Ninguém deseja perder
ninguém. José Carlos Librelato foi uma perda muito forte para Orleans, para a
família orleanense, para o futuro de uma cidade que vez por outra tinha uma
novidade naquele jovem e arrojado empresário.
Orleans tem outros
empresários, outras inteligências e com o mesmo amor por esta terra. Não era
somente o Lussa que tinha este privilégio, mas a diferença é que ele deixava
transparecer com toda força esse seu estilo de ser.
Tantos outros bravos
guerreiros já se foram e deixaram legados de lutas, trabalhos, fervor por
Orleans. Muitos. Basta apenas um minuto para lembrar de ilustres nomes. E assim
também foi Lussa, uma pessoa que tinha o apego ao simples, ao prático e ao
rápido. Não gostava muito de assuntos demorados nem de soluções lentas para as
questões tanto empresariais quanto para as questões públicas. - Se tem que
fazer vamos fazer! - E tem que ser bem feito! Como costumava dizer.
Parece que continuaremos a
vê-lo caminhando rápido, atravessando a rua sorrindo, olhando para os lados,
abanando para um, para outro, inteirando-se de assuntos e em seguida, rápido
como sempre, seguindo para o trabalho. Um estilo diferente. Tive a oportunidade
de estar por perto do Lussa por um bom tempo e conheci sua forma de raciocinar
cada tema, cada assunto. Bastava dizer as primeiras sílabas de uma palavra que
compunha uma frase, para que ele a completasse e em seguida já desse sua
opinião. Não é exagero não, o Lussa era assim, muito rápido nas entrelinhas de
qualquer tema, mesmo que fosse político, econômico, esportivo, etc.
Foi um jovem batalhador
que deixou marcas profundas no município e na região. Deixou exemplos de lutas.
Deixou duas mil famílias ganhando o pão de cada dia agora olhando para o
horizonte e a se perguntar: para onde foste, Lussa?
Mas a vida é essa surpresa
permanente e que vem se repetindo desde que o ser humano começou a caminhar
sobre este nosso colorido mundo. Fica a perene lembrança que dificilmente se
apagará, sobretudo de seu exemplo de muito trabalho e na crença em uma vida
melhor para todos. Era o que mais Lussa pensava, agia e queria ver realizado. O
que não se pode, agora, é esquecê-lo após tantas homenagens póstumas.