Sempre que lutamos por
ideais, por progressos nos relacionamentos sociais, onde o crescimento das
ações em prol das pessoas seja o foco, o objetivo, e por motivos pequenos tais
esforços são corrompidos ou enfraquecidos, nos abate a decepção.
Sempre que
lutamos por melhorias coletivas, deixando de lado o individual e buscamos o
engajamento de pluralidades para o avanço e as conquistas sociais, de trabalho,
de objetivos que alcancem o maior número possível de pessoas e, nesta caminhada
encontramos obstáculos construídos ou propositadamente adicionados, nos abate a
decepção.
Sempre que as verdades edificam, o trabalho enriquece, a partilha
enaltece o ser humano, o diálogo abre janelas para tantas e tantas soluções,
mas no meio desta empreitada as janelas se fecham, o diálogo vira monólogo, nos
enche de decepção.
Sempre que a felicidade está prestes a ser alcançada, que a
colheita está às mãos, que a esperança está próxima, que o abraço da paz está a
alguns passos, que o soluço da alegria está se desprendendo, que o grito do
viva está pronto; algo desabraça, algo tolhe os passos, algo desespera, algo
sufoca o grito, algo arruína antecipadamente a colheita, pronto, a decepção se
avoluma e nos esmaga.
Muitas são as decepções. E
o que é a decepção? Segundo o próprio Aurélio, decepção é desapontamento,
desengano, desilusão, desgosto, surpresa desagradável, contrariedade, enfim,
são tantos os sinônimos, e todos nós, sabem bem o que significa uma decepção.
Mas a luta não pode quedar-se diante das pequenas e enfadonhas ações danosas, o
idealismo é muito maior. Afinal, sábio é o homem que tem consciência da sua
ignorância. Vamos em frente. O Papa Francisco deixou um belo recado: Diálogo,
diálogo! É por aí que muita coisa poderá ser salva.