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20 de dez. de 2013

ACOL – Acadêmico Secreto

            Com a calma de uma calma noite fomos chegando ao acolhedor local para festejarmos mais um ano acadêmico. Uma afável recepção, céu banhado pela luz prateada, de uma luz insistentemente poética que reluzia no lânguido espelho d’água, cujas margens ricamente emolduradas com espécies nativas, disputavam coaxares de pequenos carrascos que combinavam com o momento apoteótico.

Temas natalinos e uma távola redonda foi o prazeroso endereço para uma conversa hibrida com temas mais variados possíveis, sem antes, mensagens em pequenos papéis já previamente preparados para que cada acadêmico fizesse a leitura e num breve instante meditasse sobre cada reflexão lida. Depois um texto maior proposta ao Papai Noel, reivindicando o verdadeiro posto de símbolo maior para o Menino Jesus, evidentemente num palavreado intensamente rico em adjetivos amenos para o encantado compasso do evento.

E os imortais foram chegando e, finalmente, sob as bênçãos do confrade maior na palavra ordenada realizou o místico momento de agradecimento e o enlevo na oração maior, ato sublime, com posterior canto da primeira estrofe de “Noite Feliz”, enquanto que sentávamos para os compassos seguintes da serata acadêmica.

As luzes diversas e coloridas banhavam o ambiente e o aroma agradabilíssimo do jantar precipitava ainda mais os assuntos diversos das conversas animadas e tipicamente platônicas, lembrando o próprio Platão, que em 387 a.C. construíra sua famosa escola e que denominara “Akademía”. Não, não seria ir tão longe assim, mas o próprio anfitrião, pensativo por alguns instantes, tomando a palavra declarou a todos que Orleans já vivera momentos semelhantes no passado, e que para ele trazia lembranças muito agradáveis.


Depois do jantar, entre trocadilhos de brincadeiras e palavras ao redor da távola, dá-se início ao tradicional “amigo secreto”, o que poderia ser substituído pelo “confrade secreto” ou “acadêmico secreto”. Muito embora a sistemática seja a mesma, mas foi de todo engraçado e cheio de declarações amistosas. Alguns passos seguintes e seguiu-se à sobremesa, e, por fim os agradecimentos da acadêmica Elzira Berger Zomer, apoiada pelo esposo Francisco Zomer, que externou também sua satisfação em receber a Academia Orleanense de Letras em sua residência para os eflúvios agradáveis de mais um feliz final de ano, este o de 2013. 

20 de nov. de 2013

RIR DO QUÊ?


           O comediante Mazzaropi, dos idos de 1950, já dizia: antes ter o pé na bola do que a cabeça na escola”. Infelizmente, passados mais de 60 anos tudo continua do mesmo jeito. Quem o povo brasileiro valoriza mais: o professor, o mestre, o doutor, o pesquisador, o médico, o magistrado, o músico erudito ou o cantor de pagode, da falsa música sertaneja, o jogador de futebol, o político predileto, o BBB predileto, as mulheres fruta e mais de uma centena de outros excrementos sociais?

O Brasil é sim o país da corrupção (corrupção generalizada em todas as camadas sociais), dos desvios de conduta, de leis caóticas a quase sempre beneficiar os fora da lei, da subserviência das instituições, das ONGs (Olho Na Grana), da hipocrisia, do reduto da “lei de Gerson‟, da inversão de valores, da omissão coletiva da sociedade e por aí afora, diríamos que estamos, desgraçadamente, nesse mesmo saco. Até quando continuaremos com esse comportamento vaidoso, retrógrado e marcado pela posição de vitimas do mundo “civilizado‟?
Alardeamos a seleção de futebol, a de voleibol, a de basquetebol, a de vôlei de praia e tantas quantas outras surgirem pelos apelos de uma mídia cheia de artimanhas e interesses mesquinhos e financeiros – tudo com o apoio irrestrito de nossas autoridades constituídas que condenam um ou outro jogo e no entanto são elas mesmas as detentoras das infinitas loterias que exploram esse povo inculto e incauto.
É claro que no mundo “civilizado‟ eles também o fazem, mas por lá existe também de fato a saúde, a educação, a segurança, a assistência social, as estradas, as ferrovias, os portos, os aeroportos e toda uma a infraestrutura necessária para o desenvolvimento. Além disso, existe a cultura do cumprimento do dever e da cidadania, onde as responsabilidades e os papéis estão muito bem definidos e permeados em todos os níveis sociais. Por lá a punição não é virtual, é punição pra valer.
Se nós, tupiniquins, tivéssemos pelo país 10% da preocupação e do amor “fanático‟ que temos, ou que a maioria tem, pelo futebol, seríamos uma das maiores nações do mundo.
Aqui também exaltamos a natureza – as praias, as montanhas, os rios, a fauna e a flora como se nós mesmos fôssemos os responsáveis diretos pela exuberância de tudo que os olhos e as mãos pudessem tocar, entretanto, sequer temos a coragem para preservar aquilo que nos foi concedido sem o mínimo esforço ou mérito, mas simplesmente por uma dádiva da natureza.
Criamos leis e mais leis para proteger tudo isso enquanto outros continuam a profanar nossas florestas, matas, nossas encostas cravando nelas suas mansões, passando por cima de tudo e de todos... Enquanto os desgraçados morrem às centenas em deslizamentos com as coniventes autoridades e sua falsa sensibilidade regada a lágrimas hipócritas... Vemos isso em diversas ocasiões pela internet ou pela televisão.
A conclusão a que se chega é que merecemos todas essas trapalhadas, inclusive o que se está escutando sobre uma tal de “Poupança Fraterna”, que será comentada noutra oportunidade. Simplesmente vamos tendo o que merecemos! Nada mais! Pela nossa omissão. Que povo somos? O Brasil progride à noite enquanto os políticos estão dormindo.

