Páginas

Quem sou eu

Minha foto
Contador, Escritor, Comentarista.

6 de set. de 2012

RETIRO DOS MINISTROS


 Um palestrante necessita de conhecimento sobre o tema a ser ministrado, necessita de controle da platéia, vigor física e intelectual, além de um competente processo didático para garantir o sucesso. Difícil? Não! Só que pouquíssimas pessoas têm este dom ou este prepara para tal. Nossos padres têm a tarefa praticamente diária de possuir estas virtudes, além do próprio dom. E eles têm! Uns com maior outros com relativa capacidade, mas todos têm.

            Foi possível observar no sábado passado, dia primeiro de setembro, no Morro da Santinha, das 8:30h às 16h, quando mais de 110 Ministros Extraordinários da Comunhão estiveram recebendo do Pe. Elias Della Giustina uma vasta reflexão sobre partes do Evangelho de São Marcos e que serviu principalmente para focar e mentalizar a rica mensagem do evangelista, mas também para buscar o aprimoramento e conhecimento para o exercício da tarefa responsável do ministério. Lá esteve por algum tempo o Pe. Márcio Martins, que também nos passou uma reflexão inicial, pois tinha compromissos agendados.

            Estamos vivendo o mês da Bíblia, e este ano a CNBB nos convida a estudar Marcos, o evangelista que nos brinda seus dezesseis capítulos de forma bastante profunda e que nos leva a degustar a Sagrada Escritura de forma a crescermos em sabedoria e conhecimento.

            Mas, por que estamos citando a palestra? Porque sabemos quão difícil é conseguir levar ao íntimo de cada um, individualmente, um assunto tão complexo e profundo. E Pe. Elias conseguiu, de forma brilhante, nos passar muitas informações primorosas no retiro em que também lá estivemos.

            Num brevíssimo resumo, podemos dizer que ele nos transmitiu inicialmente alguns conceitos importantes sobre o mês da Bíblia 2012; reflexões sobre a apresentação do Evangelho de São Marcos – qual é a boa notícia que Marcos apresenta?; Quem é Jesus para você?;  O que significa ser discípulo de Jesus? – o discípulo missionário de hoje; Vendo a fé que eles tinham; Não te importa que estejamos perecendo?  Tudo temas contextualizados e em sequência que ensejou de todos nós muita atenção para o perfeito entendimento, compilado numa apostila de dez laudas.

            A característica do palestrante é que, como tem domínio do assunto, foi bastante fácil a inserção dos temas em nossas memórias. Tudo regado a uma boa empatia com o público, sendo que setenta por cento já Ministros da Comunhão e outros trinta por cento novos Ministros. O resultado foi excelente, também acompanhado por boas músicas, entretenimentos e um excelente almoço preparado por membros do Movimento de Irmãos.

Um sucesso! E os beneficiários de tudo foram as famílias católicas de Orleans!

 

TIRIRIQUISMO


Um absurdo! Quero concordar com o jornalista Moacir Pereira, mas me recuso. Acusar as autoridades federais por esta lamentável situação na educação também em nada resultará, ou quem sabe até receber um “cala a boca” por telefone.

Se somos a sexta economia do mundo, por que estamos em 88º colocação em termos de escolaridade e índice de desenvolvimento humano? A resposta não poderá ser outra se não a de que estão aplicando erradamente os recursos (que são muitos). A falta de vontade política talvez seja a mais possível, pois grassa uma idéia de que um povo ignorante e analfabeto é imensamente mais fácil de dominá-lo.

Vejam só, no ensino fundamental, apenas 3% são plenamente alfabetizados. É assustador pensar que existe uma massa gigantesca de alunos do ensino fundamental que se declaram alfabetizados, mas não sabem ler ou não entendem o que os textos estão informando. É muito simples, basta ler qualquer texto ou fazer qualquer pergunta de conhecimentos gerais que a batatada virá. Outra coisa, se perguntar quanto é dez por cento de vinte por cento de cinqüenta, que certamente um percentual altíssimo não saberá responder. Portanto também na matemática são analfabetos.

Mas o que quer o governo federal com tanta gente analfabeta? Como disse o próprio Moacir Pereira, no pragmatismo capitalista da China, o ensino primário tem um currículo martelando chinês, matemática, ciências, inglês, educação moral, música e educação física. Em muitas escolas públicas por aqui estão ensinando abobrinhas, disciplinas fora da realidade, que provocam desinteresse acadêmico e não educam.

A educação precisa de resposta. Como está vamos corar de vergonha perante muitas republiquetas por este mundo. O problema é de gestão, de administração, quando não carregados de ideologismos políticos, e aí mora o maior problema. Debates equivocados e a crise da educação no Brasil se avoluma. Outro fenômeno capaz de arrepiar é quanto a questão dos pais defenderem de unhas e dentes os filhos indisciplinados e violentos, agindo contra os professores. Com isso estão deseducando novas gerações.

Enquanto isso nos estressa a idéia de pensar que o tiririquismo parece ser o caminho mais adequado para as autoridades que estão “guiando” o nosso querido Brasil.

E o tempo passa... até quando?

 

O QUE ESTÁ FALTANDO NO TEXTO?


   
Sem nenhum tropeço, posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo permitindo, mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível. Pode-se dizer tudo, com sentido completo, como se isto fosse mero ovo de Colombo.
 
Desde que se tente sem se pôr inibido, pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento
 
Trechos difíceis se resolvem com sinônimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo, esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que queremos e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei um foco indo discorrer livremente, por exemplo: o que quiser escolher. Podemos, em estilo corrente, repetir sempre um som ou mesmo escrever sem verbos.
 
Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir. Porém mesmo sem o uso pretensioso dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos. Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês. Por quê?
 
Cultivemos nosso polifônico som repetitivo e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, estojo de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores.
 
Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores. Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos.
E o tempo é veloz...
(P)
 

Arquivo do blog

Seguidores