Páginas

Quem sou eu

Minha foto
Contador, Escritor, Comentarista.

11 de dez. de 2014

PORTABILIDADE


- Boa tarde! Tenho aqui meu celular que é de uma operadora, mas ultimamente está mais fora do ar do que outra coisa!
- Sim, podemos fazer a portabilidade!
- Portab...., isso! Portabilidade. Temos várias opções. Você pode escolher. Temos de vários preços, inclusive nós podemos....!
- Espere!
- Este meu telefone, aliás, este meu número, tenho há mais de dez anos. É um número muito conhecido. Por isso não quero mudar o número. Inclusive é um pós-pago. Não quero nem que me fales de pré-pago!
- Olha, já estou verificando o valor da mensalidade.
- Sim, você tem que garantir que vai ser um pós-pago, certo?
- Certíssimo senhor! Nós, desta operadora sempre trabalhamos para que o cliente fique tranquilo.
- Ah! Certamente que sim! Vamos verificar então!
- Olha aqui. Este é o melhor plano para você. São R$ 51,00 por mês, de tal para tal, mais um crédito de tanto, mais uma balinha no final do mês, mais um feliz aniversário, mais uma sacolinha de plástico de presente. Viu como é bom?
- Vi!
- Quanto tempo leva para funcionar na nova operadora?
- Três dias no máximo!
- Três dias! Tudo isso? Não tem como ser mais rápido?
- Não, mas você já pode ir usando assim mesmo...????
- Bem, então vou aguardar. Até logo!
- Tchau! Tchau!
Passaram-se os três dias e a tal portabilidade não apareceu no telefone.
- Boa tarde! Veja, a portabilidade não apareceu, será que houve algum problema?
- Olha, nosso sistema às vezes dá problema, mas você espera mais um pouco. Vai ser resolvido.
- Obrigado!
Passaram-se mais quatro dias e a portabilidade não apareceu.
- Alô! Uma vós catacúmbica anuncia: você está sem crédito...! Crédito? Mas meu telefone não é um pré-pago, é um pós-pago!
Voltei à Loja.
- Acho que o melhor seria fazer um novo plano! Quem sabe um novo número porque este aí pode estar com problema!
- Problema? Nunca esteve com problema. Mais de dez anos funcionando normalmente. Só apareceu o problema quando resolvi fazer essa tal portabilidade aqui com vocês.
- Então acho melhor você ir num escritório da operadora para tentar resolver...
- Só em Criciúma ou Florianópolis...!
- É?...
Olhei ao redor, olhei para as paredes, olhei para o celular, lembrei do Brasil há uns 12 anos atrás e não pude segurar.
- VIVA O BRASIL!




12 de nov. de 2014

BUROCRACIA, DOENÇA VIRAL

Estamos cada vez mais dentro de casa. Estamos cada vez mais dentro da cozinha, dentro do quarto, do banheiro, dentro do roupeiro e quem sabe embaixo da casa e sabe-se lá aonde mais. O lugar seguro da família não existe mais e quanto mais seguro se pensa que se está mais inseguro se descobre. Portões altos, muros altos, condomínios fechadíssimos, cercas eletrificadas, ferrolhos, três fechaduras cada porta, alarmes, filmadoras, nada... nada mais disso resolve quando o estado abandona os seus cidadãos e passa a “respeitar” o delinquente, o bandido, o desocupado e ao mesmo tempo ainda é protegido do sistema social. Aos poucos - e não está tão aos poucos assim - já está bastante acelerado, e irá ficar veloz, quando as milícias organizadas invadirem as propriedades legalmente conquistadas pelo trabalho honesto, de anos e anos de muito trabalho e o estado simplesmente determinar que conselhos, ongs, etc., passarem a “resolver” esses impasses. O caos se alastrará pelo campo e pelas regiões urbanas. Hoje se assalta estabelecimentos à luz do dia, com a maior tranquilidade, sacando uma arma do bolso, levando o pouco dinheiro e pronto! Qual a solução para isso? Ficar quieto. Quieto porque o revanchismo é altamente e conhecidamente perigoso. Nunca se sabe o que poderá acontecer a um proprietário de um pequeno ou mesmo um grande estabelecimento comercial. É muito fácil saber. Basta raciocinar, por exemplo, se um elemento desses for preso pelo roubo de meros quinhentos reais e logo depois, dois, três meses, quando for solto, (porque a pena geralmente é curtíssima), esse mesmo indivíduo sai da prisão feito uma fera e o “acerto de contas” poderá ser uma tragédia vinte vezes maior. O governo federal perdeu plebiscito do desarmamento, porém criou uma burocracia infernal para revalidação da documentação dos que têm arma. Cremos que um percentual altíssimo deve ter entregado as armas em função da burocracia. Ou seja, a burocracia é a pior de todas as armas para o cidadão. Aliás, se você ainda não sabe a própria burocracia poderá levar você a torná-lo ilegal. No dia a dia, nas repartições, já percebeu como está ficando difícil sua vida? Tantas senhas, digitais, atualizações cadastrais, enfim, cuidado, daqui a pouco você poderá não mais existir, embora existindo e com muito boa saúde. A burocracia foi a maior arma utilizada nos países totalitários. Levou muita gente às prisões e muitos ao exílio. A cada dia a burocracia está nos complicando em nosso país. Uma pena! Poderíamos ter uma vida bem mais simplificada e com muito mais segurança. Até quando? 

