Aonde você vai com essa meia pressa?
Até mesmo sabemos que você sempre está com certa pressa, é normal, mas me
pergunto por quê? Não precisa também exagerar, afinal é metade da primeira
metade do dia. As folhas secas dependuradas das palmeiras e seus novos cachos
estão ali balançando ao vento e serão testemunhas enquanto viverem.
O inverno está próximo. O frio se
aproxima e a imagem congelada ficará na memória. Aqueles passos firmes e
decisivos na busca de algo, na busca de solução ou na direção do norte das
saídas.
O verso do bordado é misterioso, mas
a ponta do fio deve estar em algum lugar. Os passos largos e ligeiramente
apressados deixaram uma indagação: por quê? O veranico deste ano resolveu
aparecer no mês de junho, justamente no início de junho, abandonando o mês de
maio. Por que no mês de junho?
E as palmeiras enfileiradas, com
seus novos cachos e as folhas secas dependuradas ali estavam e estão como
sentinelas presentes a fotografarem os passos ligeiros na busca de uma resposta
apressada para um enigma que ficou guardado para o sempre. “Quem conheceu um
amigo jamais morrerá...” o compasso dos passos pareciam acompanhar o compasso
da canção, mas a coluna de concreto tapou a imagem que se desfez entre os
vidros da janela e da porta, enquanto as folhas das palmeiras continuaram a
balançar ao vento, independentemente de escreverem a história que se prosseguia
e as consequencias seguintes.
Aonde você vai com essa meia pressa?
Mas que posteriormente se fez saber tinha pressa. Pressa para o quê? Aqueles
passos largos em linha reta, decisivos, firmes, iam aonde? Para o quê? Mais uma
vez as palmeiras “fotografaram” o transeunte que passava para o desconhecido na
busca de uma resposta importante que talvez não houvesse até então encontrado.
O lado oposto do bordado é o
mistério que perdurará até as luzes do alto iluminar as mentes. Aonde você foi
com aquela pressa? Sempre soubemos que você sucessivamente esteve com certa
pressa para o bem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário