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27 de out. de 2011

FINADOS

     Finados... somos todos iguais porque Deus nos ampara sempre!
     O Dia de Todos os Mortos é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É também o Dia do Amor, porque amar é sentir que os entes queridos, os amigos, as pessoas, não morrem nunca. É celebrar a vida eterna. Pois, a vida cristã é viver em comunhão íntima com Deus, agora e sempre. Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos mártires e também para rezar pelos que morreram sem martírio. No século 4º, já encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa. Desde o século 5º, a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava. Desde o século 13, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro, porque no dia 1º de novembro é a festa de "Todos os Santos". O Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. O Dia de Todos os Mortos celebra todos os que morreram e não são lembrados na oração.  
     Mas, esta mini crônica, que tem como tema o Dia de Finados, também quer lembrar que todos nós temos um fim comum. Somos todos iguais do ponto de vista material. Ricos e pobres, intelectuais ou não, todos, indistintamente, temos um corpo igual e perecível.
     Vamos meditar: “Há quem morra todos os dias. Morre no orgulho, na ignorância, na fraqueza. Morre a semente para renascer. Morre o homem para o mundo, mas nasce para Deus. Assim, em toda morte, deve haver uma nova vida. Esta é a esperança do ser humano. Triste é ver gente morrendo por antecipação... Gente empurrando a vida, gritando, perdendo-se. Gente que vai morrendo um pouco, a cada dia que passa, por incompreensão, desprezo, exclusão, abandono.... E a lembrança de nossos mortos, despertando, em nós, o desejo de abraçá-los outra vez. Essa vontade de rasgar o infinito para descobri-los. De retroceder no tempo e segurar a vida. Essa lágrima cristalizada, distante e intocável. Essa saudade machucando-nos diariamente. Esse infinito rolando sobre a nossa pequenez. Esse céu azul e misterioso. Saudades dos que já partiram! Dos que viveram entre nós. Que encheram de sorrisos e de paz a nossa vida. Foram para o além deixando um vazio inconsolável. Que a gente, às vezes, dissimula para esquecer. Deles guardamos até os mais simples gestos. Sentimos, quando mergulhados em oração, o ruído de seus passos e o som de suas vozes. A lembrança dos dias alegres. Daquela mão nos amparando. Daquela lágrima que vimos correr. Da vontade de ficar quando era hora de partir. De rever rostos que já se foram. Esse arrependimento de não ter dado maiores alegrias. Esse soluço que morre na garganta! Há tanta gente morrendo a cada dia, sem partir. Esta saudade do tamanho do infinito caindo sobre nós. Esta lembrança dos que já foram para a eternidade.”
     Finados... somos todos iguais porque Deus nos ampara sempre! Esta força mantém vivos nossos mortos e a nós também!

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