CHORADEIRAS MUNDIAIS

CHORADEIRAS MUNDIAIS

O Brasil, através da presidente Dilma Rousseff, teve o privilégio de abrir a sessão da assembléia geral das Nações Unidas (ONU), que têm 193 países-membros. Não foi um pronunciamento dirigido à platéia global, mas sim dirigido basicamente aos brasileiros e brasileiras. Como se esperava, o interesse maior da presidente foi o aborrecimento patriótico com a espionagem dos EUA no país, como foi amplamente divulgado.
A presidente, no entanto, não foi ridícula e evitou a direcionar, inclusive que não terá mais a reunião oficial com o presidente Obama, em 23 de outubro, em Washington. Na definição das redes mundiais, os principais jornais, a presidente Dilma Rousseff foi áspera no seu discurso.
Fez uma menção direta aos EUA na qualificação deste uso de espionagem como uma “afronta” aos direitos humanos, aos direitos civis e à soberania do Brasil. Houve as necessárias promessas de proteção nacional contra esta intrusão e clamores por um marco multilateral de governança da Internet.
O problema agora, e é o que mais preocupa, é que os cinco países com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU (EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha e França) são campeões de espionagem.
De resto, o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, que durou precisos 23 minutos, a presidente falou sobre o empenho por reformas, respeito às vozes das ruas, esforços para superar adversidades no cenário econômico global, além de algumas generalidades sobre necessidade de paz e a situação política mundial.
No cenário mundial o que mais chamou atenção mesmo foi o pronunciamento do presidente do Irã, que está propondo diálogo com os EUA na questão nuclear. Claro que Israel não acredita em nada do que o presidente do Irã Hasan Rouhani está prometendo. Destaque também para a questão seriíssima da Síria. Mas, por enquanto, ficou apenas o jogo de palavras na 68ª Assembleia das Nações Unidas. De prático, vamos ver o que virá. Pelo menos foi o local apropriado para as choradeiras mundiais.

18 de set. de 2013

LUSSA


Ninguém deseja perder ninguém. José Carlos Librelato foi uma perda muito forte para Orleans, para a família orleanense, para o futuro de uma cidade que vez por outra tinha uma novidade naquele jovem e arrojado empresário.
Orleans tem outros empresários, outras inteligências e com o mesmo amor por esta terra. Não era somente o Lussa que tinha este privilégio, mas a diferença é que ele deixava transparecer com toda força esse seu estilo de ser.
Tantos outros bravos guerreiros já se foram e deixaram legados de lutas, trabalhos, fervor por Orleans. Muitos. Basta apenas um minuto para lembrar de ilustres nomes. E assim também foi Lussa, uma pessoa que tinha o apego ao simples, ao prático e ao rápido. Não gostava muito de assuntos demorados nem de soluções lentas para as questões tanto empresariais quanto para as questões públicas. - Se tem que fazer vamos fazer! - E tem que ser bem feito! Como costumava dizer.
Parece que continuaremos a vê-lo caminhando rápido, atravessando a rua sorrindo, olhando para os lados, abanando para um, para outro, inteirando-se de assuntos e em seguida, rápido como sempre, seguindo para o trabalho. Um estilo diferente. Tive a oportunidade de estar por perto do Lussa por um bom tempo e conheci sua forma de raciocinar cada tema, cada assunto. Bastava dizer as primeiras sílabas de uma palavra que compunha uma frase, para que ele a completasse e em seguida já desse sua opinião. Não é exagero não, o Lussa era assim, muito rápido nas entrelinhas de qualquer tema, mesmo que fosse político, econômico, esportivo, etc.
Foi um jovem batalhador que deixou marcas profundas no município e na região. Deixou exemplos de lutas. Deixou duas mil famílias ganhando o pão de cada dia agora olhando para o horizonte e a se perguntar: para onde foste, Lussa?

Mas a vida é essa surpresa permanente e que vem se repetindo desde que o ser humano começou a caminhar sobre este nosso colorido mundo. Fica a perene lembrança que dificilmente se apagará, sobretudo de seu exemplo de muito trabalho e na crença em uma vida melhor para todos. Era o que mais Lussa pensava, agia e queria ver realizado. O que não se pode, agora, é esquecê-lo após tantas homenagens póstumas.

DESFILE NOTA 100


            O desfile de sete de setembro deste ano do Centenário de Emancipação Político Administrativa do Município de Orleans foi dos mais relevantes e representativos de todos os tempos.

O tempo colaborou para que as entidades pudessem desfilar e ao mesmo tempo colocar em evidência suas manifestações culturais.
A convite da secretária da educação, Profª Eliete Bianco Zanini Damazio, estive por um longo tempo no palanque das autoridades e pude acompanhar com mais exatidão o espetáculo surpreendente. Saindo defronte o Colégio Costa Carneiro, o primeiro grupo fez um desfile primoroso, abrindo com o Fogo Simbólico, seguido pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Banda Tunísia Cascaes, APAE, AAPIO, Grupo Cáritas, Grupo da Terceira Idade, Grupo da Terceira Idade, Grupos de Produção e Renda, CRAS, CEPROVI, Rede Feminina Coral Hermelina Pfützenreuter, Coral Nossa Senhora da Glória, Coral Shalom, Pastoral da Saúde e PROART.
No segundo Grupo, agora com destaque ao desfile temático relativo ao Centenário de Orleans, as entidades e educandários desfilaram apresentando ao público verdadeiros primores. Índios, bugreiros, Família Imperial, colonização alemã, colonização italiana, estrada de ferro, curtume, indústrias, poder legislativo, história da educação, história do futebol, história do esporte, enchente de 1974, a usina hidrelétrica, a energia nas comunidades, o saneamento básico, os credos religiosos, Creche, a banda Estrela do Oriente, os escultores Paulo Afonso e Zé Diabo, a ACOL, Rui Pfützenreuter e o projeto Choro nas Escolas, do tropeiro ao helicóptero, o carnaval de Orleans, a Febave e sua fantástica evolução até a chegada da universidade – UNISUL e o CTG Orleanense.

Seria necessário muito espaço para discorrer sobre cada uma das entidades, mas o que posso dizer é que foi um grandioso desfile e que ficará marcado de forma perene nos festejos do Centenário de Orleans. Tinha elaborado, com denodado carinho, um recorte para cada entidade que seriam lidos nos intervalos, mas, somente pude ler dois recortes, os demais ficaram calados no coração da saudade para os próximos 100 anos. Mesmo assim, valeu!!!

