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19 de jun. de 2013

CORPUS CHRISTI


             Todo ano, milhares de fiéis católicos percorrem em procissão
as ruas de várias cidades do país para celebrar o Corpus Christi. Tapetes feitos de flores, sementes, serragem colorida e outros materiais, são a imagem dessa festa, que celebra a presença de Cristo no sacramento da Eucaristia.

            A idéia de festejar o Corpus Christi nasceu com a freira Juliana de Mont Cornillon (1193-1258), nascida em Retines, próximo a Liège (Bélgica). Para a freira, o sacramento da eucaristia – o momento da transformação do pão e do vinho no corpo e sangue de Cristo – era muito importante e precisava ser celebrado. Ela teria tido visões mostrando a ausência no calendário da Igreja de uma festa que comemorasse a instituição da eucaristia. Freira Juliana relatou sua visão a vários membros da Igreja. O Corpus Christi entrou oficialmente para o calendário de festas católicas em 8 de setembro de 1264 quando o papa Urbano IV publica a bula Transiturus, ordenando a celebração anual da festa na quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. Entretanto, sua morte, logo após a publicação do decreto, impediu que a decisão entrasse em vigor. O assunto voltou à tona em 1311, quando o papa Clemente V, no conselho-geral de Viena, confirmou a adoção da data.

            No Brasil, o primeiro cortejo de Corpus Christi aconteceu em 1549, logo após a fundação de Salvador, e foi organizado pelo governador-geral do Brasil, Tomé de Souza, e pelo padre Manoel da Nóbrega.

            Em geral, os tapetes têm temas religiosos, mas alguns também são um alerta para os problemas do país como violência, desemprego, corrupção etc.

            Hoje, as procissões são mais comuns em cidades do interior do país e atraem não só fiéis como também vários turistas interessados em ver os tapetes.         Em Orleans sempre teve um forte significado, e pelas ruas por onde passa as famílias se reúnem alguns dias antes para o tingimento dos materiais. Finalmente, escolhe-se o tema, quase sempre relacionado com a Campanha da Fraternidade do ano.

            É um bom momento para a reflexão do grande significado da Eucaristia. Mas o destaque especial é a interação que existe entre as famílias, as pessoas, ao longo do trajeto, bem como aos que visitam os “artistas” enquanto são confeccionados os motivos nos tapetes. Os temas são fotografados, são motivos de análises por parte dos visitantes, e, finalmente, são parte da nossa história e a boa história se repetir e os costumes também. Este ano não será diferente. Em alguns trechos são doados mantimentos e agasalhos para serem ofertados à famílias carentes. Um gesto que certamente será bem acolhido não só pelos que necessitam, mas também pelo próprio Cristo.

 

 

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