8 de out. de 2014

ALI BABÁ

Estamos num período eleitoral e sempre é bom navegar na literatura para descontrair e relaxar um pouco enquanto as falácias vão e voltam neste turbilhão de promessas.
Era uma vez um jovem chamado Ali Babá. Ele viajava pelo reino da Pérsia levando e trazendo notícias para o rei.
Numa das viagens, enquanto descansava, ouviu vozes. Subiu numa árvore e viu quarenta ladrões barbudos diante de uma enorme pedra. Um deles adiantou-se e gritou: ''Abre-te Sésamo!''
A enorme pedra se moveu, mostrando a entrada de uma caverna, os ladrões entraram e a pedra fechou-se.
Quando os ladrões saíram, Ali Babá resolveu experimentar e gritou para a pedra: ''Abre-te Sésamo!''
A enorme pedra se abriu e Ali Babá entrou na caverna. Viu um imenso tesouro roubado do povo e do governo e carregou o que pôde no seu cavalo e partiu direto em direção ao palácio para pedir a filha do sultão, por quem estava apaixonado há muito tempo, em casamento. Quando o sultão viu o dote, aceitou imediatamente.
Ali Babá ficou muito feliz e resolveu contar para todos que ia se casar. Mas para isso precisava comprar um palácio para a sua princesa. Voltou à pedra e falou: ''Abre-te Sésamo!''
Um dos ladrões estava escondido e viu Ali Babá sair da caverna carregando o tesouro. O ladrão foi contar aos outros o que viu e decidiram pegá-lo. Com as jóias, Ali Babá comprou um palácio para sua amada e avisou a todos que daria uma festa no dia do seu casamento.
Os ladrões, todos sempre bem combinados, sabendo da festa, enfiaram-se em tonéis de vinho vazios para atacar Ali Babá à meia-noite, quando estivesse dormindo. A festa foi tão alegre que o vinho acabou. Ali Babá então, foi à adega verificar se havia mais e, sem querer, escutou um sussurro: ''Já deu meia-noite?'' perguntou um dos ladrões.
''Já, mas espere a festa acabar! “Aí vamos pegar aquele que está usando o nosso tesouro”.
Voltando à festa, Ali Babá disse: ''O vinho estragou e preciso de ajuda para levá-lo daqui. ''
Alguns guardas ajudaram a levar os tonéis até um despenhadeiro. ''Vamos jogá-los lá em baixo'', disse Ali Babá.
Ao perceber que seriam jogados, os quarenta ladrões entregaram-se aos guardas. Com os ladrões presos, Ali Babá ficou com o tesouro. E a princesa e ele viveram felizes para sempre com a fortuna encontrada.
Brasil encantado está o conto acabado!





17 de set. de 2014

PENSO, LOGO HESITO

Jaques Wagner, candidato petista ao Governo baiano em 2006, estava arriscado a não ir ao segundo turno: de acordo com as pesquisas, perdia por 48 a 31. Ganhou no primeiro turno. O presidente americano Harry Truman, em 1948, perdia longe nas pesquisas para seu adversário Thomas Dewey, governador de Nova York. Ganhou - e festejou a reeleição com uma foto clássica, mostrando a manchete do Chicago Daily Tribune, “Dewey derrota Truman”. Em 1985, Fernando Henrique estava tão vitorioso nas eleições de São Paulo que até posou para fotos sentado na cadeira de prefeito. Perdeu para Jânio Quadros, que tinha vencido eleições pela última vez havia 25 anos. Até as garrafas de vinho Chateau Petrus de sua adega sabiam que Paulo Maluf se elegeria prefeito de São Paulo em 1988, diziam as pesquisas, seguido pelo peemedebista João Leiva, ficando em terceiro, bem perto do segundo, a petista Luiza Erundina. Erundina ganhou.
E daí? Daí, nada. Pesquisas também registram longo histórico de acertos. Mas é bom lembrar que, se pesquisa nunca errasse, nem precisaria haver eleições.
A última pesquisa, do Ibope, mostrou leve crescimento de Dilma e leve queda de Marina, comparadas à pesquisa anterior, do Datafolha. Ou não, como diria Caetano: a pesquisa Ibope foi divulgada por último, no dia 12, mas com base em entrevistas obtidas entre os dias 5 e 8. A pesquisa Datafolha foi divulgada antes, com base em entrevistas obtidas nos dias 8 e 9. É, portanto, mais recente.
Se for para comparar pesquisas de institutos diferentes (o que não é correto), Dilma caiu um pouquinho, Marina subiu um pouquinho, mas mantendo trajetória de alta.
Recentemente tivemos informações que a Associação Comercial e Industrial de Ponta Grossa (PR) propõe o fim do direito de voto para os beneficiários do “Bolsa Família”. O documento não cita o programa, mas é explícito quando afirma “suspensão do direito ao voto para beneficiados de qualquer programa de transferência direta de renda em todas as esferas”.     
Entende-se, então, que os benefícios oficiais dos governos, acabam vinculando definitivamente o voto nestes mesmos governos, daí, quem sabe, alguns altos índices de popularidade política, o que, na opinião dos integrantes dessa Associação, seria descabido. Será?






2 de jul. de 2014

ERGUER A TAÇA

No momento que escrevo esta matéria, é quarta-feira e o Brasil vive os momentos preparativos para enfrentar a Colômbia na tentativa de ir para as Semifinais.
Ilusões à parte, ganhando ou perdendo, o país respira uma espécie de gesso empresarial e até mesmo cultural. Sim, porque se ouve, mesmo que não aos gritos, de que a economia ganhou uma desaceleração bastante acentuada. A televisão anestesia o povo com suas vinhetas coloridas, e com destaque maior para o “amanhã”, porque sempre tem uma partida a seguir.
Esperamos que a nossa seleção brasileira conquiste uma vitória contra a Colômbia e siga em frente. Bem, lá na frente estará nos esperando a Alemanha ou a França, e novamente as vinhetas virão. Virão também as crônicas bem boladas da Globo, que em alguns momentos mais parece estar a serviço do governo do que propriamente transmitindo o torneio da Copa do Mundo.
Mas, e depois de terminar a Copa, está sendo ventilado o aumento da energia elétrica bem como dos combustíveis. Vamos levantar a taça, mas vamos pagar bem mais caro a nossa sobrevivência? Alegria na cabeça e dor no bolso.  Aqui no nosso Estado, o governador com sua incansável fome por impostos continua buscando nos nossos pequenos e médios empresários, citando estas duas categorias, as mais sofridas, formulas mirabolantes com o fim de arrancar mais recursos através da “Concorrência Leal 2”. É uma choradeira generalizada. Principalmente nestes tempos de início de caça ao voto, está meio que parecendo uma aventura desordenada. Há insatisfação bastante forte no meio empresarial. Já que a economia está bastante arranhada e a carga tributária batendo no teto, os pequenos e médios empresários estão ficando desanimados e desencorajados.
Entretanto, os spots ou as vinhetas na telinha transmitem uma alegria que se procurada parece não existir. Uma pseudo-alegria inventada. A FIFA vem ao Brasil, arrecada bilhões, dá um tchauzinho e vai embora. Nós, brasileiros e brasileiras, ficamos aqui, felizes com a taça na mão, mas com o bolso ardendo em fogo, com as contas altas a pagar, o comércio paralisado, as dificuldades aumentando, e outros problemas resultantes das paralisações para ficar olhando a telinha.
Depois vem o segundo tempo. Vem as eleições, com os “grandiosos” discursos e promessas infindáveis. Tudo recheado de embustes já bastante conhecidos. E assim caminha a humanidade. Já é um prato bastante conhecido. Esperamos que não vá azedar tudo e transformar num destempero total.
Erguer a taça, ah, isso será uma grande felicidade! Não é verdade?



25 de jun. de 2014

FRACASSOS RETUMBANTES

Pensara em comentar o tal Decreto Bolivariano que foi assinado pela Presidenta, isso fica para depois, enquanto isso vamos refletir sobre os dois fracassos retumbantes que erguem suas fontes malignas no horizonte brasileiro, independentemente de tudo mais que pode sobrevir durante ou posterior à Copa do Mundo ou sobre as Olimpíadas de 2016. 
O primeiro seria aproveitar a brecha aberta com a permissão do governo para a venda de bebidas alcoólicas durante a Copa (outro malefício da FIFA) e manter a liberação depois do evento. Quer dizer: jogar-se-ia para escanteio o Estatuto do Torcedor
Por que a venda de bebidas alcoólicas é proibida em estádios em países civilizados? Porque está provado que a violência das torcidas cai consideravelmente quando bebidas alcoólicas são proibidas nos estádios.
Aqui mesmo no Brasil há as estatísticas apuradas no Mineirão. O número de ocorrências policiais caiu em 75% depois que bebidas alcoólicas foram proibidas.
Mas, aparece o Ministro do Esporte, Aldo Rabelo, e se declara a favor da venda de bebidas alcoólicas nos estádios, porque “eles (os estádios) são privados”.
A uma declaração assim tão cretina (desculpem, mas a palavra correta é esta), o Ministério Público respondeu, com toda a razão: Se os estádios são privados, por que há um policiamento feito lá dentro pelo Poder Público? Seria o caso de retirar o policiamento e deixar os criminosos à vontade para o extermínio mútuo. (Além do que, ao que se saiba, nem todos os estádios são privados.)
Outro fato que não parece ter comovido o Ministro foi o de que a presença de mulheres e crianças aumentou depois da proibição da venda de bebidas alcoólicas. 
Ele prefere desordeiros bêbados?! 
Que Ministro! Que Esporte!
Outro fracasso será o da morte anunciada da Baía da Guanabara, no momento em estado comatoso (em coma, morrendo).
Aparece agora a Ministra do Meio-Ambiente e diz que precisaremos de no mínimo mais 20 anos para limpar a baía. A impressão que temos é a de que o Ministro está Contra o Esporte e a Ministra Contra o Meio Ambiente.
Ela diz que o assunto é “complexo” e precisa de “muita coordenação” entre os diversos poderes envolvidos. É exatamente este tipo de conversa fiada que, ao longo de décadas, vem comendo verbas e empréstimos internacionais, enquanto quase nada é feito e vozes já começam a se levantar para tirar os eventos olímpicos de iatismo da Latrina (perdão, Baía) da Guanabara.
A Ministra deveria ir para casa e deixar alguém mais enérgico assumir o cargo.
A poluição tem como causa principal o lançamento de lixo e dejetos de toda espécie nos rios e lagunas que circundam a baía e deságuam nela.
O assunto nada tem de complexo e a tal coordenação entre os diversos órgãos envolvidos depende de apenas duas coisas: competência e vontade de trabalhar. 
Coisas que, temo, faltam à Ministra. Daqui a 20 anos ela ou seus sucessores estarão pedindo outros 20 anos, sempre na lengalenga do ”porque o assunto é complexo”.
(p)