4 de set. de 2013

ONTEM, HOJE, AMANHÃ


Um centenário de existência. Orleans tornou-se uma cidade importante, uma cidade que cresce, uma cidade que agora festeja seu centenário. Luzes, brilhos, saudades, abraços, lembranças, antigas, relatos, muita história.
Hoje uma cidade bonita, industrializada, comércio pujante, universitária. Quão difícil foi nossos antepassados, os italianos, alemães, letos, afro-descendentes, portugueses, poloneses, espanhóis, índios,... imaginemos como foi difícil o início desta cidade, como foi intricado começar tudo que temos hoje, e que graças ao trabalho dos nossos ancestrais, estamos aí usufruindo do conforto de uma cidade que está entre as mais importantes do Estado de Santa Catarina. Se formos considerar alguns setores, quem sabe estamos até entre os primeiros colocados.
Orleans, hoje, tem um grande potencial na agricultura, na suinocultura, na avicultura, uma grande produção de leite, um comércio diversificado e sempre inovando. Na indústria temos a transformação de plástico como o grande destaque. No ramo metal-mecânico não é diferente, hoje, o nome de Orleans, no tocante a área empresarial já é bem conhecido e ganhando até alguma fatia no mercado internacional.
Orleans, quem diria, ficou estagnada durante décadas pela falta de infraestrutura adequada, porém com a chegada da energia elétrica começou o desenvolvimento. Nós, que nascemos em Orleans ou elegemos Orleans para morar, devemos estar preparados para esse grande abraço de aniversário. Mas esse abraço significa algum futuro promissor, ou simplesmente uma festa de aniversário? Como está sendo pensada a nossa Universidade? Como está sendo resolvida a questão do trânsito? Os edifícios centrais ofuscaram a paisagem e, consequentemente incharão ainda mais a mobilidade urbana. Como viabilizar definitivamente o Hospital Sta. Otilia? A ponte oeste da cidade, as esculturas do paredão, a ampliação do perímetro urbano, entre outras urgências.   

Para todos os efeitos, vamos saudar o passado, viver bem o presente e fazermos um projeto, um programa para viver melhor o nosso futuro.  

EU TENHO UM SONHO

Recebi do meu prezado amigo Celso Francisco dos Santos esta pérola e repasso a todos para que reflitamos um pouco sobre a questão da liberdade, que Martin Luther King nos deixou.

Eu tenho um sonho
Dia 28 de agosto, fez 50 anos do famoso discurso de Martin Luther King.  
Vale a pena lembrar e refletir seriamente diante de tudo o que está acontecendo em nossa América.
"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto. Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos, de qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!" E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro. E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire. Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas de Nova York. Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania. Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado. Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia. Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee. Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi. Em todas as montanhas, ouvirei o sino da liberdade. E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo Estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro: "Livre afinal, livre afinal. Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."   28 de agosto de 1963.


JMJ = ENERGIA E FÉ

A visita do Papa Francisco deixou uma bela fotografia da igreja no Brasil e no mundo. Deixa um grande cultivo de esperança, crença na juventude, crença na fé, na justiça e especialmente nas coisas simples da vida. O papa exorcizou o capitalismo ao dizer que uma enorme parte da população mundial está vivendo na periferia da sociedade pela concentração da renda e dos meios de produção. Um Papa diferente. Um pouco ou muito de João Paulo I, muito do carisma de João Paulo II e vejam só, um Papa essencialmente filosófico. Não esperava tanta profundidade nas palavras e pensamentos do Papa Francisco. Mas bastou-me assistir a entrevista concedida ao repórter da Globo para me certificar que estamos diante de um grande líder. Estava um pouco temeroso quando Francisco dispensava o esquema de segurança, carros luxuosos, apartamento de luxo, etc., me parecia um “querer aparecer”, mas na verdade o Papa Francisco está nos dando um banho de civilidade, de humanidade e de ensinamento. Quem viver todo o seu pontificado verá. Será histórico, renovador, democrático, reformador e, com absoluta confiança, aproximará e fará com que a nossa Igreja Católica se renove e se faça presente com mais intensidade em todos os recantos da terra. Segundo o própria Papa Francisco, o papel da Igreja é ir até as pessoas, aproximar-se, sentir-se presente, assim como uma mãe faz com seu filho no colo. Acariciar o seu filho, tratá-lo com amor e com toda a atenção possível. Essa renovação já vem acontecendo, mas é preciso intensificar ainda mais. O Papa Francisco deixou imagens que irão permanecer na mente e no coração de nós que, dificilmente serão apagadas pelas próximas décadas. Parabéns aos 28 jovens da Paróquia Santa Otília que estiveram no Rio de Janeiro participando. Parabéns à Liderança do Pe. Elias. Esperava que a Jornada Mundial da Juventude fosse um grande evento, mas na verdade foi um mega evento e isso tudo graças à energia e a fé da juventude e a juventude e a fé do Papa Francisco.

