Ele veio ao mundo propor que os seres humanos vivam como verdadeiros irmãos, na medida em que a convivência humana se enriquece com relacionamentos fraternos. Infelizmente a humanidade tem sido lenta na aprendizagem dessa virtude, pois ainda soletra mal a cartilha da fraternidade. Mais de dois mil anos de civilização cristã não bastaram para a terra tornar-se o berço da reconciliação universal.
Dia 25 deste mês, festejamos o nascimento de Jesus. É uma solene data no calendário litúrgico, assinalada por uma celebração que toca muito o coração das pessoas, mesmo o das que não se pautam pelas propostas da Igreja. Entretanto toda celebração da fé implica um compromisso. Não se pode, portanto, comemorar o Natal numa sociedade onde se encontrem seres humanos miseráveis, que buscam sobras de alimento em torno de mesas fartas e árvores carregadas de presentes, à vista de gente que nada possui.
Atrás das belas músicas natalinas, ouvem-se ainda os gemidos dos pobres, os preferidos do Menino de Belém. Tamanha desigualdade nega o Natal. Não é possível celebrar intensamente esta data extremamente significante para a humanidade enquanto houver ausência de fraternidade, de igualdade e sentimentos mais puros, sinceros e humanos.
Aquela criança nascida pobre, numa manjedoura, excluída, na humildade de uma gruta e que transformou o mundo, buscando o bem, a ordem, a justiça, é que devemos olhar, tentar imitar e acima de tudo honrar seus ensinamentos que são sempre presentes. São reflexões que resumimos de ensinamentos de D. Geraldo Agnelo.
Assim sendo, entendemos que o Advento se constitui nesses quatro domingos em que somos convidados a uma preparação muito especial para receber uma alguém que, a bem da verdade, nos visita diariamente, mas que muitas vezes não percebemos.
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