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26 de ago. de 2010

PEDRAS

     As pedras não ouvem, mas têm história. As pedras são passiveis de se amoldarem, bastando que sejam desbastadas até que se juntem de forma a servirem na construção. Temos a pedra angular, citação bíblica, aquela pedra que era colocada no ângulo para servir de segurança às paredes.
     As pedras não ouvem, mas são obedientes, não enxergam, mas se comportam como que “vendo” tudo. As pedras possuem a dádiva da eternidade porque é resultado de uma alquimia evolucionária do nosso planeta. Nelas colocamos nossa segurança, nossa confiança. Elas representam a verdade, a pureza, a honestidade, a lealdade, a gratidão.
     Não é natural vermos desinteresse às pedras, elas se estabeleceram em nosso meio para nos proporcionar conforto, ajuda, auxilio, teto, sepultura. As pedras estão por todos os lados, na vida de cada um, no dia a dia de todos.
     Se quisermos um lugarzinho no céu temos de construir nossa própria “casa” porque as moradas que lá existem, que são muitas, na verdade são moradas que todos nós devemos construir. Elas não estão lá gratuitamente, devemos merecê-la. Quem não tem habilidade ou discernimento para construir sua própria casa, pedra por pedra, ao longo da vida, certamente não encontrará as pedras necessárias para torná-las geométricas e corretas para participar de nenhuma construção. A gratidão é fundamental, e a pedra da gratidão precisa ser exercitada. A pedra do reconhecimento também deve ser cultivada, a pedra da lealdade nem se fala, esta é fundamental.
     Precisamos de boas pedras para construir nossa história, assim como para construir a fundação de nossas residências. A pedra não apodrece, não enferruja, não se quebra facilmente. A pedra sobrevive a todo tipo de insulto e ingratidão, e, serenamente, vence os milênios e continua sua trajetória vitoriosa através dos tempos.
     Pouco precisamos das pedras quebradiças, com veios falsos, duvidosas, excluídas, amontoadas, dispersas ou frias. Estas, certamente encontrarão pouco espaço para a sólida construção de nossas vidas, e servirão apenas para o desinteresse da história.

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