MUDANÇA DE STATUS

Encontrei esta pérola e fiz uma adaptação para os prezados e prezadas leitores desta coluna.
Havia uma moça que odiava o mundo por ser cega. Ela odiava a todos, exceto seu namorado amoroso. Ele estava sempre ali para ela. Um dia, ela disse ao namorado: "Se eu pudesse ver o mundo, eu me casaria contigo."Um dia, alguém doou os olhos para ela. Quando ela finalmente tirou o curativo dos olhos, ela foi capaz de ver tudo, inclusive o namorado dela. Ele perguntou: "Agora que você pode ver o mundo, você quer casar comigo?" A garota olhou para o namorado dela e viu que ele era cego.
A aparência de suas pálpebras fechadas a chocou. Ela não esperava isso. A ideia de olhar para o namorado cego levou-a se recusar a casar com ele. Seu namorado ficou extremamente triste e dias depois escreveu um bilhete para ela dizendo: Cuide bem de sua visão, meu amor, pois antes de serem seus,... Eram meus".
Esta é a forma como o cérebro humano funciona muitas vezes quando temos "mudanças de status".
Apenas alguns lembram como era a vida antes, e de quem sempre estiveram ao seu lado nas situações mais dolorosas.
A vida é um presente!
Hoje, antes de dizer uma palavra não amável, pense em alguém que não pode falar. Antes de reclamar sobre o sabor dos alimentos, pense em alguém que não tem nada para comer. Hoje, antes de reclamar sobre a vida, pense em alguém que partiu cedo demais.
Antes de reclamar sobre seus filhos, pense em alguém que quer filhos, mas os pode ter. Antes de discutir sobre a casa suja, pense em alguém que não tem a casa para limpar ou nas pessoas que vivem nas ruas. Antes de se lamentar sobre a distância que você dirige, pense em alguém que anda a pé a mesma distância.
E quando você está cansado e reclama sobre o seu trabalho, pense nos desempregados, deficientes e aqueles que gostariam de ter o seu trabalho.
Mas, antes que você pense em apontar o dedo ou condenar o outro, lembre-se que nenhum de nós está livre de cometer erros.    
         Quando os pensamentos deprimentes querem derrubá-lo, coloque um sorriso em seu rosto, porque você está vivo ...!

         Visite o Morro da Santinha e contemple a bela natureza que lá existe e ore ao pé de N.Sª das Graças. A imagem ficou imensamente maior, então aproveite para cultivar a fé e assim fazer com que cresça ainda mais a certeza e a confiança dentro de você!

7 de ago. de 2013

DECEPÇÃO


         Sempre que lutamos por ideais, por progressos nos relacionamentos sociais, onde o crescimento das ações em prol das pessoas seja o foco, o objetivo, e por motivos pequenos tais esforços são corrompidos ou enfraquecidos, nos abate a decepção.
         Sempre que lutamos por melhorias coletivas, deixando de lado o individual e buscamos o engajamento de pluralidades para o avanço e as conquistas sociais, de trabalho, de objetivos que alcancem o maior número possível de pessoas e, nesta caminhada encontramos obstáculos construídos ou propositadamente adicionados, nos abate a decepção.
          Sempre que as verdades edificam, o trabalho enriquece, a partilha enaltece o ser humano, o diálogo abre janelas para tantas e tantas soluções, mas no meio desta empreitada as janelas se fecham, o diálogo vira monólogo, nos enche de decepção.
          Sempre que a felicidade está prestes a ser alcançada, que a colheita está às mãos, que a esperança está próxima, que o abraço da paz está a alguns passos, que o soluço da alegria está se desprendendo, que o grito do viva está pronto; algo desabraça, algo tolhe os passos, algo desespera, algo sufoca o grito, algo arruína antecipadamente a colheita, pronto, a decepção se avoluma e nos esmaga.
Muitas são as decepções. E o que é a decepção? Segundo o próprio Aurélio, decepção é desapontamento, desengano, desilusão, desgosto, surpresa desagradável, contrariedade, enfim, são tantos os sinônimos, e todos nós, sabem bem o que significa uma decepção.
Mas a luta não pode quedar-se diante das pequenas e enfadonhas ações danosas, o idealismo é muito maior. Afinal, sábio é o homem que tem consciência da sua ignorância. Vamos em frente. O Papa Francisco deixou um belo recado: Diálogo, diálogo! É por aí que muita coisa poderá ser salva.

10 de jul. de 2013

PARABÉNS, ANDERSON

             Reconhecemos que Anderson Silva é um excelente lutador, mas o Brasil não pensa igual sobre sua personalidade. A narração do combate poderia dizer: “Olhem só!!! Ele está dançando como Mohamed Ali!!! Movendo-se como o boneco do posto!!! Como ele e incrível!!! Como ele é sensacional!!! Agora se movendo como uma cobra!!! Ele esta à vontade!!! Ele quebrou o psicológico do americano!!! Ele..... POW!!!!!!'' No segundo round houve o vacilão. Ninguém sabia o que falar na TV!!!Uma hora a casa cai, e caiu.

Vencedor o americano, derrotados vários, mas principalmente o povo e a Globo, com todo o seu ufanismo manipulador de verdades do Brasil.

Pareceu uma grande marmelada. As atitudes do lutador durante a luta envergonharam os brasileiros.

O talento do Anderson é inegável. Mas, talento sem humildade é a mesma coisa que nada. Humildade é a virtude dos vencedores. Sentimos informar, mas a arrogância arruinou a carreira do Anderson. Éramos torcedores dele, mas precisamos rever a partir dessa sua atitude, pois ele me decepcionou o país, não pela derrota, mas pela postura arrogante. Se tivesse levado a luta a sério, quem sabe sairia vencedor. Que fique a lição: nunca menospreze e nem deboche do seu adversário.

Voltamos a dizer que tais lutas parecem ser mentirosas, combinadas, e nós ficamos na torcida. Até no futebol tem acontecido essas trapaças.

Pode até ser que foi uma estratégia de jogo chamar o americano com aquelas dancinhas para a luta, porém manter a guarda abaixada e até mesmo ridicularizar os golpes que o americano não acertou foi, no mínimo, uma falta de respeito com o adversário.

A perda do cinturão foi ridícula. Ainda que seja o planejamento de uma aposentadoria, é bom que se diga que até hoje Pelé e Ronaldinho são marcas que movimentam milhões com propaganda. Será que para o Anderson não seria melhor ter terminado no auge da carreira?

Anderson perdeu para a própria arrogância e prepotência. Como no Brasil as decepções se renovam todo dia, mais uma aconteceu e milhões de brasileiros, que tinham alguma alegria em ver o campeão, este poderia ter respeitado melhor sua pátria e seu povo... agora, o que dizer?!

O Anderson Silva deu um show de desrespeito ao técnico, ao público que foi ver a luta, aos telespectadores, aos seus fãs e principalmente ao seu adversário. Agora se tem notícia de que pretende uma revanche. É tarde, mas parece uma forma de recuperar uma pequena parte da grande admiração que o povo brasileiro (e do mundo) nutria por ele.

