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25 de jun. de 2014

FRACASSOS RETUMBANTES

Pensara em comentar o tal Decreto Bolivariano que foi assinado pela Presidenta, isso fica para depois, enquanto isso vamos refletir sobre os dois fracassos retumbantes que erguem suas fontes malignas no horizonte brasileiro, independentemente de tudo mais que pode sobrevir durante ou posterior à Copa do Mundo ou sobre as Olimpíadas de 2016. 
O primeiro seria aproveitar a brecha aberta com a permissão do governo para a venda de bebidas alcoólicas durante a Copa (outro malefício da FIFA) e manter a liberação depois do evento. Quer dizer: jogar-se-ia para escanteio o Estatuto do Torcedor
Por que a venda de bebidas alcoólicas é proibida em estádios em países civilizados? Porque está provado que a violência das torcidas cai consideravelmente quando bebidas alcoólicas são proibidas nos estádios.
Aqui mesmo no Brasil há as estatísticas apuradas no Mineirão. O número de ocorrências policiais caiu em 75% depois que bebidas alcoólicas foram proibidas.
Mas, aparece o Ministro do Esporte, Aldo Rabelo, e se declara a favor da venda de bebidas alcoólicas nos estádios, porque “eles (os estádios) são privados”.
A uma declaração assim tão cretina (desculpem, mas a palavra correta é esta), o Ministério Público respondeu, com toda a razão: Se os estádios são privados, por que há um policiamento feito lá dentro pelo Poder Público? Seria o caso de retirar o policiamento e deixar os criminosos à vontade para o extermínio mútuo. (Além do que, ao que se saiba, nem todos os estádios são privados.)
Outro fato que não parece ter comovido o Ministro foi o de que a presença de mulheres e crianças aumentou depois da proibição da venda de bebidas alcoólicas. 
Ele prefere desordeiros bêbados?! 
Que Ministro! Que Esporte!
Outro fracasso será o da morte anunciada da Baía da Guanabara, no momento em estado comatoso (em coma, morrendo).
Aparece agora a Ministra do Meio-Ambiente e diz que precisaremos de no mínimo mais 20 anos para limpar a baía. A impressão que temos é a de que o Ministro está Contra o Esporte e a Ministra Contra o Meio Ambiente.
Ela diz que o assunto é “complexo” e precisa de “muita coordenação” entre os diversos poderes envolvidos. É exatamente este tipo de conversa fiada que, ao longo de décadas, vem comendo verbas e empréstimos internacionais, enquanto quase nada é feito e vozes já começam a se levantar para tirar os eventos olímpicos de iatismo da Latrina (perdão, Baía) da Guanabara.
A Ministra deveria ir para casa e deixar alguém mais enérgico assumir o cargo.
A poluição tem como causa principal o lançamento de lixo e dejetos de toda espécie nos rios e lagunas que circundam a baía e deságuam nela.
O assunto nada tem de complexo e a tal coordenação entre os diversos órgãos envolvidos depende de apenas duas coisas: competência e vontade de trabalhar. 
Coisas que, temo, faltam à Ministra. Daqui a 20 anos ela ou seus sucessores estarão pedindo outros 20 anos, sempre na lengalenga do ”porque o assunto é complexo”.
(p)



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