18 de jun. de 2014

SINTO VERGONHA


            Vez por outra nos deparamos com pérolas do pensamento humano. Agora temos esta do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, que gostaria de compartilhar. 100 anos se passaram, mas parece que um Barbosa (Rui) escrevia para outro (Joaquim). E esta foi a manifestação de Joaquim Barbosa após o julgamento:
            "Sinto vergonha de mim por ter sido educador de parte deste povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos seus filhos, simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula mater da sociedade, a demasiada preocupação com o 'eu' feliz a qualquer custo, buscando a tal 'felicidade' em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos 'floreios' para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre 'contestar', voltar atrás e mudar o futuro.
            Tenho vergonha de mim, pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer...
            Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho para onde ir pois amo este meu chão, vibro ao ouvir o meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar o meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade. Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo deste mundo!"

“De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se
os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto”.

(Rui Barbosa - 1918)






28 de mai. de 2014

CARTÃO VERMELHO PARA O AZUL

           “As bandeiras não tremulam. Apitos e camisetas estão encalhados nas lojas. O Brasil às vésperas da Copa, mas não está vibrante em verde e amarelo. O Brasil está vermelho. Vermelho de timidez, vermelho de ver tanta corrupção”; vermelho de ver tanta notícia não condizente com nossa história de honradez, tanto desmando e descontrole administrativo, segundo se lê e se ouve na mídia nacional. “Estamos vermelhos vendo grande parte de nossos políticos sendo calados e peitados pela corrupção. É o vermelho tingindo de adultério nosso verde e amarelo”.
O que dizer quando folheamos os jornais, as revistas e quando navegamos pela internet. O que pensar do Brasil que estamos vendo. Muitas notícias que lemos nos parecem ser de outro país, não do Brasil. As mudanças que chegaram aqui, no Brasil, não parecem ser do Brasil. Havia um político que no seu discurso sempre dizia “nesse país...” sim, por simples erro ou desconhecimento da língua vernácula ou por orientação, não citava o nome do Brasil.
Hoje até podemos pensar que há certa vontade de mudar as cores de nossa querida bandeira nacional. Vemos as familiares cores de nossa bandeira sendo mudadas em várias situações. Isso representa um grande desrespeito para com o patrimônio cultural e com o patriotismo das cores oficiais. Não podemos nem imaginar nas questões de hino, de selo, etc. Mas voltando às cores, percebe-se que na logo da Copa do Mundo não imprimiram as cores nacionais. Usaram o verde, o amarelo, o branco e o vermelho. Mas o vermelho de 2014? Será que expulsaram o azul de nossa bandeira nacional? Ou é um caminho silencioso para ir tomando conta das cores oficiais da nossa bandeira, ou mais precisamente das cores oficiais de nossa bandeira? Quem quiser dar uma olhada com mais atenção poderá verificar esta particularidade. Então poderão questionar se isso que estou escrevendo não é uma pura perda de tempo. Até poderá ser, mas o nosso inconsciente vai gravando lentamente assim como uma doutrinação e no decorrer do tempo não mais notará que as cores oficiais da nossa querida bandeira nacional não são mais verde, amarela, azul e branca. Tem até um símbolo de exportação que é uma total mistura de vermelho com verde, amarelo e outras cores. Muitos são a favor. Por quê?
            Resta-nos torcer para o quê, afinal, e para quem? Houve tempos em que a seleção brasileira em campo era chamada de a “Pátria de Chuteiras”, agora até brota um sorriso sarcástico quando se fala assim. Mas resta uma esperança. Quem consegue responder qual é essa tal esperança?


