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29 de dez. de 2011

BATI À PORTA

          Pelos idos de 1980, bati à porta e a porta se abriu. A porta que se abriu me deu a oportunidade de me integrar numa comunidade que até hoje tenho predileção. Rio Pinheiros Alto foi a porta que se abriu. Claro que todas as comunidades de Orleans nunca me negaram qualquer acolhimento, mas pela aproximação com a família Debiasi, pude conhecer muitas outras famílias e pessoas que passaram a fazer parte da minha vida. Agradeço e torno pública a honra de me aceitarem, fazerem-me amigo e assim desfrutar da confiança.

Foi com bastante calma e perseverança. O respeito pelos mais velhos, inicialmente, me conduziu às amizades com os mais novos, e assim a vida foi passando.  Bati à porta e ela se abriu, e pude conhecer a todos. Os belos costumes, as anedotas, as responsabilidades, as histórias, as preferências políticas, os compromissos religiosos, o ritual social, enfim, dou graças a Deus por dizer que me tornei um Riopinheirense.

Mas aos poucos os meus amigos de mais idade foram partindo. Os mais próximos, parentes, e também os amigos de outras famílias. A cada um ou a cada uma que partia, era como se fosse um ente de minha própria família. A dor, a saudade que sentiam eram as mesmas que sentia. Não somente dos mais idosos, mas também de crianças adolescentes e jovens que por um motivo ou outro também rumaram para o eterno.

Agora, como que findando um ciclo, também parte Lourenço, a quem tive a honra e a graça de tê-lo conhecido e com ele trocado muitas idéias. Um ser de reconhecida bondade e que soube, com inata sabedoria, conduzir sua vida até os últimos momentos com dedicado carinho para com todos. Fico com sua imagem, deitado, sereno, sendo muito bem cuidado por seus familiares. Visitei-o uma semana antes na casa da Nita, e agora parte. Na semana antes, quando da saída, lhe dirigi um tchau e ele, com muito esforço, respondeu: “tchau”! Quase esperei para ele dizer: “É bonora ancora”!

Muito bem. A vida ensina todo dia de como devemos caminhar por este mundo, e as pessoas que fazem o bem certamente são muito bem acolhidas por Deus.

Façamos deste Natal e Ano Novo, uma espécie de porta aberta para dias melhores. Lourenço, e tantos outros, deram este exemplo. Rio Pinheiros me deu este exemplo!

Bati à porta e fui acolhido, por isso sou eternamente grato!

Boas Festas, com muita saúde e paz. 

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