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8 de ago. de 2012

VOTO CABRESTO



Por que alguns povos continuam primatas? São menos capazes? Não são tão inteligentes quanto nós? Em pleno século 21 junto ao “boom” tecnológico, sabemos que ainda existem (ao menos no Brasil) famílias de índios extremamente tradicionais que ainda seguem seus rituais ancestrais.

Seria errado dizer que não são tão inteligentes quanto nós “urbanos tecnológicos”. Quem consegue projetar artesanalmente armas para caça com tamanha habilidade, quem explica algumas estratégias de organização no momento de caça de animais ágeis.

Alguma comparação com povos antigos pode-se perceber que todos eram nômades e praticavam coletas de alimentos. Com o tempo percebemos que era iniciada a agricultura, e a partir desse ponto percebemos diferenças.

Povos evoluindo e outros não, povos se organizando e outros não, povos originando cidades e outros não. Mas por que tal diferença se todos começaram da mesma forma?

Com muito estudo chegaram à conclusão que havia um termo determinante: a Geografia. Alguns povos por estarem em posição geográfica beneficiada tinham tempo para se desenvolver. Lugares com vegetação mais rica em proteína e mais fácil conservação, com animais de fácil domesticação e fortes para o trabalho pecuário, com climas adequados e outras facilidades.      

 Essas vantagens fizeram com que povos tivessem tempo de sobrar para pensar na sua evolução e organização.

Hoje temos problemas parecidos. Crianças têm notebooks para estudar em escolas públicas, mas seus pais não atingem uma renda suficiente para uma alimentação saudável. Você acredita que uma criança nessa situação teria concentração para estudar sendo que suas preocupações são outras? Na opinião de muitos estamos em desorganização e falta de estrutura. Parece verdadeiro que os investimentos de hoje não visam a evolução e sim o voto cabresto.  

Agora estamos (o Brasil e o mundo) assistindo ao julgamento do famigerado Mensalão. Uns dizendo que o "Mensalão" existiu, outros afirmando que o nome está errado e que o correto seria "Caixa Dois". Ambos pura ilegalidade. Os ministros julgadores parecem preferir uma soneca a ter que ouvir tanta falácia inaproveitável.

PS.: Os índios enganados com espelhinhos e objetos europeus e nós com promessas políticas. Quem é mais inteligente?

Enquanto isso, o tempo passa...


ESCANDALOSO

            O Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel (STF), em sua última manifestação formal antes do início do julgamento do mensalão, enviou aos ministros do Supremo Tribunal Federal um documento no qual afirma que o caso foi "o mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção e de desvio de dinheiro público flagrado no Brasil". A expressão faz parte de um vasto memorial que foi entregue aos 11 integrantes do Supremo e obtido pelo Jornal a Folha.

Ao enviar o material, Gurgel visou facilitar o trabalho dos ministros, caso advogados contestem provas citadas pela acusação, ou afirmem que não existem indícios sobre um ou outro ponto.

O que Gurgel fez foi pinçar das mais de 50 mil páginas do processo o que chamou de "principais provas" contra os acusados. Esses documentos (como perícias, depoimentos e interrogatórios) foram separados pelo nome de cada réu, em dois volumes. Nos últimos dias, advogados de defesa também entregaram os seus memoriais.

No texto em que Gurgel chama o mensalão de o mais "escandaloso esquema", o procurador retoma uma frase que usou nas alegações finais, enviadas ao Supremo no ano passado, quando havia dito que a atuação do STF deveria servir de exemplo contra atos de corrupção.

Agora, diz que "a atuação do Supremo Tribunal Federal servirá de exemplo, verdadeiro paradigma histórico, para todo o Poder Judiciário  brasileiro e, principalmente, para toda a sociedade, a fim de que os atos de corrupção, mazela desgraçada e insistentemente epidêmica no Brasil, sejam tratados com rigor necessário".

Em outro ponto, ele afirma que o mensalão representou "um sistema de enorme movimentação financeira à margem da legalidade, com o objetivo  espúrio de comprar os votos de parlamentares tidos como especialmente relevantes pelos líderes criminosos."

Em sua manifestação final, Gurgel tentou relembrar alguns detalhes fundamentais, como o papel do núcleo financeiro do esquema.

"Impressiona constatar como o esquema ilícito funcionava, desde sua origem (financiamento), passando pela sua operacionalização (distribuição), até o final", afirma.

Ao resumir o que a ação contém, o procurador concluiu: "Colheu-se um substancioso conjunto de provas que não deixa dúvidas à procedência de acusação".

Próxima semana falaremos um pouco sobre o Mercosul e a sua transformação em “Confraria Ideológica”.

Enquanto isso, o tempo passa...!

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