Algumas palavras de compreensão ao Sr. Anderson, que já deve estar pelos 40 anos: PODE SER QUE, ACIMA DE SUA FAMA, DE SEUS FÃS, SEUS MESTRES, SEUS PATRÕES, ESTÁ VOCÊ E SUA FAMÍLIA! NESTE CASO, PARABÉNS ANDERSON! BOA SORTE E SEJA FELIZ!!!

 

VIVER EM ORLEANS


É bom viver em Orleans. Temos um passado de muito trabalho e de lutas políticas. Marcas profundas existem, mas convém ressaltar que algumas delas ficaram gravadas e que foram conquistadas à preço de muita insistência e bairrismo. Éramos servidos por uma energia elétrica fornecida pela usina Hidroelétrica da Barra do Rio Novo.  Uma usina que foi construída pela Cia. Barro Branco e que serviu muito Orleans enquanto pôde, que serviu e muito.  A cidade queria crescer, mas sem  uma boa energia não era  possível. Então a Celesc se instalou em Orleans.

Nossos agricultores tinham que buscar custeios para suas lavouras no Banco do Brasil em Tubarão, até que, finalmente, foi instalada uma agência em Orleans. Vieram as Semanas Culturais. Instalou-se uma Cooperativa Agropecuária. Depois tínhamos os problemas com estradas e eis que surgem as rodovias SC-438 e SC-446, ligando Orleans às principais cidades da região e com o resto do Brasil.  Não tínhamos bom sistema de telefonia e instalou-se a Telesc; a Febave, e finalmente a universidade, o UNIBAVE.

Nossos agricultores e empresários começaram a acreditar em Orleans e iniciaram suas indústrias, construções de prédios de apartamentos, salas comerciais, casas, loteamentos, novos bairros. Orleans e sua gente, sua tradição, sua neblina, seu estilo de vida, seu carnaval, seus costumes, enfim, sua Cultura;  ostenta tantos estereótipos como: "Um pedacinho de terra que vale a pena conhecer",  "Cidade da Cultura",  "Capital da Cultura",  "Berço eterno da Cultura",  precisa continuar orgulhosa de si e de sua gente.  Orleans precisa estar de bem consigo mesma, Orleans precisa respirar a vizinhança, a amizade, a compreensão e a tolerância.

Orleans, agora, precisa mostrar-se como município próspero, respeitoso, amigo, cordial e acima de tudo companheiro. Precisamos de uma população que se cumprimente, que se fale, que lute por ideais comuns.  Por isso a necessidade que todos nós temos em dizer que: é bom viver em Orleans!

 


"Senhoras e Senhores, Autoridades e amigos...,

É bom viver em Orleans!
Não é preciso palanque,  nem de microfone,
Mas é bom viver em Orleans!
O poema fala alto e vai longe
Porque é bom viver em Orleans!
A paisagem cultivada é exuberante,
E já tem 100 anos de história.
Por isso é bom viver em Orleans!
Temos muitos sonhos a realizar,
Muitas conquistas já realizadas.
Como é bom viver em Orleans!
Senhoras e Senhores, Autoridades,
Ouçam o hino: “Foi num dia propício à cultura...”
Como é bom viver em Orleans!
Ouçam o hino: “Orleans, nobre filha de Condes...”
É bom viver em Orleans!
Orem: “Senhor!
Que nas orações de nossos textos...”
Como é bom viver em Orleans!

27 de jun. de 2013

PAUS TORTOS


Não passa de jogo de palavras o que o governo está propondo com esses tais pacotes. O interesse é criar uma certa confusão na cabeça do povo. É confundir a discussão dos grandes temas. A presidente fala na terceira pessoa. Fala como se não fosse o governo central. “O governo precisa escutar as vozes das rua”. Qual governo? Não disse qual. Lançar pacotes, neste momento, é mera válvula de escape. Não vai funcionar como nunca funcionou em lugar algum.

            Um dos líderes do movimento disse que a governante está despreparada. E falou com grande propriedade porque deveria ter percebido que o povo está insatisfeito, e faz muito tempo. Mas as pesquisas estão altas e a seu favor! Mas as pesquisas falam o quê? E onde são feitas as pesquisas? Quem são os entrevistados? Que regiões são coletadas as informações? Quanto é pago para realizar as pesquisas?

            Ficam apenas as palavras, nada mais. Vai ficar tudo como está, ou pior. Lança-se os pacotes para a Educação, para a Saúde, para a Segurança, isso e aquilo, mas, concretamente, de imediato, nada, nada.

            No íntimo, quem sabe o governo pensa que o ideal era deixar como antes. Dar bastante circo ao povo. Grandes estádios. Estádios milionários. Estádios europeus. Mesmo que depois da Copa fiquem sem qualquer atividade. Mas o povo com bastante circo fica bem fácil de governá-lo. Ah, um pouco de pão também através das bolsas.

            O povo elegeu os governantes para que esse mesmo povo fosse bem representado; fosse bem atendido com escola, saúde, segurança, transporte, etc., mas os eleitos, e principalmente a presidente, após sentarem-se na cadeira do poder, ficam mais interessados em atender aos amigos. Começam a pensar na próxima eleição. Nada mais interessando do que “grandes obras”, mesmo que sejam elefantes brancos e bastante trombudos, pois é por aí que as “sobras” poderão existir para as doações da próxima campanha. O povo? Sim, o povo vai indo (sic). Atendendo uma coisa aqui, outra ali e o resto a grande imprensa resolve.

            Aliás, a rede esgoto de televisão tem dado uma grande contribuição para o esfacelamento da família brasileira. A programação violenta e sem respeito tem fortalecido a impunidade, a violência e o anti-civismo. Temos, hoje, uma geração formada na escola da rede esgoto. Não aprenderam nada. Não sabem nada. Ou o que sabem e pensam que é certo, só se for de origem da tal rede.

            O interesse pelo totalitarismo é evidente. O país faz uma simbiose total com todos aqueles que já estão de mãos amarradas com este atraso social. Dá-se bastante; tira-se o máximo de quem trabalha honestamente para entregar aos que precisam, mas não preparam estes para o futuro. O estado brasileiro está neste caminho tortuoso. É preciso endireitá-lo; como fazê-lo já ficou bastante difícil porque a selva de paus tortos já caminha para um primitivismo que a história, um dia, quem sabe, poderá contar aos sobreviventes do futuro.