21 de mai. de 2014

REALISMO FOLCLÓRICO


         Com a chegada das noites e dos dias frios, com a chegada do inverno e com a chegada do solstício, que acontece este ano exatamente no dia 21 de junho, às 10h51min, começo a lembrar dos festejos juninos e dos demais eventos folclóricos que povoam a lembrança de todos nós. Não só dos juninos, mas de todos aqueles que acontecem durante todo o ano. É claro que não precisamos criar mais nada, bastam aqueles que já conhecemos. Quem não se lembra do famoso Boi de Mamão que era bastante festejado aqui em Orleans. Juntava muita gente. Era uma festa e tanto. Era curioso ver e aplaudir o desempenho dos artistas que sabiam desempenhar com maestria e competência, cada um no seu papel. Não precisava muito ensaio. Tinha uma brincadeira que era muito festejada e que se chamava de Entrudo e consistia em uma verdadeira batalha entre grupos jogando água, uns nos outros. Não só água, às vezes até mesmo outros líquidos eram misturados. Acontecia no pré-carnaval e se estendia por todo o período carnavalesco. O Terno de Reis era outro momento importante e aguardado durante todo o ano. Ainda hoje acontece e é mantido graças ao esforço de pessoas que mesmo sem qualquer reconhecimento conseguem manter esta belíssima tradição. Outro costume e que se enquadra dentro do folclore popular é o Carnaval. Já tivemos grandiosos eventos carnavalescos. Milhares de pessoas acorriam a Orleans para participarem dos famosos carnavais que aqui aconteciam. Disputas acirradas entre blocos ou até mesmo escolas de samba. Carros alegóricos eram confeccionados com grandes temas e criatividades.
            Os tempos mudaram. Os tempos mudam, mas os costumes por vezes não precisariam mudar, nem tampouco buscar alternativas que em nada combinam com as tradições centenárias de nosso povo. Nada temos aqui com Saci-Pererê, Boi-tatá, Caipora, Mula-sem-cabeça, Lobisomem, Negrinho do Pastoreio, Boto cor-de-rosa, Chupacabra, Mãe d’água e outros tantos. O que temos que dar maior nutrição é à nossa cultura local e regional e com nossas verdades. Precisamos recuperar nossos costumes que estão sendo esquecidos, abandonados e torná-los atraentes e convocar o povo à sua prática. Que tal?



7 de mai. de 2014

DURA LEX, SED LEX


            “Amamos os pobres. Amamos tanto que fazemos mais a cada dia”. Muito bem, alguém dever ter dito esta infeliz frase em algum momento porque está circulando na internet. Ela tem um duplo sentido, mas ambos exibem claramente o que está acontecendo no país. Numa direção, é claro, se conhece a intenção política, na outra também, porque quanto mais pobre mais se abre o horizonte analfabeto e carente de um povo que aos poucos vai “perdendo o juízo”, ou perdendo a razão do que seja civilidade, respeito, responsabilidade, direito, sociabilidade, e assim por diante.
“Mataram a mulher”, diz morador, após espancamento no Guarujá/SP. Os textos, as fotos, e vídeos estavam protegidos pela legislação. Uma barbárie. Uma turba de gente ignorante, analfabeta, induzida por alguém que criou um site denominado de “Alerta”, instigou o povo a executar uma pessoa inocente, e, até o momento os indícios é de que uma senhora foi morta inocentemente, na rua, na frente de crianças, adultos e velhos. O país está ficando assim e ninguém mais ajusta tal situação de descontrole.
Outra senhora foi arrastada pelas ruas numa caminhonete e pronto. Vai ser investigado o crime contra esta infeliz e o resultado de punição até quando vai acontecer não se sabe. O jornalista da Band foi assassinado em pleno exercício da profissão e os meliantes estão sendo muito bem tratados e, quem sabe, em pouco tempo estarão nas ruas. Os bens públicos estão sendo dilapidados, destruídos. Os dereitos se ampliam a cada dia, mas os deveres estão sendo deletados, apagados.
Está sendo formada uma geração inteira de cidadãos cheios de direitos e de “não me toque que eu faço B.O.” O governo os têm atendido rigorosamente em dia em tudo o que for necessário e até além. Falta pouco para a liberação da canabis como acabamos de saber do vizinho Mujica.   
            Trabalhar até os dezesseis anos, nem pensar, pois como poderiam essas pessoas estudar?  Bom, temos milhares de exemplos de cientistas, mestres, doutores, Ph.Ds que foram crianças ocupadas dividindo estudos e se saíram muito bem. Milhares e milhares trilharam este caminho.
Causou-me profundo rancor e horror presenciar aquele vídeo onde uma mulher foi indefesamente assassinada em público. Uma mártir da ignorância e do primitivismo de um povo. Esse primitivismo está sendo mostrado no mundo inteiro. Os países estão observando o que somos. Infelizmente não é por inteiro o que somos, claro. Mas está sendo mostrado na Itália, na França, nos Estados Unidos, no Japão, na Inglaterra, que no Brasil o povo julga uma mulher na rua e a mata na rua, usando madeira, pedra, chute, roda de bicicleta, e palavras de baixo calão. Governos Federal, Estadual e Municipal pouco se manifestaram. Já parece tudo normal. E se isso está sendo a semente de coisas ainda piores?
Por isso é necessário mais punições, leis mais rígidas, governos mais sérios e comprometidos com a ordem. Respeitar mais a bandeira nacional, o hino nacional, o povo, as instituições, a escola, a religiosidade, o amor, a paz.
Ainda haverá tempo?

