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5 de mar. de 2014

TRÁFICO HUMANO

                             Tráfico humano. Isso mesmo. O tráfico humano é o tema da Campanha da Fraternidade deste ano de 2014. A Igreja católica chama a atenção para estes casos tão complicados, mas, como disse o Pe. Elias num programa de rádio: “... é até uma vergonha, nos tempos atuais, a gente ter que ainda falar em tráfico humano. O ideal seria estarmos falando em como melhorar ainda mais a vida das pessoas”. Tem razão o Pe. Elias, mas são os desnorteados programas dos governos que levam a tudo isso. Parece até que a Igreja caminha na contramão. A Igreja vem fazendo este trabalho a tantas décadas, avisando, comentando, trabalhando, informando, e nada acontece. Fica apenas na chamada de atenção. Mas quem tem que provocar o resultado é quem tem o poder de mudar, quem tem o recurso técnico, pessoal e administrativo para mudar. A igreja como organização religiosa faz seu papel de abrir as consciências sobre os grandes males existentes; chamar para a caminhada que a ela foi destinada chamar pelo próprio Cristo.
                O tráfico humano é um caminho diferente, que explora e leva à morte. Muitas vidas humanas, neste momento, estão sofrendo nas mãos de exploradores sexuais, exploradores escravagistas, até exploradores intelectuais. Quantos são aliciados para “venderem” as ideias que acabam tendo e que levam a nada, ou seja, a algum lucro ilícito, sem nenhuma base científica ou filosófica. Precisamos sair do nosso egoísmo e do nosso individualismo e pensar naqueles que têm a vida diminuída, a vida corrompida, maltratada e excluída.
                O Tráfico Humano viola a grandeza de filhos, é cerceamento da liberdade e o desprezo da dignidade. Resgatar essa dignidade, identificar as práticas de tráfico humano e denunciá-lo são objetivos dessa Campanha da Fraternidade. As principais modalidades do Tráfico Humano são: Trafico para exploração no trabalho, para exploração sexual, para extração de órgãos, para adoção de crianças, para exploração da força de trabalho, para atividade ilícita.
            O Tráfico Humano caracteriza-se pela ampla estrutura do crime organizado, em rotas nacionais e internacionais e internacionais, pela invisibilidade ajudada pela falta de denúncia e pelo aliciamento e a coação. Os atos mais comuns o recrutamento; o transporte; a transferência; o alojamento; o acolhimento de pessoas.
                Os meios que configuram o tráfico: ameaça; uso da força; outras formas de coação; rapto; engano; abuso de autoridade; situação de vulnerabilidade; aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre a outra.
                A Igreja é desafiada a ser advogada da justiça e a defensora dos pobres; cabe a ela emprestar sua voz para quem não consegue gritar, denunciar. Os três caminhos de ação que desponta são: (1)prevenção, (2)cuidado pastoral das vítimas e a sua (3)proteção e reintegração na sociedade. Sem essas articulações da Igreja e também com a sociedade civil, não se transformará em realidade os três (PS) (Prevenção, Punição e Proteção) planejados pelo 2º Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

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