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2 de jul. de 2014

ERGUER A TAÇA

No momento que escrevo esta matéria, é quarta-feira e o Brasil vive os momentos preparativos para enfrentar a Colômbia na tentativa de ir para as Semifinais.
Ilusões à parte, ganhando ou perdendo, o país respira uma espécie de gesso empresarial e até mesmo cultural. Sim, porque se ouve, mesmo que não aos gritos, de que a economia ganhou uma desaceleração bastante acentuada. A televisão anestesia o povo com suas vinhetas coloridas, e com destaque maior para o “amanhã”, porque sempre tem uma partida a seguir.
Esperamos que a nossa seleção brasileira conquiste uma vitória contra a Colômbia e siga em frente. Bem, lá na frente estará nos esperando a Alemanha ou a França, e novamente as vinhetas virão. Virão também as crônicas bem boladas da Globo, que em alguns momentos mais parece estar a serviço do governo do que propriamente transmitindo o torneio da Copa do Mundo.
Mas, e depois de terminar a Copa, está sendo ventilado o aumento da energia elétrica bem como dos combustíveis. Vamos levantar a taça, mas vamos pagar bem mais caro a nossa sobrevivência? Alegria na cabeça e dor no bolso.  Aqui no nosso Estado, o governador com sua incansável fome por impostos continua buscando nos nossos pequenos e médios empresários, citando estas duas categorias, as mais sofridas, formulas mirabolantes com o fim de arrancar mais recursos através da “Concorrência Leal 2”. É uma choradeira generalizada. Principalmente nestes tempos de início de caça ao voto, está meio que parecendo uma aventura desordenada. Há insatisfação bastante forte no meio empresarial. Já que a economia está bastante arranhada e a carga tributária batendo no teto, os pequenos e médios empresários estão ficando desanimados e desencorajados.
Entretanto, os spots ou as vinhetas na telinha transmitem uma alegria que se procurada parece não existir. Uma pseudo-alegria inventada. A FIFA vem ao Brasil, arrecada bilhões, dá um tchauzinho e vai embora. Nós, brasileiros e brasileiras, ficamos aqui, felizes com a taça na mão, mas com o bolso ardendo em fogo, com as contas altas a pagar, o comércio paralisado, as dificuldades aumentando, e outros problemas resultantes das paralisações para ficar olhando a telinha.
Depois vem o segundo tempo. Vem as eleições, com os “grandiosos” discursos e promessas infindáveis. Tudo recheado de embustes já bastante conhecidos. E assim caminha a humanidade. Já é um prato bastante conhecido. Esperamos que não vá azedar tudo e transformar num destempero total.
Erguer a taça, ah, isso será uma grande felicidade! Não é verdade?



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