No momento que
escrevo esta matéria, é quarta-feira e o Brasil vive os momentos preparativos
para enfrentar a Colômbia na tentativa de ir para as Semifinais.
Ilusões à parte,
ganhando ou perdendo, o país respira uma espécie de gesso empresarial e até
mesmo cultural. Sim, porque se ouve, mesmo que não aos gritos, de que a
economia ganhou uma desaceleração bastante acentuada. A televisão anestesia o
povo com suas vinhetas coloridas, e com destaque maior para o “amanhã”, porque
sempre tem uma partida a seguir.
Esperamos que a nossa
seleção brasileira conquiste uma vitória contra a Colômbia e siga em frente.
Bem, lá na frente estará nos esperando a Alemanha ou a França, e novamente as
vinhetas virão. Virão também as crônicas bem boladas da Globo, que em alguns
momentos mais parece estar a serviço do governo do que propriamente
transmitindo o torneio da Copa do Mundo.
Mas, e depois de
terminar a Copa, está sendo ventilado o aumento da energia elétrica bem como
dos combustíveis. Vamos levantar a taça, mas vamos pagar bem mais caro a nossa
sobrevivência? Alegria na cabeça e dor no bolso. Aqui no nosso Estado, o governador com sua
incansável fome por impostos continua buscando nos nossos pequenos e médios
empresários, citando estas duas categorias, as mais sofridas, formulas
mirabolantes com o fim de arrancar mais recursos através da “Concorrência Leal
2”. É uma choradeira generalizada. Principalmente nestes tempos de início de
caça ao voto, está meio que parecendo uma aventura desordenada. Há insatisfação
bastante forte no meio empresarial. Já que a economia está bastante arranhada e
a carga tributária batendo no teto, os pequenos e médios empresários estão
ficando desanimados e desencorajados.
Entretanto, os spots
ou as vinhetas na telinha transmitem uma alegria que se procurada parece não
existir. Uma pseudo-alegria inventada. A FIFA vem ao Brasil, arrecada bilhões,
dá um tchauzinho e vai embora. Nós, brasileiros e brasileiras, ficamos aqui,
felizes com a taça na mão, mas com o bolso ardendo em fogo, com as contas altas
a pagar, o comércio paralisado, as dificuldades aumentando, e outros problemas
resultantes das paralisações para ficar olhando a telinha.
Depois vem o segundo
tempo. Vem as eleições, com os “grandiosos” discursos e promessas infindáveis.
Tudo recheado de embustes já bastante conhecidos. E assim caminha a humanidade.
Já é um prato bastante conhecido. Esperamos que não vá azedar tudo e
transformar num destempero total.
Erguer a taça, ah,
isso será uma grande felicidade! Não é verdade?
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