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19 de jun. de 2013

OS TÚMULOS DA HISTÓRIA


Está acontecendo um trabalho digno de elogios. Aliás, poderia dizer que estão acontecendo dois trabalhos maravilhosos. Vamos a este primeiro, porque o segundo farei na próxima edição do IMPRENSA. De repente uma idéia, uma feliz idéia. Alguém que, percebendo a existência dos antigos túmulos do cemitério de Rio Pinheiros Alto, lembrou-se de fazer uma convocação para sua restauração, antes que fossem demolidos. Deu certo. Houve a aceitação de todos e, finalmente, a idéia prosperou e hoje já está sendo realizado o trabalho de restauração que contou com a ajuda das famílias e da comunidade. Mas para tanto, foi bom lembrar que em algum tempo e em algum lugar, ficou determinado que aqueles túmulos não poderiam mais serem demolidos. Ainda bem. E foi por isso que agora estão sendo revitalizados e depois de prontos serão os marcos de um tempo que ficarão para a posteridade. Basta chegar em Rio Pinheiros Alto e visitar o Cemitério. Primeiramente terá a boa acolhida da comunidade, e em seguida poderá ter a boa surpresa de conhecer esculturas em granito em homenagem ao Pe. Vitório Pozzo, ao Imigrante e em seguida visitar o próprio túmulo do Pe. Pozzo, para em seguida e bem no alto, conhecer de perto os túmulos tão bem concebidos pelos nossos antigos pedreiros e sua técnica. Minúcias, relevos, entalhes, cruzes, e uma variedade de exímios detalhes que deverão, agora, permanecerem para lembrança de uma cultura preservada, além, claro, do respeito aos nossos entes queridos que agora descansam na paz de Cristo.

Uma excelente iniciativa que merece o apoio incondicional de todos e que serve de exemplo. A memória não deve ser apagada. A história deve ser preservada. O que hoje está sendo construído como sendo moderno, daqui a cinqüenta ou cem anos também vai ser motivo de muita admiração e respeito, porque vai também ser motivo de preservação de uma história antiga e de um momento cultural e religioso.

A história se renova, mas a marca da história fica registrada no detalhe. Hoje está visível no vidro fumê, no plástico, no alumínio, etc., mas a um centenário atrás era somente a argamassa e a criatividade. Por isso é necessário guardar com carinho estas recordações.

Aqui não cabe agradecimento, porque somos todos gratos por uma iniciativa onde todos partilham de uma só gratidão.

   

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