             

19 de jun. de 2013

MORRO DA SANTINHA - 1


              Serena e calmamente uma grande obra está sendo construída e que muito marcará o centenário de Orleans. Em 1950 foi construído o Capitel de Nossa Senhora das Graças no Morro da Santinha, como ficou conhecido. Tal evento foi para marcar o Ano Jubilar e a Proclamação do Dogma da Assunção de Nossa Senhora. À época, o Pe. Germano Peters, Pároco de Orleans, e o povo católico desta terra, quiseram prestar uma homenagem especial à Nossa Senhora erguendo um monumento sobre um morro próximo ao centro da cidade. E foi escolhido o Morro da Santinha. No ano de 1957 o monumento foi reformado e no dia 15 de agosto daquele ano houve uma procissão e foi celebrada uma santa missa. A partir desta data, quase todos os anos, era realizada uma procissão desde a Matriz até o alto do Morro. Em 1983 a prefeitura construiu uma rua, melhorando assim a subida até o monumento. O local foi se tornando cada vez mais um ambiente de devoção e de afluência de devotos de Nossa Senhora. A partir de 1984, abrindo a comemoração do Centenário de Colonização de Orleans, com a Festa da Paróquia, celebrada no dia 15 de agosto, tornou-se um acontecimento anual e de grande participação popular. No ano de 1998 foram realizados vários melhoramentos, tais como: rebaixamento do terreno, alargamento das ruas e do pátio, arborização, ajardinamento e reflorestamento. Houve a cooperação da Prefeitura, do SAMAE, da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e da EPAGRI. Em 28 de setembro de 1998, a Câmara de Vereadores aprovou o nome da Rua Nossa Senhora das Graças, acesso da Venceslau Spancerski até o Salão de Festas, salão esse que recebeu o nome de Bazar Nossa Senhora das Graças; e Rua Francisco Badziaki para a rua do Salão de Festas até a estrada geral Rio Novo.  No ano 2000, Ano Santo Jubilar, o Morro da Santinha recebeu 29 peças de arte, retratando as estações da Via Sacra e os Mistérios do Rosário. As esculturas foram do artista Paulo Afonso Pereira. Houve a construção das escadarias e o calçamento da rua de acesso.

Agora, para marcar o Centenário do município de Orleans, está sendo construída uma grande estrutura à Nossa Senhora das Graças, que terá uma base de quatro metros e um monumento à Nossa Senhora de seis metros de altura. Ao redor do monumento haverá um belvedere, ou um mirante, local para visualizar toda a cidade e seus acessos principais. Será um marco importante para a história de Orleans bem como para o fortalecimento da fé e da participação de Igreja. Pe. Elias Della Giustina, juntamente com a CAEP estão engajados neste empreendimento e os trabalhos de arte estão sendo realizados novamente pelo artista Paulo Afonso Pereira, de Pindotiba. A antiga imagem de Nossa Senhora das Graças, que há mais de sessenta anos sempre foi visitada pelos devotos, está sendo restaurada e será preservada junto ao novo monumento.

 

LUCIANA


Luciana


O sol no sul iluminou a vida;
O rosto sorridente quis nascer  
Para saber da existência,
Da própria história,
E surgiu!
 
O choro/criança se ouviu primeiro;
A lágrima/mãe quis brotar
Para aquecer o rosto
Da própria filha,
E aqueceu!
 
O abraço emotivo se encontrou;

Lentamente em olhares,
No silêncio das horas,
Se fez!
 
No colo, à casa,
Ao batistério,
À família, à escola, à vida,
Ao mundo, ao sol,
Do sul ao planalto central,
Se completou,
Jovem, adulta,
eliz!
 
Por amor, exultação,
Próprio de quem ama,
Vai às luzes do altar,
Numa fusão de almas
Gerar mais felicidades...!
Luciana!
 

                                                 Do Tio e Padrinho Luiz
                                                   Junho/2013

OS TÚMULOS DA HISTÓRIA


Está acontecendo um trabalho digno de elogios. Aliás, poderia dizer que estão acontecendo dois trabalhos maravilhosos. Vamos a este primeiro, porque o segundo farei na próxima edição do IMPRENSA. De repente uma idéia, uma feliz idéia. Alguém que, percebendo a existência dos antigos túmulos do cemitério de Rio Pinheiros Alto, lembrou-se de fazer uma convocação para sua restauração, antes que fossem demolidos. Deu certo. Houve a aceitação de todos e, finalmente, a idéia prosperou e hoje já está sendo realizado o trabalho de restauração que contou com a ajuda das famílias e da comunidade. Mas para tanto, foi bom lembrar que em algum tempo e em algum lugar, ficou determinado que aqueles túmulos não poderiam mais serem demolidos. Ainda bem. E foi por isso que agora estão sendo revitalizados e depois de prontos serão os marcos de um tempo que ficarão para a posteridade. Basta chegar em Rio Pinheiros Alto e visitar o Cemitério. Primeiramente terá a boa acolhida da comunidade, e em seguida poderá ter a boa surpresa de conhecer esculturas em granito em homenagem ao Pe. Vitório Pozzo, ao Imigrante e em seguida visitar o próprio túmulo do Pe. Pozzo, para em seguida e bem no alto, conhecer de perto os túmulos tão bem concebidos pelos nossos antigos pedreiros e sua técnica. Minúcias, relevos, entalhes, cruzes, e uma variedade de exímios detalhes que deverão, agora, permanecerem para lembrança de uma cultura preservada, além, claro, do respeito aos nossos entes queridos que agora descansam na paz de Cristo.

Uma excelente iniciativa que merece o apoio incondicional de todos e que serve de exemplo. A memória não deve ser apagada. A história deve ser preservada. O que hoje está sendo construído como sendo moderno, daqui a cinqüenta ou cem anos também vai ser motivo de muita admiração e respeito, porque vai também ser motivo de preservação de uma história antiga e de um momento cultural e religioso.