As leis são sancionadas para serem cumpridas e por isso temos e devemos cumpri-las. Dura Lex, sed Lex!

30 de abr. de 2014

FICA CONOSCO, SENHOR


Fica conosco, Senhor!
Tantas incertezas estão acontecendo. As sombras nos amedrontam. Precisamos de Ti para harmonizar nossa vida, nossa visão de vida, e assim podermos caminhar com mais tranqüilidade dentro deste turbilhão de voracidades humanas. Precisamos de vidas com o verdadeiro sentido do livro aberto. Sim, o livro aberto, para que todos possam ler às claras, com transparência, sem manobras, sem intenções abjetas, como vem acontecendo em todo o planeta. É evidente que o Mestre fica satisfeito que pensemos o bem, para o bem, sem mácula, sem evasivas, sempre para o bem.

Fica conosco, Senhor!
Nossos passos cambaleantes necessitam de Teus passos para que, seguindo tuas pegadas, não nos desviemos da rota, não nos afastemos de Teus ensinamentos, não nos percamos nas vielas de tantas existências cheias de arapucas e armadilhas ardilosas à espreita.

Fica conosco, Senhor!
Precisamos de tuas palavras para que possamos ecoar com elas e, assim, levar aos irmãos tudo o que pregaste aqui na terra, apontando-nos as trilhas da justiça, da esperança, do amor. Justiça que nos faça ver com clareza nossos atos em face do outro, para que não O desapontemos em seus anseios; esperança, para que a confiança no futuro não se desfaleça em face do desânimo, das dificuldades, das tristezas.

Fica conosco, Senhor!
A vida exige força, que nem sempre temos; esperança que, muitas vezes, perde o brilho do verde; coragem que, em vários momentos, se mostra cambaleante, mas Tuas mãos, se ficares conosco, nos guiarão e nos apontarão caminhos que nos façam vencer os tropeços e as intempéries. O quotidiano está cheio de obstáculos colocados pelas próprias pessoas que não querem a continuidade do bem.

Fica conosco, Senhor!
Já é quase tarde. Precisamos de Ti, para que o escurecer de nossa existência não empane a entrada da luz, tênue que seja. Ainda que o pôr do sol já aponte no horizonte, Tu conseguirás iluminar nossos dias com a aurora da fé, não com a aurora da ilusão e o desconforto da infidelidade e da desesperança.

Fica conosco, Senhor!
E nós ficaremos contigo. E como nos farás companhia, também companhia nós faremos a Ti. Tua presença tornará nossa jornada mais leve, pois teremos quem nos ampare, nas horas vacilantes. És Tu, Senhor, quem recolhe nossas lágrimas, teimosas em cair; quem nos afaga a face quando o sorriso desabrocha nas horas de alegria. Fica conosco, Senhor! 

(P)

5 de mar. de 2014

TRÁFICO HUMANO

                             Tráfico humano. Isso mesmo. O tráfico humano é o tema da Campanha da Fraternidade deste ano de 2014. A Igreja católica chama a atenção para estes casos tão complicados, mas, como disse o Pe. Elias num programa de rádio: “... é até uma vergonha, nos tempos atuais, a gente ter que ainda falar em tráfico humano. O ideal seria estarmos falando em como melhorar ainda mais a vida das pessoas”. Tem razão o Pe. Elias, mas são os desnorteados programas dos governos que levam a tudo isso. Parece até que a Igreja caminha na contramão. A Igreja vem fazendo este trabalho a tantas décadas, avisando, comentando, trabalhando, informando, e nada acontece. Fica apenas na chamada de atenção. Mas quem tem que provocar o resultado é quem tem o poder de mudar, quem tem o recurso técnico, pessoal e administrativo para mudar. A igreja como organização religiosa faz seu papel de abrir as consciências sobre os grandes males existentes; chamar para a caminhada que a ela foi destinada chamar pelo próprio Cristo.
                O tráfico humano é um caminho diferente, que explora e leva à morte. Muitas vidas humanas, neste momento, estão sofrendo nas mãos de exploradores sexuais, exploradores escravagistas, até exploradores intelectuais. Quantos são aliciados para “venderem” as ideias que acabam tendo e que levam a nada, ou seja, a algum lucro ilícito, sem nenhuma base científica ou filosófica. Precisamos sair do nosso egoísmo e do nosso individualismo e pensar naqueles que têm a vida diminuída, a vida corrompida, maltratada e excluída.
                O Tráfico Humano viola a grandeza de filhos, é cerceamento da liberdade e o desprezo da dignidade. Resgatar essa dignidade, identificar as práticas de tráfico humano e denunciá-lo são objetivos dessa Campanha da Fraternidade. As principais modalidades do Tráfico Humano são: Trafico para exploração no trabalho, para exploração sexual, para extração de órgãos, para adoção de crianças, para exploração da força de trabalho, para atividade ilícita.
            O Tráfico Humano caracteriza-se pela ampla estrutura do crime organizado, em rotas nacionais e internacionais e internacionais, pela invisibilidade ajudada pela falta de denúncia e pelo aliciamento e a coação. Os atos mais comuns o recrutamento; o transporte; a transferência; o alojamento; o acolhimento de pessoas.
                Os meios que configuram o tráfico: ameaça; uso da força; outras formas de coação; rapto; engano; abuso de autoridade; situação de vulnerabilidade; aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre a outra.
                A Igreja é desafiada a ser advogada da justiça e a defensora dos pobres; cabe a ela emprestar sua voz para quem não consegue gritar, denunciar. Os três caminhos de ação que desponta são: (1)prevenção, (2)cuidado pastoral das vítimas e a sua (3)proteção e reintegração na sociedade. Sem essas articulações da Igreja e também com a sociedade civil, não se transformará em realidade os três (PS) (Prevenção, Punição e Proteção) planejados pelo 2º Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

