Páginas

Quem sou eu

Minha foto
Contador, Escritor, Comentarista.

4 de out. de 2012

TOLERÂNCIA


Nem sempre é simples distinguir quem está do nosso lado. Também não é tão fácil distinguir quem é nosso adversário. Facilmente somos vítimas de engano. É comum encontrarmos decepção nas pessoas que se dizem nossos amigos e às vezes encontramos confiança e ajuda nas pessoas que presumivelmente não confiamos.

Como descobrir quem está a nosso favor e quem está contra? Quem faz o bem a alguém está ao lado desse alguém.

Muitas vezes queremos ter o monopólio do bem e da verdade, e nos enganamos redondamente. Não nos alegramos quando vemos outros realizarem gestos de amor desinteressado. Não admitimos sequer pensar que seguidores de outras religiões podem ser melhores do que nós, “católicos apostólicos”. Não é boa decisão sermos sectaristas, mesquinhos e individualistas, julgando-nos melhores do que os demais. Basta assumir a prática libertadora.

O Espírito de Deus age livremente. Ele pode suscitar “pães de pedras”. É só tirarmos a viseira dos olhos e logo perceberemos Deus agindo em diferentes grupos, religiosos e não religiosos. Ele não precisa de nossa autorização para agir no meio da humanidade. O Espírito de Deus não é propriedade de nenhuma Igreja, de nenhuma instituição, de nenhum grupo religioso. É de todos. Principalmente e necessariamente se voltarmos nossas ações para o bem, para os abandonados, esquecidos e excluídos.

O Espírito de Deus age lá onde se realiza algum gesto de amor; lá onde alguém defende a vida humana, animal e vegetal; lá onde alguém defende o direito à liberdade de escolha e se põe contra todo tipo de intolerância. Assim explica o Evangelho de Marcos, na missa de 30 de setembro/2012.

Eis a palavra: Intolerância. Exatamente aí está a palavra central desta reflexão e que foi motivo de uma homilia. Temos que cultivar e exercitar a tolerância, tanto na Igreja, na família, na política, na sociedade, no trabalho, em todos os lugares e situações. Ser tolerante é dar espaço para os diferentes, os que divergem, os que procuram razões para suas idéias e ações, caso contrário temos a imposição, a ditadura, o totalitarismo. E assim não é possível a convivência fraterna.

Enquanto isso, o tempo passa.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog

Seguidores