A história se renova, mas a marca da história fica registrada no detalhe. Hoje está visível no vidro fumê, no plástico, no alumínio, etc., mas a um centenário atrás era somente a argamassa e a criatividade. Por isso é necessário guardar com carinho estas recordações.

Aqui não cabe agradecimento, porque somos todos gratos por uma iniciativa onde todos partilham de uma só gratidão.

   

CORPUS CHRISTI


             Todo ano, milhares de fiéis católicos percorrem em procissão
as ruas de várias cidades do país para celebrar o Corpus Christi. Tapetes feitos de flores, sementes, serragem colorida e outros materiais, são a imagem dessa festa, que celebra a presença de Cristo no sacramento da Eucaristia.

            A idéia de festejar o Corpus Christi nasceu com a freira Juliana de Mont Cornillon (1193-1258), nascida em Retines, próximo a Liège (Bélgica). Para a freira, o sacramento da eucaristia – o momento da transformação do pão e do vinho no corpo e sangue de Cristo – era muito importante e precisava ser celebrado. Ela teria tido visões mostrando a ausência no calendário da Igreja de uma festa que comemorasse a instituição da eucaristia. Freira Juliana relatou sua visão a vários membros da Igreja. O Corpus Christi entrou oficialmente para o calendário de festas católicas em 8 de setembro de 1264 quando o papa Urbano IV publica a bula Transiturus, ordenando a celebração anual da festa na quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. Entretanto, sua morte, logo após a publicação do decreto, impediu que a decisão entrasse em vigor. O assunto voltou à tona em 1311, quando o papa Clemente V, no conselho-geral de Viena, confirmou a adoção da data.

            No Brasil, o primeiro cortejo de Corpus Christi aconteceu em 1549, logo após a fundação de Salvador, e foi organizado pelo governador-geral do Brasil, Tomé de Souza, e pelo padre Manoel da Nóbrega.

            Em geral, os tapetes têm temas religiosos, mas alguns também são um alerta para os problemas do país como violência, desemprego, corrupção etc.

            Hoje, as procissões são mais comuns em cidades do interior do país e atraem não só fiéis como também vários turistas interessados em ver os tapetes.         Em Orleans sempre teve um forte significado, e pelas ruas por onde passa as famílias se reúnem alguns dias antes para o tingimento dos materiais. Finalmente, escolhe-se o tema, quase sempre relacionado com a Campanha da Fraternidade do ano.

            É um bom momento para a reflexão do grande significado da Eucaristia. Mas o destaque especial é a interação que existe entre as famílias, as pessoas, ao longo do trajeto, bem como aos que visitam os “artistas” enquanto são confeccionados os motivos nos tapetes. Os temas são fotografados, são motivos de análises por parte dos visitantes, e, finalmente, são parte da nossa história e a boa história se repetir e os costumes também. Este ano não será diferente. Em alguns trechos são doados mantimentos e agasalhos para serem ofertados à famílias carentes. Um gesto que certamente será bem acolhido não só pelos que necessitam, mas também pelo próprio Cristo.

 

 

17 de mai. de 2013

MAMÃE ORLEANS


Que dizer, Orleans, que dizer. O que poderemos fazer por ti, Orleans. O que mais esperar nestas horas. Apaziguo sempre, feito bálsamo, nestas horas insólitas.  Até brigo por teu abrigo. E o que fazer quando as palavras se recolhem? Apenas tímida aproximação. Que pensar, que dizer, o que esperar, já que esperamos tanto.  Imitando o sol, viajo sempre, te perseguindo diuturnamente, por toda a vida e por toda a terra. Aguardo que me mostre o caminho para que te encontre. Terra, a mais linda terra, Orleans. Espero que me mostres a tua casa. Aguardo que me expliques a tua morada. Num sorriso somente nosso. Não quero teu castigo, não quero teu rubor, não quero teu clamor, teu alarido, teu bramido, teu celeuma, quero tua felicidade, quero tua alegria.
         Conversar dias contigo, minha Orleans. E o que fazer quando terminarem os assuntos? Bem, recomeçar tudo de novo! Arrepender-se de tudo o que não foi feito; arrepender-se de tudo o que não foi realizado; arrepender-se de tudo o que não foi iniciado; arrepender-se dos juramentos não cumpridos; criar novas fontes; florescer novos jardins. Dizer que te amo, bela Orleans, não basta, porque seria apenas quebrar promessas. Dizer que te amo, minha querida Orleans, seria apenas desdizer acordos. O ideal seria conversar dias contigo. Mas não conversar dias e dias com frias e vãs palavras. Mas, minha Orleans, o ideal mesmo é deixar as portas abertas para que entres em nossa casa. É deixar as portas abertas para que entres em nossos corações. É deixar as portas abertas para que entres em nossas mentes e faça morada em nós. Reproduza-te em nós, querida Orleans, como uma fértil e bondosa mãe que com a idade de cem anos, ainda embalas carinhosamente a todos nós com o mais afetuoso dos amores.
         Quero deixar sem pó os muros que te cercam minha querida Orleans; envolver-te num abraço demorado, soluçando vagarosamente para te dizer, num sussurro estancado no grito: chore agora mamãe Orleans, chore agora, porque amanhã, quem sabe, não terás mais motivos.
         Eu só queria envelhecer... mas envelhecer, mamãe, apenas e tão somente voltando a ser jovem, eternamente jovem, para sempre jovem, desde que para sempre ao teu lado, nossa querida MAMÃE ORLEANS.

8 de mai. de 2013

O PAÇO E O POÇO


Estamos lendo nos jornais e nos principais sites da internet, que o governo brasileiro estará contratando seis mil ou mais médicos cubanos, bem como farmacêuticos, para trabalharem no Brasil. Todos sabem que na Venezuela isso vem acontecendo, bem como em outros países alinhados com Cuba.

Tem-se notícia que aquele país é bem desenvolvido na medicina e que pretende fazer intercâmbios com outros países na área médica e em outras áreas. Seria tranqüilo e acalentador se ficasse somente na questão médica, porém não sabemos se há outros interesses inseridos nesta negociação.