19 de fev. de 2014

JESUS CRISTO SUPERSTAR?

Repasso esta que recebi. Acredito que irá chocar quem respeita nossa fé. Faz tempo que passaram dos limites. Não é possível que se continuem zombando de nossa Fé sob o pretexto espúrio de que o Estado é laico. O povo brasileiro é esmagadoramente cristão. O Estado precisa respeitar nossa Fé! Não podemos permitir o golpe brutal que está sendo preparado contra Jesus Cristo. 

No dia 14 de março, em plena Quaresma, o Ministério da Cultura, através da Ministra Marta Suplicy, está promovendo a peça blasfema "Jesus Cristo Super Star". Como disse: em plena QUARESMA. Será que Ministra Marta ousaria fazer uma peça que criticasse - ainda que de leve - Maomé? 

Nossa rejeição e reação deve ser pacífica e ordeira, mas firme, corajosa e categórica. Se ficarmos de braços cruzados nessa hora, não poderemos reclamar jamais que Jesus cruze os braços diante de nossos pedidos e quando nos der a nossa sentença eterna. Em 1971 essa peça infame revoltou os cristãos americanos que a impediram de ser apresentada na Broadway. De lá até agora ela enfrentou reações no mundo inteiro. E nós? Vamos permitir que essa blasfêmia seja cometida no Brasil? 

O roteiro do tal "musical" é uma história de Jesus contada nada mais nada menos que por Judas Iscariotes. O traidor. O assassino que vendeu Nosso Senhor por 30 dinheiros. Também sugere uma relação indecente entre Maria Madalena e Jesus (para dizer só isso!). 

O ator que representa Jesus Cristo se apresenta vestido de calça jeans. Segundo declarou o diretor dessa blasfêmia ao jornal O Estado de São Paulo, “trata-se de um musical com uma pegada muito forte no rock, o que influencia a coreografia”. O ator que interpreta Judas afirma: “Judas tem uma performance mais atlética que Jesus”. E, pasmem agora com este comentário diabólico: “É muito importante o público acreditar no pensamento de Judas, que admirava Jesus como homem e não como Deus.” Jesus será interpretado por Igor Rickli, que participou de outra peça imoral, Hair

Judas será vivido por Alírio Netto, que em 2001 participou de uma versão mexicana da blasfêmia no papel de Jesus. E Maria Madalena vai ser interpretada pela cantora Negra Li. “Vejo a figura de Jesus como um revolucionário”, comenta o ator Rickli. E ainda acrescenta que "ao contrário de outros musicais dos quais participou, Jesus Cristo Superstar é 'rock na veia'." 

Será que precisa de muito esforço para imaginar as infâmias e as vestimentas que serão utilizadas nessa "coreografia" utilizando o nome de Cristo? O Brasil católico, o Brasil cristão, não pode aceitar que um pecado dessa magnitude seja cometido em nosso território.







