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15 de mai. de 2015

ULHO!

O que é feito por este tempo,
De qualquer jeito, vai de bandulho!
Vai de mentira, vai de indecência,
Vai sem coragem, vai de pandulho!

O que dizer, o que falar,
Quando se enxerga tanto esbulho!
E no perfil de tantos rostos
Desenha-se tanto orgulho!

Para que serve a nossa mídia
Se não às vezes só pra marulho!
Enquanto os calos e as feridas
Vão correndo no pedregulho!

Não muito longe se vê tristeza
Tanto que causa um certo engulho!
As mesmas caras, todos os dias,
Na massa faz-se até um entulho!

Afasta logo essa urtiga, afasta,
País gigante num cascabulho!
Acorda altivo uma vez, acorda,
Desato o nó desse teu embrulho!

E agora perto do solstício
Tempo quieto, pouco barulho!
Caminha roto um poeta solto
No frio falando quase um arrulho!

E pra deixar este solo firme
Vou mais longe neste mergulho!
Pela licença deste poema
Ao infinito pensar bagulho!








  

HORAS DAS HORAS

Já passei das horas das horas,
Já vivi os tempos dos tempos,
Já notei a anotação das notas
E já paguei a conta dos preços...!
Já parei no tempo dos tempos,
Já morri nas horas das horas,
Já reli as notas todas anotadas
E já rezei as contas dos terços!

Tive muitos sonhos sonhados,
Tive lutas, conquistas obtidas,
Tive fé nas metas pesquisadas,
E tive alegrias infindas neste chão!
Tive poucos sonhos não realizados,
Tive paz, derrotas poucas sofridas,
Tive esperanças nas descobertas
E tive o amor alçando meu coração!

Portanto resta um querer sem fim
De um poeta que silente vai...
Rabiscando a natureza ao seu redor
Buscando o éter, som de campanário!
Lírico, amante de todas as luzes,
Maior de todas, no poente esvai,
Em busca dela, da Suprema Luz
Imutável sempre, Deus no Sacrário!

Já passei das horas das horas,
E já paguei a conta dos preços!
Já parei no tempo dos tempos,
E já rezei as contas dos terços!
Tive muitos sonhos sonhados,
E tive alegrias infindas neste chão!
Tive poucos sonhos não realizados,
E tive o amor alçando meu coração!





AS LENTES II

 Vejo o mundo já disforme,
Já difícil, pouca luz...!

Vejo o mundo no pós lente
E um veemente dissabor!

Vejo o mundo e vejo a vida,
Dom maior, mas que se esvai...

Vejo o mundo já enfermo
Das visões que eram sãs!

Vejo o mundo adulterado
Na paisagem, no olhar...

Vejo o mundo que me viu,
Mas não sinto o que me foi!

Mas as lentes divisórias
Tentam, surdas, acalmar!
As visões clareiam pouco,
Da calma que está no ar!

Olhos meus que fitam tudo,
Viste muito! - diz a lente.
Mas a história já se fez...
Não mais fita o meu presente!



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