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27 de jun. de 2013

PAUS TORTOS


Não passa de jogo de palavras o que o governo está propondo com esses tais pacotes. O interesse é criar uma certa confusão na cabeça do povo. É confundir a discussão dos grandes temas. A presidente fala na terceira pessoa. Fala como se não fosse o governo central. “O governo precisa escutar as vozes das rua”. Qual governo? Não disse qual. Lançar pacotes, neste momento, é mera válvula de escape. Não vai funcionar como nunca funcionou em lugar algum.

            Um dos líderes do movimento disse que a governante está despreparada. E falou com grande propriedade porque deveria ter percebido que o povo está insatisfeito, e faz muito tempo. Mas as pesquisas estão altas e a seu favor! Mas as pesquisas falam o quê? E onde são feitas as pesquisas? Quem são os entrevistados? Que regiões são coletadas as informações? Quanto é pago para realizar as pesquisas?

            Ficam apenas as palavras, nada mais. Vai ficar tudo como está, ou pior. Lança-se os pacotes para a Educação, para a Saúde, para a Segurança, isso e aquilo, mas, concretamente, de imediato, nada, nada.

            No íntimo, quem sabe o governo pensa que o ideal era deixar como antes. Dar bastante circo ao povo. Grandes estádios. Estádios milionários. Estádios europeus. Mesmo que depois da Copa fiquem sem qualquer atividade. Mas o povo com bastante circo fica bem fácil de governá-lo. Ah, um pouco de pão também através das bolsas.

            O povo elegeu os governantes para que esse mesmo povo fosse bem representado; fosse bem atendido com escola, saúde, segurança, transporte, etc., mas os eleitos, e principalmente a presidente, após sentarem-se na cadeira do poder, ficam mais interessados em atender aos amigos. Começam a pensar na próxima eleição. Nada mais interessando do que “grandes obras”, mesmo que sejam elefantes brancos e bastante trombudos, pois é por aí que as “sobras” poderão existir para as doações da próxima campanha. O povo? Sim, o povo vai indo (sic). Atendendo uma coisa aqui, outra ali e o resto a grande imprensa resolve.

            Aliás, a rede esgoto de televisão tem dado uma grande contribuição para o esfacelamento da família brasileira. A programação violenta e sem respeito tem fortalecido a impunidade, a violência e o anti-civismo. Temos, hoje, uma geração formada na escola da rede esgoto. Não aprenderam nada. Não sabem nada. Ou o que sabem e pensam que é certo, só se for de origem da tal rede.

            O interesse pelo totalitarismo é evidente. O país faz uma simbiose total com todos aqueles que já estão de mãos amarradas com este atraso social. Dá-se bastante; tira-se o máximo de quem trabalha honestamente para entregar aos que precisam, mas não preparam estes para o futuro. O estado brasileiro está neste caminho tortuoso. É preciso endireitá-lo; como fazê-lo já ficou bastante difícil porque a selva de paus tortos já caminha para um primitivismo que a história, um dia, quem sabe, poderá contar aos sobreviventes do futuro.

             

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