Está acontecendo um
trabalho digno de elogios. Aliás, poderia dizer que estão acontecendo dois
trabalhos maravilhosos. Vamos a este primeiro, porque o segundo farei na
próxima edição do IMPRENSA. De
repente uma idéia, uma feliz idéia. Alguém que, percebendo a existência dos
antigos túmulos do cemitério de Rio Pinheiros Alto, lembrou-se de fazer uma
convocação para sua restauração, antes que fossem demolidos. Deu certo. Houve a
aceitação de todos e, finalmente, a idéia prosperou e hoje já está sendo
realizado o trabalho de restauração que contou com a ajuda das famílias e da
comunidade. Mas para tanto, foi bom lembrar que em algum tempo e em algum
lugar, ficou determinado que aqueles túmulos não poderiam mais serem demolidos.
Ainda bem. E foi por isso que agora estão sendo revitalizados e depois de
prontos serão os marcos de um tempo que ficarão para a posteridade. Basta
chegar em Rio Pinheiros Alto e visitar o Cemitério. Primeiramente terá a boa
acolhida da comunidade, e em seguida poderá ter a boa surpresa de conhecer
esculturas em granito em homenagem ao Pe. Vitório Pozzo, ao Imigrante e em
seguida visitar o próprio túmulo do Pe. Pozzo, para em seguida e bem no alto,
conhecer de perto os túmulos tão bem concebidos pelos nossos antigos pedreiros
e sua técnica. Minúcias, relevos, entalhes, cruzes, e uma variedade de exímios
detalhes que deverão, agora, permanecerem para lembrança de uma cultura
preservada, além, claro, do respeito aos nossos entes queridos que agora
descansam na paz de Cristo.
Uma excelente iniciativa
que merece o apoio incondicional de todos e que serve de exemplo. A memória não
deve ser apagada. A história deve ser preservada. O que hoje está sendo
construído como sendo moderno, daqui a cinqüenta ou cem anos também vai ser
motivo de muita admiração e respeito, porque vai também ser motivo de
preservação de uma história antiga e de um momento cultural e religioso.
A história se renova, mas
a marca da história fica registrada no detalhe. Hoje está visível no vidro fumê,
no plástico, no alumínio, etc., mas a um centenário atrás era somente a
argamassa e a criatividade. Por isso é necessário guardar com carinho estas
recordações.
Aqui não cabe agradecimento, porque somos todos gratos por
uma iniciativa onde todos partilham de uma só gratidão.
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