Não passa de jogo de
palavras o que o governo está propondo com esses tais pacotes. O interesse é
criar uma certa confusão na cabeça do povo. É confundir a discussão dos grandes
temas. A presidente fala na terceira pessoa. Fala como se não fosse o governo
central. “O governo precisa escutar as vozes das rua”. Qual governo? Não disse
qual. Lançar pacotes, neste momento, é mera válvula de escape. Não vai funcionar
como nunca funcionou em lugar algum.
Um dos
líderes do movimento disse que a governante está despreparada. E falou com
grande propriedade porque deveria ter percebido que o povo está insatisfeito, e
faz muito tempo. Mas as pesquisas estão altas e a seu favor! Mas as pesquisas
falam o quê? E onde são feitas as pesquisas? Quem são os entrevistados? Que
regiões são coletadas as informações? Quanto é pago para realizar as pesquisas?
Ficam
apenas as palavras, nada mais. Vai ficar tudo como está, ou pior. Lança-se os pacotes
para a Educação, para a Saúde, para a Segurança, isso e aquilo, mas,
concretamente, de imediato, nada, nada.
No íntimo,
quem sabe o governo pensa que o ideal era deixar como antes. Dar bastante circo
ao povo. Grandes estádios. Estádios milionários. Estádios europeus. Mesmo que
depois da Copa fiquem sem qualquer atividade. Mas o povo com bastante circo
fica bem fácil de governá-lo. Ah, um pouco de pão também através das bolsas.
O povo
elegeu os governantes para que esse mesmo povo fosse bem representado; fosse
bem atendido com escola, saúde, segurança, transporte, etc., mas os eleitos, e
principalmente a presidente, após sentarem-se na cadeira do poder, ficam mais
interessados em atender aos amigos. Começam a pensar na próxima eleição. Nada
mais interessando do que “grandes obras”, mesmo que sejam elefantes brancos e
bastante trombudos, pois é por aí que as “sobras” poderão existir para as
doações da próxima campanha. O povo? Sim, o povo vai indo (sic). Atendendo uma
coisa aqui, outra ali e o resto a grande imprensa resolve.
Aliás, a
rede esgoto de televisão tem dado uma grande contribuição para o esfacelamento
da família brasileira. A programação violenta e sem respeito tem fortalecido a
impunidade, a violência e o anti-civismo. Temos, hoje, uma geração formada na
escola da rede esgoto. Não aprenderam nada. Não sabem nada. Ou o que sabem e
pensam que é certo, só se for de origem da tal rede.
O
interesse pelo totalitarismo é evidente. O país faz uma simbiose total com
todos aqueles que já estão de mãos amarradas com este atraso social. Dá-se
bastante; tira-se o máximo de quem trabalha honestamente para entregar aos que
precisam, mas não preparam estes para o futuro. O estado brasileiro está neste
caminho tortuoso. É preciso endireitá-lo; como fazê-lo já ficou bastante
difícil porque a selva de paus tortos já caminha para um primitivismo que a
história, um dia, quem sabe, poderá contar aos sobreviventes do futuro.