11 de fev. de 2014

VERGONHA NACIONAL


Desde o crime contra o cinegrafista, a família dela não dorme, não descansa, passa a noite em claro, sufocada... E ninguém dos direitos humanos ou qualquer ONG foi lá... Mas quem sabe os assassinos já estão contando com todo tipo de apoio, advogado, solidariedade, vale/tudo, etc. Que a família do cinegrafista e toda a mídia honesta recebam o carinho do povo sério brasileiro. Os que não pactuam com qualquer ato de violência e andam de cabeça erguida, com qualquer governo, pois não dependem dele e de seu paternalismo. Que recebam a solidariedade de milhares que não beijam as mãos de nenhum corruptor e que gostariam de mudar isso e muito mais, porém estão com as mãos atadas por outros motivos. Milhares de brasileiros que se vendem por qualquer vantagem que lhes deem direito a vale gás, bolsas diversas, kit chinelinho, etc., se vendem por miçangas e vendem seus irmãos por espelhinhos... A gente já não ouviu isso nas aulas de história? Foi preciso morrer alguém da mídia para que os meios de comunicação juntos com outras entidades de classes pedissem providências, investigações e punições. Dizem que a democracia fica ameaçada quando profissionais da imprensa são atingidos, verdade, pode ser, mas fica ameaçada quando perdemos o direito de ir e vir, e isto está acontecendo no Brasil. Estamos sem segurança; estamos enclausurados nas nossas casas; não podemos ir ao passeio, à caminhada, à lanchonete e restaurante porque corremos riscos diários de sermos vítimas da bandidagem e tudo isto devido à inércia do poder público. Comumente vêem-se ônibus incendiados, caixas eletrônicos estourados, vândalos travestidos de manifestantes depredando o patrimônio público e privado num claro desrespeito à ordem e ao poder constituído. Os empresários que trabalham para gerar riquezas para o país e dão empregos para a classe trabalhadora são a todo o momento vítimas da bandidagem, e nestas ações quase sempre vidas são ceifadas. Muitos fecham o estabelecimento com medo. O império das drogas continua desafiando a nossa sociedade. Famílias destroçadas e nada do poder público fazer alguma coisa de concreto para dirimir este estado de coisas. A TV mostrando cenas de barbárie e violência nas telenovelas e no BBB uma baixaria total. A sociedade clama não por respostas, por mais ações. Por estes motivos é que a democracia corre riscos. O Brasil precisa de um tratamento de choque, e é urgente. 
CONCLUSÃO:
- O que falta no Brasil é educação. Os números são assustadores, mesmo quando comparados com seus vizinhos sul americanos.
- O Brasil tem uma porcentagem de universitários menor que o Paraguai;
- A Argentina tem 5 prêmios Nobel, a Colômbia 3, o Chile 3, a Venezuela 1, a
Colômbia 4, o Brasil? Zero!
- Entre as 300 melhores Universidades do mundo, não tem nenhuma Universidade
Brasileira.
- No Brasil há 33 milhões de analfabetos funcionais.
- Ano passado surgiram 300 mil novos analfabetos.
- No ranking da ONU de 2012 o Brasil, que já estava mal colocado, caiu mais 3
posições, e hoje é o número 88 no mundo. Mas o brasileiro está muito feliz de ser
pentacampeão de futebol. Nos corredores da FIFA já se admite que foi o maior erro da
história da Instituição eleger o Brasil como sede da copa. 

7 de fev. de 2014

14 MILHÕES DE ANALFABETOS


Dos 36 milhões de adultos analfabetos na América Latina, 38,5% são brasileiros. São cerca de 14 milhões de pessoas num país que abriga 34,2% da população latino-americana. O dado levantado entre 2005 e 2011 consta do relatório Educação Para Todos, divulgado nesta quarta-feira pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Publicado anualmente, o relatório sintetiza indicadores da educação em mais de 160 países, observando seis metas estabelecidas em 2000, no Fórum Mundial de Educação, em Dacar.
Além de desabonador para o Brasil, o resultado do levantamento não é animador para o restante do mundo: atualmente, 774 milhões de adultos são analfabetos e cerca 57 milhões de crianças estão fora da escola primária. Diante desses números, a Unesco afirma que nenhum dos países vai alcançar as seis metas até 2015, prazo definido para erradicar o analfabetismo e garantir acesso a escolas de qualidade para crianças e jovens.
Há, é claro, diferenças entre as nações. No quesito combate ao analfabetismo, Finlândia, Estados Unidos e França já atingiram o objetivo, mas ainda caminham para garantir que 95% das crianças estejam no ensino fundamental em 2015. Já o Brasil figura no grupo que "caminha lentamente", segundo a própria Unesco, para reverter a situação dos adultos analfabetos.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) coletados em 2012 mostram que a taxa de analfabetismo da população com 15 anos ou mais teve leve alta entre 2011 e 2012, passando de 8,6% para 8,7%, longe de cumprir a meta firmada na ONU de 6,7% até 2015. A pesquisa apontou que o país tinha 13,2 milhões de habitantes analfabetos. A variação no número de iletrados se explica pela diferença entre as metodologias: enquanto a Pnad traz uma amostra de dados coletados em visitas trimestrais às casas dos brasileiros dentro de um ano, a Unesco se baseia nos bancos de dados disponíveis entre 2005 e 2011.
Garantir a qualidade do ensino é, segundo a Unesco, o principal desafio, uma vez que políticas para assegurar o acesso têm sido cada vez mais eficientes em colocar crianças de setores mais vulneráveis na escola. "Quando falamos de qualidade da educação, não nos referimos apenas a países pobres, mas também aos ricos como Austrália e Nova Zelândia", diz a diretora do relatório, Pauline Rose.
Para a especialista o baixo nível do ensino brasileiro está na dificuldade de direcionar recursos e bons professores para as regiões mais necessitadas, como os Estados das regiões Norte e Nordeste. "Isso se nota pelo grande número de adultos analfabetos, que se acumulam em grande parte na zona rural e nas favelas."
O estudo comparou a situação de brasileiros de 15 anos: de um lado, os jovens pobres da zona rural; do outro, os de famílias mais abastadas das cidades. Entre os primeiros, apenas 9% devem alcançar os padrões mínimos de aprendizagem; no segundo grupo, a taxa é de 55%. Dinheiro tem, basta é boa gestão!
(P)

Arquivo do blog

Seguidores