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25 de fev. de 2015

QUARESMA



Em 1958, quando a construção da torre da matriz estava sendo construída, recebia a primeira eucaristia pelas mãos do Pe. Santos Sprícigo. Lembro das instruções catequéticas do próprio Padre, das irmãs, e outras catequistas. Lembro que após aquela inesquecível missa da primeira comunhão, recebemos um agradável café com pão, bolo e bolachinhas, sob o teto da casinha meia água, onde os construtores montavam as ferragens para a construção da torre. Foi muito agradável. Foi uma festa e tanto. 
Familiares presentes. Não havia telefone celular, nem tampouco máquinas fotográficas como temos hoje. A única fotografia foi feita pelo Seu Benício Debiasi. Ainda temos a foto. Aliás, todos eram fotografados no mesmo lugar e a pose também era a mesma. Rosário entre as mãos postas, olhar para o fotógrafo, pés unidos, sério, e pronto. 
Estamos falando de 1958, portanto há 57 anos, e creio que, pelos menos dentro desse tempo, cinqüenta anos desses estamos prestando serviços à Igreja que pertencemos. De uma forma ou de outra estamos sempre prestando algum tipo de colaboração. Se bem prestado ou mais ou menos, mas estamos sempre à disposição. 
Houve períodos, pelo menos nas três décadas do Pe. Santos, em que participávamos mais com serviços de apoio, com cartazes, frases, relações, relatos, textos para publicidade, avisos, etc., enfim na “usina de força” como costumávamos chamar. Além da participação ativa na Rádio Luz e Vida. Depois veio o período do Pe. Lino, que foram quase duas décadas. Um período em que já iniciamos um novo método, onde o trabalho já se diversificou e o uso da informática foi mais forte, mas continuaram as participações em praticamente todos os âmbitos da nossa Igreja. 
Surgiu a oportunidade concedida e aceita para participarmos como Ministro Extraordinário da Comunhão. Uma benção que trago até hoje como um verdadeiro premio pela dedicação, pela fé, pelas obras. 
Depois a paróquia recebeu o Pe. Elias e Pe. Marcio, e os trabalhos continuaram da mesma forma, no mesmo ritmo e sempre da forma com que fizemos a Igreja como a Igreja sempre foi na sua bela história. Pe. Marcio foi transferido e recebemos Pe. Rodrigo que como Vigário Paroquial deu prosseguimento ao bom trabalho que a paróquia desenvolve nas suas trinta comunidades e mais doze locais de atendimento. Pe. Elias é transferido para a Paróquia São João Batista de Grão Pará e Pe. Rodrigo é alçado à condição de Pároco da Paróquia Santa Otília e Pe. Sergio Gomes é recebido como Vigário Paroquial em nossa Paróquia. Então, é assim que a história é construída. 
Em poucas linhas, são mais ou menos cinqüenta anos de serviços dedicados à nossa Igreja que, com a maior alegria, vimos realizando para a glória do Reino de nosso mestre maior, Jesus!  
Quaresma é tempo de rever um pouco de nossas próprias histórias. 
Cada qual no seu tempo e nas suas obras. 

MAIS OU MENOS


“A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos. Pode até dormir numa cama mais ou menos, ter um transporte mais ou menos; segurança mais ou menos; educação mais ou menos; alimentação mais ou menos.
O que não pode, de jeito nenhum, é ser mais ou menos honesto; ter uma fé mais ou menos; ser amigo mais ou menos; ter um amor mais ou menos; ser de um caráter mais ou menos... Senão, a gente corre o risco de ser uma pessoa MAIS OU MENOS”!
E é mais ou menos assim que está acontecendo nos momentos atuais, no mundo atual. Está sendo riscadas do dicionário algumas palavras chave como, por exemplo: respeito. A falta de respeito é algo nunca visto. Em todos os ambientes acontece com uma freqüência assustadora. Na fila de espera do posto médico, na lotérica, no banco, em qualquer lugar. Pessoas idosas, mulheres grávidas, enfim, o desrespeito impera e prospera em todas as camadas sociais. Uma tragédia.
Outra palavra que está sendo riscada do dicionário é gratidão. Ninguém ou quase ninguém mais tem o belo gesto de agradecer, ou reconhecer por algo que tenha recebido em favor ou por ajuda. Seja no campo social ou mesmo no trabalho, na dia a dia. Agradecer no agora ou mesmo no tempo, na velhice, na meia idade. Quantas oportunidades que temos para agradecer alguém por tantos benefícios recebidos. Mas essa gratidão está morrendo. Está sendo esquecida. Uma tragédia.
Mais uma palavra que está sendo riscada é a honra. Honra significa acima de tudo reputação, bom nome, bom conceito. Mas, infelizmente, isso não importa mais. A folha corrida pode estar completamente comprometida, não importa. Muitas vezes, e isso existe, há inocentes, mas os folhas-corridas que não têm mais lugar para um ponto nem mais uma vírgula, esqueceram completamente a honra, a dignidade.
Outra palavra importante é a humildade. A exposição do falso orgulho e do falso é como uma lata vazia sendo puxada estrada a fora. Faz muito barulho, mas é vazia por dentro. A humildade é uma virtude que está sendo riscada do dicionário, o que representa um crescimento perigoso para o bom relacionamento humano. E muito mais palavras poderiam ser anunciadas aqui. Vamos parar. Por isso, as pessoas estão se transformando em MAIS OU MENOS, como se tudo fosse assim e pronto. Seja de qualquer jeito. Vamos levando a vida como quer o atual prefeito de São Paulo, segundo a revista VEJA. Não importa o costume social correto, o importante é deixar acontecer de qualquer maneira e as pessoas estarem sorrindo, mesmo na base do: “salve-se quem puder”.  


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