na histórica construção de Brasília. Agora, quem sabe, Lucio Costa seja mostrado ao mundo e ao mesmo tempo verdadeiramente reconhecido pelo seu talento.
            Oscar Niemeyer, um ateu que, no seu fingir humildade, pois que ao longo do tempo chegou a irritar, tornou-se mestre em projetar igrejas. O comunista fervoroso trabalhou estreitamente com vários governos capitalistas e até o homem que via no casamento uma ilusão burguesa, mas que vivia desde 1928 com a mesma mulher, Annita Baldo. Isso mesmo, um homem de contradições e paradoxos, talvez para criar discussões em cima de seu nome.
            Pois é, ficou famoso, mas não largava sua foice e o martelo do regime comunista soviético, aquele regime que sempre foi contra as religiões, contra igrejas, e sempre a favor de agricultura coletivo (aquela em que todos plantam para todos e ninguém é dono de nada), aliás, ninguém é dono de nada mesmo, e ainda tem gente que apregoa nos meios de comunicação que comunismo é uma palavra linda, belíssima.
            Muito bem, não se tira a genialidade de Oscar Niemeyer, que viveu 104 anos de intenso trabalho e produziu durante mais de 70 anos. Algumas de suas obras mais marcantes foram desenhadas por encomendas governamentais no Ocidente capitalista – só foi contratado para um projeto em Moscou depois da queda do comunismo. Brasília foi apenas o exemplo mais significativo – e também o mais irônico, já que apenas quatro anos depois de inauguradas, as salas que Niemeyer havia projetado para abrigar o poder presidencial passaram a ser ocupadas por governantes militares que se sentiram muito à vontade na nova Capital.   
            Nas suas declarações pró-comunismo, Niemeyer era um sonhador. Dizia que “na mesa de desenho, nós, arquitetos, nada podemos fazer nesse sentido... a tarefa única é protestar contra a miséria e a opressão e juntos lutarmos por um mundo melhor e mais justo – escreveu em A Arquitetura Moderna no Brasil.
            O mestre da arquitetura Oscar Niemeyer, que ia completar 105 anos no dia 15, estava internado no Hospital Samaritano, no Rio, desde 2 de novembro de 2012, para tratar de uma desidratação. Mais tarde, ele apresentou hemorragia digestiva e houve piora em sua função renal. Na terça-feira, uma infecção respiratória complicou ainda mais o seu estado clínico e veio a falecer neste dia 5 de dezembro de 2012, por volta das 22h.
            Isso mesmo, enquanto isso o tempo passa...!


 

É certo que Oscar Niemeyer é, reconhecidamente, em todo o mundo, um grande arquiteto. Um grande desenhista, projetista. Seus traços são inconfundíveis. É reconhecido no Brasil, principalmente pela construção de Brasília, a capital do Brasil. Sempre fui um ardoroso admirador da genialidade de Niemeyer, porém nunca concordei com suas contradições. Uma delas é ter sempre escondido o fenomenal talento de Lucio Costa, o verdadeiro mentor e executor intelectual de Brasília, que jamais teve um lugar ao sol na histórica construção de Brasília. Agora, quem sabe, Lucio Costa seja mostrado ao mundo e ao mesmo tempo verdadeiramente reconhecido pelo seu talento.

            Oscar Niemeyer, um ateu que, no seu fingir humildade, pois que ao longo do tempo chegou a irritar, tornou-se mestre em projetar igrejas. O comunista fervoroso trabalhou estreitamente com vários governos capitalistas e até o homem que via no casamento uma ilusão burguesa, mas que vivia desde 1928 com a mesma mulher, Annita Baldo. Isso mesmo, um homem de contradições e paradoxos, talvez para criar discussões em cima de seu nome.

            Pois é, ficou famoso, mas não largava sua foice e o martelo do regime comunista soviético, aquele regime que sempre foi contra as religiões, contra igrejas, e sempre a favor de agricultura coletivo (aquela em que todos plantam para todos e ninguém é dono de nada), aliás, ninguém é dono de nada mesmo, e ainda tem gente que apregoa nos meios de comunicação que comunismo é uma palavra linda, belíssima.

            Muito bem, não se tira a genialidade de Oscar Niemeyer, que viveu 104 anos de intenso trabalho e produziu durante mais de 70 anos. Algumas de suas obras mais marcantes foram desenhadas por encomendas governamentais no Ocidente capitalista – só foi contratado para um projeto em Moscou depois da queda do comunismo. Brasília foi apenas o exemplo mais significativo – e também o mais irônico, já que apenas quatro anos depois de inauguradas, as salas que Niemeyer havia projetado para abrigar o poder presidencial passaram a ser ocupadas por governantes militares que se sentiram muito à vontade na nova Capital.   

            Nas suas declarações pró-comunismo, Niemeyer era um sonhador. Dizia que “na mesa de desenho, nós, arquitetos, nada podemos fazer nesse sentido... a tarefa única é protestar contra a miséria e a opressão e juntos lutarmos por um mundo melhor e mais justo – escreveu em A Arquitetura Moderna no Brasil.

            O mestre da arquitetura Oscar Niemeyer, que ia completar 105 anos no dia 15, estava internado no Hospital Samaritano, no Rio, desde 2 de novembro de 2012, para tratar de uma desidratação. Mais tarde, ele apresentou hemorragia digestiva e houve piora em sua função renal. Na terça-feira, uma infecção respiratória complicou ainda mais o seu estado clínico e veio a falecer neste dia 5 de dezembro de 2012, por volta das 22h.

            Isso mesmo, enquanto isso o tempo passa...!

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