Fica apenas uma preocupação, se é que assim podemos dizer. E o que dizer de nossos médicos e de nossos farmacêuticos? Seriam eles prejudicados com essa avalanche de profissionais vindos para o Brasil? Porque as notícias estão citando seis mil profissionais ou mais. Este “ou mais” é que não sabemos mensurar.

Mas, sabemos também que as Prefeituras, ou mais propriamente as secretarias municipais de saúde, oferecem salários até que não muito ruins para que os profissionais médicos prestem seus serviços nos postos de atendimento, mas o mercado sempre se apresenta de forma tal que dificilmente a oferta é interessante ou atraente.

Mas o que tem a ver o titulo desta mini crônica, afinal, com o que estamos escrevendo. Sim, é que os ocupantes dos Paços Municipais se vem geralmente numa situação tal que mesmo com recursos disponíveis, às vezes não conseguem realizar uma boa administração. O poço, ou seja, o cofre fica cada vez mais fundo e a caneca não mais alcança a verba. Há recurso mas a cordinha não é suficiente comprida e a caneca não é suficiente grande para alcançar os recursos que estão ficando cada vez mais profundos.

Então, é necessário descobrir cordas mais compridas e canecas mais eficientes para alcançar os recursos para poderem atender as demandas cada vez mais exigentes e mais sofisticadas da população, e por isso, ou por causa disso, é que nossos administradores, às vezes, ficam demasiadamente estagnados ou demasiadamente desanimados para lutar pelas grandes causas de seus municípios.

A excessiva e estafante burocracia põe nossos ocupantes do Paço literalmente dentro do Poço, pedindo pelo amor de todos os santos para que surja um modelo menos burocrático e mais eficiente para administrar nossos alquebrados municípios.

Um dia chegaremos lá! Chegaremos sim!

 

           

3 de mai. de 2013

EM ORLEANS


Vim de longe, das montanhas,
Tenho pressa, muita pressa,
E nessa pressa desde a Itália,
Trago comigo, às costelas
Mostradas, de muita fome,
Que se consome em meio aos prantos!
E rolo por estes barrancos
E encontro um pouco d’água
Depois de andanças pelo grotão
Seguindo o rio Tubarão e venho...!

Venho de longe, até me sinto esquisito
E me consome esses mosquitos
E à noite os morcegos...!
Meio vesgo me atiro pelos caetés
Me enrolo com cipós e passo a noite!
Bendito, dia bendito, aquele dia,
Que de lá saí um dia, dando tchau
E recebendo em lágrimas: adio!

Num frio que quase morria
E mesmo rezando a Ave Maria
Me conduzi por estes sertões.
À família me resta um fio de lembrança
Porque me pediam: “fica”!, mas,
América, quero a América, a América!

E hoje estou aqui, sobre esta pedra,
Remoendo estes restos de gabiroba,
E o suor fazendo franja em minha testa,
Sem saber mais o que é uma festa
O que é sorrir, o que é viver...

Mas eu vim para a América,
E quero crescer na América,
E quero morrer na América,
Bem aqui próximo da serra!

Que belo penhasco, às neblinas,
Um verde só, só um verde e muito sol,
Um verão e muita vida, montanhas,
Aqui, bem aqui!
Em Orleans. 

 

 


 

 

2 de mai. de 2013

GRATIDÃO

Como se diz obrigado com a fala do coração,
Como se declama um poema com sorrisos de vida!?
Como se canta obrigado com a voz de um só olhar,
Como se abençoa a esperança com os versos d’alma?
 
Espero ter cumprido todos os meus compromissos,
Espero ter compreendido minhas humildes missões!
Espero ter acolhido as ânsias da maioria,
Espero ter respondido às tantas indagações!
 
Difícil foi ser presente quando todos me buscavam,
Difícil foi contemplar a todos nas muitas soluções!
Difícil foi haver quorum quando havia tanta urgência
Difícil foi ser caminho em todas as situações!
 
Mas o aplauso foi balsâmico, feliz e duradouro,
Mas a hora foi de festa quando a hora festejou!
Foram dignos de louvores todos os gestos sinceros,
Pois que o fato foi o indulto no momento que chegou!
 
Deus, na vida, é luz divina e clarifica sem cessar,
Ilumina a nossa vida e nos sublima de emoção!
É luz que nunca se apaga, basta apenas cultivar,
Tal fonte de luz que temos no interior do coração!

 

EU ACUSO

Eu acuso, Orleans,
Que 100 anos depois de tua emancipação,
O mundo está contaminado pelas drogas,
Pela corrupção, pelo assassinato,
E pelas incontáveis agressões à vida!
Há, por dizer, uma inexistência de idealismo,
E o que se vê são rostos melancólicos
E uma máxima de que a falta de caráter
Parece simbolizar pessoa esperta e normalmente
Muito bem sucedida social
E economicamente!
 

Eu acuso, Orleans,
Que 100 anos depois de tua emancipação,
Um altíssimo percentual de origens,
A célula mater, sem pudor, se desajustou;
A obediência se tornou retrograda,
As instruções cívicas e morais geram gargalhadas,
E o orgulho dos símbolos nacionais
Praticamente foi extinto nos
Educandários!

 
Eu acuso, Orleans,
Que 100 anos depois de tua emancipação,
O patrimônio público, quase num repente,
Viu-se escassamente ao povo oferecido;
E os sem nada aos milhares pelos caminhos,
Os donos do passado, dizimados!
As favelas se agigantaram pelo país,
O assistencialismo político foi crescente,
As doenças se alastraram, criminosamente,
Enquanto a natureza agredida
Definhou-se!
 

Eu acuso, Orleans,
Que 100 anos depois de tua emancipação,
Todos os Evangelhos não foram bem seguidos,
Todos os ensinamentos pouco aprendidos,
Todas as disciplinas pouco praticadas,
E o tempo, senhor da vida, não perdoou!
Agora, 100 anos depois do teu nascimento,
Há um devaneio e uma encruzilhada de vidas,
Um trânsito descontrolado de destinos
Que mal, cauteloso e nervosamente
Consigo rimar neste acanhado poema,
Apenas e tristemente
Acusar!

 

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