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27 de jun. de 2011

E AGORA?


Vamos libertar o camarada Battisti. Talvez tenha sido esta a frase mais utilizada pelo governo brasileiro. Afinal, ele é de esquerda e quem é de esquerda é “nosso”. Sem sequer pensar nas famílias das quatro pessoas que Battisti assassinou na Itália, segundo informações da justiça italiana, o camarada vai ficar passeando pelo Brasil, livre, sorridente, feliz. Caso igual não se deu com os atletas cubanos que não quiseram mais voltar à Cuba por não concordarem com o comunismo cubano. O presidente Lula deu destino diferente. Mandou-os para Cuba e pronto! Quem fim levaram?
O governo italiano lamentou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil de negar a extradição do criminoso Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos, e anunciou que levará o caso à Corte Internacional de Justiça de Haia, na Holanda. Battisti, de 55 anos, integrou o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), braço das Brigadas Vermelhas, grupo armado mais ativo durante a onda de violência política que atingiu a Itália. O primeiro-ministro Silvio Berlusconi disse em que a decisão "não leva em conta as legítimas expectativas de justiça do povo italiano e, em particular, dos familiares das vítimas".
A Itália “continuará sua ação e ativará as oportunas instâncias jurídicas para garantir o respeito dos acordos internacionais que unem os dois países, unidos por relações históricas de amizade e solidariedade", ressaltou o premiê.
O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, também manifestou em comunicado sua "profunda tristeza" com a sentença, e afirmou que "essa decisão ofende o direito de justiça das vítimas dos crimes de Battisti e é contrária às obrigações aprovadas nos acordos internacionais que unem os dois países".
O chefe da diplomacia italiana destacou que a Itália "ativará imediatamente" todos os mecanismos de tutela jurisdicional perante as instituições multilaterais, "especialmente perante a Corte Internacional de Haia, para conseguir a revisão de uma decisão que não se considera coerente com os princípios gerais do direito e com as obrigações previstas no direito internacional". A ministra para a Juventude da Itália, Giorgia Meloni, disse que a sentença do STF representa um "golpe" nas instituições italianas e a "enésima humilhação" às famílias das vítimas.
Houve uma "ofensa" sofrida pela Itália e deve-se "fazer pagar, se necessário também em termos diplomáticos esta infâmia". Cesare Battisti foi condenado em 1993 à prisão perpétua por um tribunal italiano pelos assassinatos de dois policiais, um joalheiro e um açougueiro cometidos entre 1977 e 1979. Ficou foragido na França, onde permaneceu como refugiado até 2004, ano em que fugiu ao Brasil. Preso em março de 2007 no Rio de Janeiro, onde esteve foragido durante três anos, mediante uma operação conjunta de agentes do Brasil, Itália e França.
A Itália pediu a extradição de Battisti ao Brasil, mas no ano passado, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu negar a solicitação. Nesta quarta-feira, o STF rejeitou conceder a extradição e determinou a libertação do terrorista, que estava detido em Brasília. Inclusive poderá ter de indenizá-lo.
O Brasil quer uma cadeira na ONU. Com essas atitudes vai ficando cada vez mais longínqua essa possibilidade.

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