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20 de nov. de 2013

RIR DO QUÊ?


           O comediante Mazzaropi, dos idos de 1950, já dizia: antes ter o pé na bola do que a cabeça na escola”. Infelizmente, passados mais de 60 anos tudo continua do mesmo jeito. Quem o povo brasileiro valoriza mais: o professor, o mestre, o doutor, o pesquisador, o médico, o magistrado, o músico erudito ou o cantor de pagode, da falsa música sertaneja, o jogador de futebol, o político predileto, o BBB predileto, as mulheres fruta e mais de uma centena de outros excrementos sociais?

O Brasil é sim o país da corrupção (corrupção generalizada em todas as camadas sociais), dos desvios de conduta, de leis caóticas a quase sempre beneficiar os fora da lei, da subserviência das instituições, das ONGs (Olho Na Grana), da hipocrisia, do reduto da “lei de Gerson‟, da inversão de valores, da omissão coletiva da sociedade e por aí afora, diríamos que estamos, desgraçadamente, nesse mesmo saco. Até quando continuaremos com esse comportamento vaidoso, retrógrado e marcado pela posição de vitimas do mundo “civilizado‟?
Alardeamos a seleção de futebol, a de voleibol, a de basquetebol, a de vôlei de praia e tantas quantas outras surgirem pelos apelos de uma mídia cheia de artimanhas e interesses mesquinhos e financeiros – tudo com o apoio irrestrito de nossas autoridades constituídas que condenam um ou outro jogo e no entanto são elas mesmas as detentoras das infinitas loterias que exploram esse povo inculto e incauto.
É claro que no mundo “civilizado‟ eles também o fazem, mas por lá existe também de fato a saúde, a educação, a segurança, a assistência social, as estradas, as ferrovias, os portos, os aeroportos e toda uma a infraestrutura necessária para o desenvolvimento. Além disso, existe a cultura do cumprimento do dever e da cidadania, onde as responsabilidades e os papéis estão muito bem definidos e permeados em todos os níveis sociais. Por lá a punição não é virtual, é punição pra valer.
Se nós, tupiniquins, tivéssemos pelo país 10% da preocupação e do amor “fanático‟ que temos, ou que a maioria tem, pelo futebol, seríamos uma das maiores nações do mundo.
Aqui também exaltamos a natureza – as praias, as montanhas, os rios, a fauna e a flora como se nós mesmos fôssemos os responsáveis diretos pela exuberância de tudo que os olhos e as mãos pudessem tocar, entretanto, sequer temos a coragem para preservar aquilo que nos foi concedido sem o mínimo esforço ou mérito, mas simplesmente por uma dádiva da natureza.
Criamos leis e mais leis para proteger tudo isso enquanto outros continuam a profanar nossas florestas, matas, nossas encostas cravando nelas suas mansões, passando por cima de tudo e de todos... Enquanto os desgraçados morrem às centenas em deslizamentos com as coniventes autoridades e sua falsa sensibilidade regada a lágrimas hipócritas... Vemos isso em diversas ocasiões pela internet ou pela televisão.
A conclusão a que se chega é que merecemos todas essas trapalhadas, inclusive o que se está escutando sobre uma tal de “Poupança Fraterna”, que será comentada noutra oportunidade. Simplesmente vamos tendo o que merecemos! Nada mais! Pela nossa omissão. Que povo somos? O Brasil progride à noite enquanto os políticos estão dormindo.

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